Nelson Ramos Barretto
Através da BBC BRASIL.com, acabamos de tomar conhecimento de mais um passo que o mundo moderno dá em rumo ao abismo. Ontem, a Inglaterra passou a veicular pela TV um comercial de suas clínicas de aborto.
Marie [sic] Stopes – organização que reúne as clínicas abortistas [na verdade, clínicas da morte] se responsabilizou pelo primeiro comercial de extermínio de crianças indefesas e inocentes na Grã-Bretanha.
O comercial deverá ser repetido até fins de junho, o que vem causando justa indignação nos ativistas anti-aborto, pois julgam tratar-se de vil banalização da vida humana, prometendo mesmo entrar na justiça contra a transmissão da propaganda.
Os marqueteiros da morte, contudo, tomaram o cuidado de não mencionar a palavra aborto na propaganda, mas pergunta “Você está atrasada?”- E passa a aconselhar quem enfrenta gravidez indesejada a procurar o atendimento 24 horas da organização Marie Stopes.
A Sociedade de Proteção de Crianças Não-Nascidas através de seu diretor estuda medidas sobre a legalidade do comercial. Já o órgão que controla a publicidade no país informou que organizações como Marie Stopes estão autorizadas a fazer comerciais.
Porta-voz do órgão disse que “se os telespectadores se sentirem lesados sobre o conteúdo ou o horário de transmissão do anúncio, a instituição poderá considerar reclamações apenas depois que o comercial for ao ar“.
A organização que reúne as clínicas da morte diz que cerca de 80% dos abortos que realizou em 2009 foram graças ao sistema público de saúde. “Nós esperamos que a nova campanha ‘Você está atrasada? ‘ incentive as pessoas a falarem sobre suas escolhas, incluindo o aborto”.
Michaela Aston, porta-voz da organização anti-aborto Life, disse que “permitir os promotores do aborto anunciar na TV como se não fossem diferentes de fábricas de carro ou detergente, é grotesco”.
Anthony Ozimic, outro líder anti-abortista, afirmou que “o enorme lucro da Marie Stopessignifica que pode pagar comercial na TV, o que é caro. Isso cria um campo injusto, já que grupos pró-vida simplesmente não podem pagar por tais comerciais”.
Além de ofensa sem nome às mulheres contrárias ao aborto, tal publicidade alardeia o pecado que brada aos Céus e clama a Deus por vingança. Santo Tomas de Aquino estava cheio de razão ao afirmar que o homem quando perde a razão se torna o pior de todos os animais! Realidade em nossos dias?
Com diz São Paulo: “…pretendendo-se sábios, tornaram-se estultos…cometem torpezas, mudam o uso natural do sexo…” Rom.1,18-32.
Em toda a sua sabedoria, o homem descobriu a corda, e, não sabendo o que fazer com ela, estão se enforcando na mesma.
Ate quando veremos esa falta de sensibilidade para com o proximo, ese ufanismo, ese total desreipeito para o cumprimento das leis naturais. O uso do conhecimento cientifico para impedir a formação de un homem.
Porque tanta gente quere prazeres sem pensar nas responzabilidades?
Se no temem a Deus a quem temem?
Esta sociedade dá sinais de podridão. Aceitar que exista propaganda desse tipo? E não venham me dizer que exagero meu, que tudé permitido, precisamos tolerar opiniões contrárias, etc. Pois, então fica uma reflexão: Seria possível tolerar propaganda nazista com cenas contra os judeus ou contra homossexuais, prostitutas, etc?
