ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

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Assunção de Nossa Senhora ao Céu. Igreja
da Madalena, Sevilha, Espanha
  • Plinio Corrêa de Oliveira

No dia 15 de agosto celebra-se a Assunção de Nossa Senhora ao Céu, a festa de todos os gáudios, de todas as alegrias. A festa do dia em que Ela ressurrecta, tendo abandonado a condição de mortal, sobe aos céus levada por revoadas inenarráveis de anjos. O Céu inteiro participou dessa alegria.

No esplendor do Céu, Nosso Senhor Jesus Cristo preparou tudo para o dia da Assunção de sua Mãe Santíssima. Depois da Ascensão d´Ele, a maior comemoração do Céu foi a Assunção de Nossa Senhora. Nesse dia todo o universo estava tomado por uma alegria especial.

Aquilo que foi uma morte, mas que a Igreja, mestra de todas as delicadezas, chama de “Dormitio Beatae Mariae Virginis” (Dormição da Virgem Maria). Em português a palavra “dormição” só se emprega para designar a morte de Nossa Senhora, tão leve como um sono. Assim foi a morte da Virgem das virgens.

Depois dessa “dormição”, os Apóstolos, ainda desolados, veem Nossa Senhora que ressurge. Tenho a impressão de que a Assunção d’Ela se deu em meio a um maravilhamento de todos — todas as glórias que havia n’Ela começavam a aparecer, como se manifestara em Nosso Senhor no alto do Monte Tabor (local da Galileia onde ocorreu a Transfiguração d´Ele).

Todas as bondades, toda a suavidade, toda a soberania, todo o domínio, todo o atrativo, a virginal intransigência, a virginal firmeza, n’Ela se afirmavam de um modo esplêndido, misteriosamente reluzindo, acentuando-se de maneira tal que os presentes — é a impressão que tenho — lançaram exclamações, depois começaram a cantar e, no final, fizeram um silêncio celestial de quem já não ousava dizer mais nada; apenas olhavam para Ela, que não parava de manifestar quintessências.

Eles olhando para o alto, imagino, tinham a impressão de que não era Ela que subia, mas o Céu que iria baixar até Ela.

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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 15 de agosto de 1980. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

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Homem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".

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