Chocados ? Imagina na holanda que querem uma lei para meninas de 12 anos transarem com homens adultos…Para não serem presos…Pedofilia pura…E tambem querem transar com animais…Absurdo em levitico 18:22 e 23 O pior que essa ordem é da nova ordem mundial…E daqui a pouco o Brasil terá que cumprir…Portugal o presidente assinou a lei contra a sua vontade de homen casar com homem…Não tenho nada contra os gays desde que respeitem nossas crianças…quero denunciar ao ministerio publico sobre essa parada gay…Pois isso é um absurdo…Vão fazer isso em lugar privado…engraçado que eles podem tudo….E a familia? Essa martaxa e Dilma adoram passeata gay…Dilma chamou os brasilerios de Bocó…E tem gente que gosta dessa mulher aqui no Brasil….Não sei se dou risada…ou Se choro….e assim caminha a humanidade….dominada por estes monstros psicopatas…mercenarios…Loucos pensam que irão escapar da ira de Deus Daniel 9 versiculo 26 e 27 tessalonicenses 2 versiculo 7 ate o final desse capitulo na Bíblia…Os amercianos dizem: Que o povo brasileiro diz que Deus é brasileiro…Mas que Deus tirou ferias do Brasil….Esses americanos se acham donos do mundo…Arrogantes…prepotentes..Satanicos mesmo…E muita coisa que está acontecendo no mundo é culpa deles…E se essa Dilma ganhar sairemos as ruas Fora Dilma Fora Dilma…Essa Dilma nunca foi eleita…Então qualquer pessoa pode ser presidente nesse país ? Pelo menos Serra foi eleito 3 vezes e Marina Silva 4 vezes…Dilma tambem é a favor do aborto…Isso para quem se diz que estudou em colegio de freiras…O Deus dela não é o mesmo que o meu…não sou fanatica…nem prego religião…Mas estou preocupada com essas pessoas satanicas…Com cara de anjos…
Se os abortistas se acham no direito de matar um inocente,então a sociedade também tem o direito de matar um assassino. a começar pelos e pelas abortistas.olho por olho,dente por dente. Se um dos dez mandamentos diz: NÃO MATAR, então que se respeite.
O problema pode ser a importação da idéia por pessoas de nosso Brasil, achando que isso é o melhor a fazer.
Dizia em certa ocasião que os homens jamais abortarão, logo este lado eliminaria uma grande quantidade de machistas interessados; quanto às mulheres a favor do aborto, muitas delas não querem o aborto para si mesmas, logo seria para aquelas outras socialmente usadas para sexos – coitadas – que podem gerar filhos indesejados ou inesperados, frutos de prazeres escusos. Isto diminuiria a quantidade de mulheres que, se devidamente amparadas e orientadas, certamente não abortariam. Falhas nas familias, que se justificam dizendo “issso acontece nas melhores familias”. Sem falar nos que são a favor de “produção independente”.
Temos até no congresso nacional quem esteja a favor do aborto como proposta de saude publica. Homens que querem o aborto para outrem femininas, que claramente buscam evitar compromissos como, por exemplo, asssumir uma familia, pensão alimenticia, etc em ambos os sexos. As mulheres congressistas, que apoiam o aborto para outrem, caberia perguntar a elas se aceitariam que a ciencia lhes fizessem inseminação in vitro para gerar uma gravidez. Se dissessem NÃO, logicamente seria para outras, mas se dissessem SIM, será que após um periodo de gestação aceitaria praticar o aborto em si mesmas?
São questões reflexivas apenas, nada de provocações.
E vemos, por exemplo, Marta Suplicy dizer a famosa frase “Relaxe e Goze”; o Ministro da Saúde propor sexo mais vezes por semana para combater a hipertensão… E o que se espera disso? Quem escuta, logo poderá entender a permissividade, só faltando legalizar essa permisividade no congresso, pois certamente já deve ter algo semelhante em pauta.
Vamos, nesse ponto citar Socrates: ” TRÊS COISAS SÃO NECESSÁRIAS AO HOMEM: PRUDENCIA NO ÂNIMO, SILENCIO NA LINGUA E VERGONHA NA CARA!”
E lembrar sempre que Deus criou o homem e mulher diferentemente dos bichos criados como macho e fêmea. Dificil ser homem e mulher, quanto mais filhos de Deus! Mas fomos criados à sua imagem e semelhança. E anjo não tem sexo. Verdadeiros homens e mulheres não se envolvem em sexos como prioridade ou como privilégio da humanindade, pois existem em toda a natureza onde se pode gerar frutos, quaisquer que sejam. Devemos ocupar nosso lugar na ordem da criação!!! Aos casais legitimados na ordem da Criação, que sejam sempre abençoados!!!
A atuação pública do prof. Plínio Corrêa de Oliveira dispensa apresentações ou comentários.
Só gostaria de ressaltar que era assim que se fazia jornalismo antigamente (com os olhos postos no maior de todos os jornalistas, o Apóstolo São Paulo).
Link: http://www.pliniocorreadeoliveira.info/OUT_350622_ChancelereMartir.htm
Link: http://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG361213_OCasodeEduardodeWindsor.htm
O CASO DE EDUARDO DE WINDSOR
“O Legionário” n.º 222, 13 de dezembro de 1936
Plínio Corrêa de Oliveira
Ao escrevermos o título desta nota, a própria expressão de que nos servimos nos causa pasmo. Um “caso” com o Rei da Inglaterra! A autoridade temporal mais firme, mais antiga, mais respeitável que o mundo contemporâneo conhece!! E é com esta autoridade que surge um “caso”, “caso” íntimo, de natureza rigorosamente moral, que está ameaçando de se envenenar ao contato com interesses políticos e, quem sabe, abalar irremediavelmente a secular monarquia inglesa!
No momento em que os vagalhões da revolução comunista ameaçam o mundo inteiro, em que uma onda de revolta contra todos os poderes constituídos põe em cheque a autoridade de todos os monarcas e chefes de Estado, com que olhos a Igreja Católica, essencialmente tradicionalista, vê o Trono da Inglaterra?
Não é fácil responder.
A ILHA DOS SANTOS
Antes de Henrique VIII, a Inglaterra era um dos mais sólidos baluartes da Igreja Católica. Em toda a vida intelectual, artística, política e social, a influência dos princípios católicos era profunda. O número de Santos nascidos em território inglês foi tão grande que a Inglaterra chegou a chamar-se a “Ilha dos Santos”.
Características particularmente salientes desse vigoroso espírito católico eram exatamente o apego profundamente sincero do povo à autoridade do Rei e, ao mesmo tempo, a altivez com que o mesmo povo se insurgia contra todas as tentativas da Coroa tendentes a transformar a monarquia em tirania.
A luta dos ingleses por suas liberdades, luta que foi tão desfigurada pelos historiadores acatólicos, traz o estigma característico do espírito católico: um grande respeito à autoridade e um grande amor à justiça. Amantes da autoridade, os ingleses, antes de Henrique VIII, nunca chegaram a tentar a destruição da monarquia, mesmo quando lutavam pela sua liberdade. Amigos da justiça, sempre reivindicaram seus direitos sem que seu respeito à autoridade lhes tolhesse a liberdade de ação.
A História medieval inglesa não conhece a maior parte das abominações que conheceu a História da França, da Alemanha ou da Itália no mesmo período (abominações que, seja dito de passagem, são insignificantes perto das que assiste o mundo contemporâneo).
As “jaqueries”, em que os camponeses queriam exterminar os senhores feudais, as revoluções em que os nobres queriam exterminar a realeza, e as lutas em que a realeza procurava aniquilar os direitos do povo e da nobreza, tiveram na Inglaterra um aspecto imensamente mais benigno e mais razoável. O feudalismo inglês, modelo admirável de inteligência administrativa, foi o mais perfeito regime político da Europa medieval. É nele que se deveria estudar a verdadeira história do feudalismo.
Nas lutas dos barões e do povo com os reis, as desinteligências existentes a respeito do governo da Inglaterra acabaram por se resolver definitivamente. E surgiu, com o bafejo da Igreja, a estrutura política mais firme que a Europa tenha conhecido até hoje.
O DEFENSOR DA FÉ – “O MAIS SUJO DE TODOS OS PORCOS”
Uma crise de caráter íntimo e passional veio por em jogo a estabilidade desse admirável edifício, todo ele alicerçado e cimentado pelos princípios católicos.
O Rei Henrique VIII, fazendo-se intérprete do sentimento do povo inglês, escreveu uma obra de refutação do protestantismo, que começava a por em fogo a Alemanha. O Papa, reconhecido pela intervenção do Rei, outorgou-lhe o honroso título de “Defensor da Fé”. E Lutero, indignado com Henrique VIII, o chamava “o mais sujo de todos os porcos”.
Mas acontece que Henrique VIII sentiu em si a mesma fraqueza que arrastou David ao pecado e Salomão à perdição.
Um romance – digamos assim, para não dizer coisa pior – se havia formado na vida do Rei. Desejava ele anular seu casamento com a Rainha, sua esposa, para contrair núpcias com outra dama de sua corte. Não conseguindo do Papa a anulação do casamento, ficou colocado em um cruel dilema: ou renunciar à Fé ou renunciar ao “romance”. Renunciou à Fé. Fez-se protestante o “Defensor da Fé”. E o protestantismo abençoou a união ilícita daquele que recebera a alcunha de “mais sujo de todos os porcos”, simplesmente por ter atacado a pseudo-reforma.
A RUPTURA
No que precede, nossos leitores já terão encontrado alguma analogia com a última crise inglesa. É curioso notar que Henrique VIII também encontrou em Tomas Morus, seu primeiro Ministro, um adversário irreconciliável de seu casamento. Profundamente católico, Tomas Morus recusou-se a abjurar a Fé. Foi condenado à morte. Sofreu o martírio. E hoje brilha nos altares da Igreja Universal, com a auréola da Santidade.
Sem querer atribuir à analogia outro alcance do que o de uma simples coincidência, julgamos interessante mostrá-la a nossos leitores.
A RUPTURA COM ROMA
Rompendo com o Catolicismo, Henrique VIII teve a preocupação de conservar na igreja anglicana o máximo de verdades religiosas professadas pela Igreja Católica. Repudiou tão somente o que lhe pareceu indispensável para negar a supremacia do Pontífice Romano e justificar o divórcio.
Este fato explica como, diante da verdadeira decomposição do protestantismo, que hoje em dia confina com o racionalismo e com o ateísmo, e que até tem seitas comunistas que se afirmam cristãs (!), o anglicanismo permanece aparentemente coeso e disciplinado.
Ao mesmo tempo, é isto que explica como, tendo a monarquia rompido com a Igreja Católica, ela ainda conservasse uma pujança realmente contraditória com a semente de anarquismo que está no fundo da doutrina protestante.
A relativa fidelidade do anglicanismo ao Catolicismo produziu, com o tempo, todos os seus frutos lógicos.
As sementes de Catolicismo que o anglicanismo conservou foram a seiva que até agora circulou na estrutura do Estado britânico, e que manteve coesa a igreja anglicana.
As sementes de protestantismo que o anglicanismo adotou produziram os frutos de anarquia que lhe são próprios. A Revolução que destituiu Calos I foi um prelúdio. De lá para cá, lentamente, a desagregação das instituições monárquicas se tem acentuado mais e mais. A luta entre o fator “ordem católica” e o fator “anarquia protestante” na doutrina anglicana, se projetou no terreno político, com a luta entre o fator “amor à liberdade” (que o protestantismo transformou em amor à anarquia) e amor à autoridade (que é o apego à monarquia). As duas tendências se tem combatido em uma luta de todos os momentos. E é por elas que se explica a
GRANDEZA E DECADÊNCIA DA MONARQUIA
Grandeza, porque nenhum poder temporal está, hoje em dia, colocado mais alto. Firmado em um princípio, e não em uma situação de fato como o nazismo, o poder do monarca inglês não se alicerça sobre um entusiasmo de momento, mas sobre um profundo amor da multidão a uma dinastia ligada à História do País.
Decadência, porque este poder, de aparência tão magnífico, é apenas um vestígio do que foi outrora, uma reminiscência histórica nos quadros constitucionais ingleses.
Poucos são, hoje em dia, os homens que recebem reverências e tantas manifestações de respeito quanto o Rei da Inglaterra. E, no entanto, poucos são os chefes de Estado mais privados de reais atribuições na vida política do País.
O CLERO ANGLICANO
O clero anglicano se encontra em situação análoga à da realeza. De todas as seitas protestantes, é a mais organizada. E, no entanto, é simplesmente tremenda a anarquia que lavra nas suas fileiras. Conservando as exterioridades litúrgicas tradicionais, tão parecidas com o catolicismo, o anglicanismo a deixou invadir por um modernismo tremendo que repugna a alguns dignitários da igreja anglicana, mas contra os quais estes sentem que não podem reagir, pois que os princípios protestantes não lhe autorizam qualquer reação eficaz.
Há pastores anglicanos – o fato é relatado por um deles – que são ateus! Há bispos que são maçons. Ainda há pouco, a igreja anglicana pactuou com uma das “conquistas” mais censuráveis do modernismo que é a limitação da natalidade, que, depois de longa resistência, ela acabou por admitir.
A visto disto, a igreja anglicana está visivelmente cindida em duas correntes, uma que caminha para a volta à Igreja e outra que caminha para o racionalismo.
A CRISE INGLESA
No início de todo este processo de decadência, o “caso” de um rei. Na véspera da crise final de nossa civilização, nessa hora que Maquiavel chamaria a “hora 23” de nossa civilização, o “caso” de outro rei a dar-lhe talvez o golpe fatal. Foram numerosas e fundamentais as questões que a crise real pôs na ordem do dia.
Em primeiro lugar, a atitude dos bispos que protestaram contra o casamento do rei com uma divorciada significa uma posição de reação do anglicanismo contra o divórcio, por cuja aceitação Henrique VIII rompeu com Roma. Fato enorme na vida religiosa da Inglaterra. Fato de uma incoerência quase monstruosa, se ele não significasse o anseio sincero para uma perfeição que ficou irremediavelmente perdida com a separação de Roma.
Em segundo lugar, ela vem suscitar a questão da separação da igreja e do Estado, questão delicadíssima que põe em cheque a própria coroa, pois que o Rei da Inglaterra é o chefe espiritual e temporal de seus súditos. Separadas as suas atribuições espirituais das temporais, em que situação ficaria ele?
Em terceiro lugar vem a crise constitucional. Muitos extremistas da direita quereriam que o Rei aproveitasse a oportunidade para se transformar em um Hitler ou um Mussolini coroado, que fechasse o Parlamento, extinguisse o regime liberal-democrático e fosse um novo Luiz XIV, ao qual não faltaria, na pessoa de Miss Simpson, a respectiva Montespan.
Outros, desgostosos com a atitude real, que põe em risco as próprias tradições morais e nobiliárquicas que são o fundamento da monarquia, chegaram em sonhar em revolução.
Enquanto isto, não dormem os comunistas.
A ATITUDE DOS CATÓLICOS
A Igreja Católica vê com simpatia a monarquia inglesa.
Ao contrário do que se poderia supor, a Igreja tem mais de uma vez trabalhado para a consolidação do trono inglês quando jugulou as tendências republicanas do povo irlandês. É que na Inglaterra a monarquia é filha da Igreja. Filha rebelde, está sofrendo o necessário castigo. Mas, como Deus que A ilumina, a Igreja “não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva”. Por esta razão procura manter a monarquia e tudo aquilo que há de são no regime inglês.
É, pois, com profundo pesar que a Igreja assiste ao rumoroso caso motivado pelas relações de Eduardo VIII com Miss Simpson. E foi grande seu contentamento pela feliz solução encontrada.
Pesar, porque a Igreja censura, senão explicitamente ao menos tacitamente, o rei da Inglaterra. Ela que é o único baluarte da indissolubilidade do casamento no mundo, Ela que perdeu a Inglaterra para manter essa indissolubilidade, não pode, não quer e não deve aprovar o gesto do rei.
Mas essa reprovação não importa em um gesto de desrespeito à majestade da autoridade real.
Poderia a Igreja aproveitar-se da oportunidade para perguntar aos anglicanos se Eduardo VIII é muito melhor do que alguns Papas de que tantos protestantes gostam de falar. Chefe de igreja, sua responsabilidade é também religiosa. E Eduardo VIII não pode ignorá-lo.
Mas a Igreja silencia a esse respeito. É que, numa situação de tanta dor para a Inglaterra, a Igreja não impunha o látego do verdugo para ferir a heresia e a majestade do poder constituído.
Como pai da parábola, Ela só tem, para a antiga Ilha dos Santos, um gesto: o de abrir os braços ao filho pródigo.
É, pois, com verdadeiro júbilo que Ela vê subir ao Trono um casal principesco já popular, em todo o império, pela autoridade de suas virtudes domésticas.
Recusando Miss Simpson como rainha, a Inglaterra deu um passo para trás no caminho do divórcio.
Seja este passo seguido, em breve, por outros que a reconduzam quanto antes à Casa Paterna.
O Jornal, 22 de junho de 1935
Chanceler e Mártir
Plínio Corrêa de Oliveira
No dia 6 de julho de 1535, aos golpes da justiça inglesa, morria Tomás Morus, ex-membro do Parlamento Inglês, ex-subsheriff de Londres, ex-conselheiro do rei, ex-chanceler da Inglaterra, elevado à categoria de fidalgo, e criado cavalheiro, um dos mais famosos escritores de sua época, autor de uma obra imortal – a “Utopia” – e amigo do peito de Erasmo, o grande humanista do século XVI.
Condenado à morte, determinava a sentença do tribunal que lhe abrissem o ventre, e lhe arrancassem as entranhas. Mas a “clemência” de Henrique VIII havia convertido a pena em decapitação. No dia fixado, deu-se a execução. Por um momento brilhou ao sol de verão a arma empunhada pelas mãos trêmulas do carrasco. A cabeça do criminoso rolou por terra. Estava tudo consumado. Ele expiava um crime nefando, que a outros antes como depois dele, havia custado preço ainda maior: era católico.
Sua vida fôra sempre uma brilhante ascensão, em que a glória e o poder lhe corriam ao encontro, conquanto os desprezasse, voltando seus olhos para uma outra felicidade, que a inconstância da política e a tirania do rei não lhe poderiam roubar.
Ainda moço, sua alma nobre se deixou atrair pelo encanto místico de um mosteiro beneditino, onde quis engajar-se como soldado na milícia sagrada do sacerdócio.
Mas a Providência o impeliu para outros rumos e, enquanto se viu obrigado a reduzir o tempo consagrado ao estudo da Teologia, sua matéria predileta, para fazer lugar à Filosofia, interveio a vontade paterna, que o forçou a relegar a um segundo plano estes estudos tão caros, para lhe impor que empregasse o melhor de seu tempo para se formar em Direito em Oxford.
Dócil, Tomás Morus obedeceu. Adquiriu, na famosa Universidade de Oxford, conhecimentos jurídicos eminentes. Por esta razão, viu abrir-se diante de si as portas da política e do Parlamento e por elas ingressou.
Na rápida ascensão que o guindou aos mais altos cargos do governo, qualquer observador superficial poderia imaginar que o jurista e o político haviam morto definitivamente o filósofo e o teólogo em Tomás Morus, e que nada mais, no valido de Henrique VIII, haveria de perdurar do estudante idealista de outros tempos.
Mas foi o contrário que se deu. Senhor de larga inteligência, pôde formar, ao par de uma ciência jurídica notável, profunda cultura filosófica. E suas produções, das quais a mais famosa foi a “Utopia”, o colocaram na primeira plana dos escritores europeus do seu tempo, valendo-lhe a admiração de reis e príncipes, e a fraternal amizade do imortal Erasmo.
Há, entre o político que ascende aos mais altos graus da admiração munido de profundos conhecimentos filosóficos, jurídicos e sociais, e o político que leva às eminências do poder, como única bagagem, uma pequena cultura e uma grande ambição, a mesma diferença que existe entre o médico e o curandeiro. O primeiro se orientará pela ciência não menos do que pela prática. O segundo procederá com um empirismo cego, aplicando aos problemas de hoje o mesmo repertório de fórmulas que ele viu “dar certo” ontem.
Tomás Morus pertencia à primeira categoria, o político não matou nele o filósofo nem o teólogo; mas o filósofo e o teólogo governaram o político, iluminando-lhe o caminho, ditando-lhe os horizontes e dirigindo-lhe a ação.
É justamente nesta ocasião que Henrique VIII o colhe no mais brilhante de sua carreira para lhe impor o trágico dilema: ou crê ou morre; ou adere à heresia protestante, ou incorre nas iras do rei, presságio terrível de futuras desgraças.
É o momento crucial de sua existência. De um lado, a vida a lhe sorrir, de outro a consciência a lhe apontar o caminho do dever. Não hesita. Entrega sua demissão e se recolhe à vida privada.
Foi aí que as iras reais foram fulminá-lo. Conduzido à prisão, foi submetido a diversos interrogatórios, em que o soldado dos direitos do Papado mostrou uma energia, uma grandeza de alma, um desprendimento digno dos mártires das primeiras eras cristãs.
Ao duque de Norfolk, que lhe dizia que “a indignação do príncipe significava a morte” redargüiu nobremente: “É só isto, my lord? Realmente entre vossa graça e eu não há senão uma diferença: é que eu morrerei hoje e vossa graça amanhã”.
Encarcerado na Torre de Londres por um ano, doente, privado do supremo conforto dos Sacramentos, tudo conspirava contra sua constância, inclusive – suprema tentação – os rogos afetuosos de sua esposa e de sua filha, incapazes de o acompanhar na dolorosa grandeza do martírio. Por fim, sua família se viu reduzida a tal miséria, que teve de vender os trajes de corte, para pagar o alimento indispensável para que Morus não morresse de fome na prisão!
Nos intermináveis interrogatórios, foi-lhe ao encontro a perfídia de Tomás Cromwell, que procurava por meio de hábeis perguntas, convencê-lo do crime de alta traição. Morus, porém, não se deixou enredar e, com a tranqüila firmeza de uma alma pura, pronunciou esta frase que resume toda a sua defesa: “Sou fiel ao rei, não faço o mal a ninguém, nem difamo a quem quer que seja; se isto não é suficiente para salvar a vida de um homem, não quero viver por mais tempo”.
Finalmente, tiraram-lhe os livros de piedade. Fechou, então, as janelas de seu cárcere, e se manteve na obscuridade, a meditar sobre a morte, até que o dia chegou, em que deveria beber a última gota do cálice.
Caminhou para o martírio com a naturalidade de quem cumpre um dever. E nem aí o abandonou aquela cordura de espírito que tão harmoniosamente se aliava à sua invencível energia. Mostrou-o em dois lances extremos de indefectível humour inglês. Como estivesse pouco firme a escada do cadafalso, pediu ao carrasco que o ajudasse a subir. “Quanto a descer, acrescentou jocosamente, eu me arranjarei só”. Depois de ter abraçado o carrasco, ajoelhou-se e pediu-lhe tempo para arranjar a barba. Gracejando, disse, depois ao carrasco: “Não a cortes, ela não tem culpa”. Orou, e entregou sua grande alma a Deus.
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Ah, minha velha Inglaterra…
O que foi feito de ti?
Rimalho, sua indignação é muito pertinente e digo mais. Minha indignação ultrapassa o ÓDIO que demonstram (matar um indefeso!!!) os abortistas convictos e peço que seja colhido por Nossa Senhora, MÃE também daqueles indefesos assassinados, e deposite aos pés de Deus-PAI, suplicando sua DIVINA intervenção. Eu aqui faço essa oração de público.
Alguém pode me explicar o que é que se passa na cabeça de uma pessoa que sabe estar cometendo um crime e ainda proclama que faz, grita que tem direito e faz propaganda? Qual o metabolismo da psique da mulher que aborta, e que depois funda uma organização para promover e ajudar a cometer outros crimes?
Elas começam a discussão argumentando que é um direito que elas tem. Ou seja, a premissa que apresentam jà esta errada: ninguém tem o direito de matar. A pessoa tem a liberdade de fazer, mas tera que pagar pelo crime praticado. Liberdade de fazer e direito de fazer, são coisas muito diferentes.
Portanto, mulherada depravada, fundadoras de Marie Stopes; vocês nao tem o direito de fazer aborto porque estão matando seres humanos! Vocês estão cometendo um crime! O Estado que aceita o aborto é um Estado Criminoso! O orgão de controle de propagandas da Grã Bretanha deve ser arrolado como responsavel pela incitação ao crime!
Argumentozinhos do tipo emancipação da mulher, direito da mulher e outras tontices, são historias para boi dormir. A verdade é que um bando de criminosos quer impor ao mundo inteiro sua maneira de agir, ou seja, quer impor ao mundo a possibilidade de cometer seus crimes sem ser perseguido por nenhuma justiça.
Podem tentar. O maximo que vão conseguir serà fugir da justiça dos homens. Tão fàcil fugir da justiça dos homens… Mas, a Justiça com “J” os aguarda paciente e criando razão!