“Tínheis a escolher entre a vergonha e a guerra; escolhestes a vergonha e tereis a guerra”
Comentando em artigo para a “Folha de S. Paulo” (31-1-1971) o vergonhoso “Acordo de Munique” (1938), Plinio Corrêa de Oliveira explicita a mentalidade pacifista daqueles que preferem “ceder para não perder” — e acabam por perder tudo…
Considerando esse artigo uma metáfora para os nossos dias e tendo em vista o brutal atentado perpetrado ontem (14 de julho) pelo terrorismo islâmico em Nice, aqui transcrevo alguns trechinhos do mesmo.
Como o leitor verá, cortei muitos trechos, deixando apenas aqueles que podemos relacionar com o cruel e covarde atentado terrorista de ontem. Mas a íntegra do artigo encontra-se disponível no link no final. Ademais, além de negritar algumas palavras, inseri e assinalei entre colchetes duas adaptações.
Frente à atual invasão da Europa pelos “imigrantes” muçulmanos, julgue o leitor se nos deparamos ou não com o mesmo problema hoje: o maior perigo é o quimérico PACIFISMO… Ou, como veremos no texto que segue, o “AVESTRUZISMO”…
“[…] Importantes setores da opinião pública estavam absolutamente dominados por esse pacifismo à outrance. Para eles, só o que contava eram os deleites da vida civil. A glória militar lhes dizia pouco. E a guerra se lhes afigurava o sumo mal.
É próprio ao belicismo fanático delirar e agredir. É próprio ao pacifismo fanático fechar os olhos, ceder, recuar.
De seu canto, o velho Churchill — pois ele já transpusera o limiar da velhice quando começou a grande odisseia de sua vida — apostrofou Chamberlain e seus entusiastas com estas palavras definitivas:“Tínheis a escolher entre a vergonha e a guerra; escolhestes a vergonha e tereis a guerra”. […]
Munique não foi apenas um grande episódio da História deste século. É um acontecimento-símbolo na História de todos os tempos. Sempre que haja, em qualquer tempo e em qualquer lugar, um confronto diplomático entre belicistas delirantes e pacifistas delirantes, a vantagem ficará com os primeiros e a frustração com os segundos. E se houver um homem lúcido a considerar o confronto e a frustração, censurará os Chamberlains e os Daladiers do futuro com as palavras de Churchill: “Tínheis a escolher entre a vergonha e a guerra: escolhestes a vergonha e tereis a guerra”. […]
O que é esse neopacifista avestruz? É o que fecha os olhos para o perigo interno, como o de 1938 os fechava para o perigo externo.
O avestruz de hoje é um indivíduo que só pensa em progresso econômico. Para ele, o desenvolvimento resolve tudo […].
Quando a onça comunista [poderíamos substituir aqui “comunista” por “islamista”] se tiver cevado à vontade comendo a carne e os ossos da sociedade atual, comerá o avestruz!
Enquanto isto não se der, o avestruz continuará com a cabeça metida na areia. […] Levando sua vidinha, e recitando o seu credo: ‘Creio num só Deus, o dinheiro onipotente, criador da fartura e da tranquilidade’ etc. […]
Se se deixar o campo livre aos avestruzes, não haja dúvidas. […] Escolheremos a vergonha para fugir da luta. E depois cairemos num pandemônio.
O que fazer, então? — O contrário do que faz o avestruz. Criar um estado de continua alerta contra o ‘avestruzismo’ e seus perigos. Pregar a lucidez, a previdência, a luta ideológica onde o avestruz pratica a política dos olhos fechados, da despreocupação tonta, da inércia ideológica frívola e das concessões imprudentes.
Repito. O grande perigo do momento não é o comunismo [ou “islamismo”, poderíamos hoje dizer], nem o esquerdismo em si. É o ‘avestruzismo’”.
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(*) Íntegra do referido artigo no link:
http://www.pliniocorreadeoliveira.info/FSP%2071-01-31%20Churchill.htm
Parece que a maioria do povo já vu isso e concorda, porem os traidores, jornalistas, religiosos, políticos todos comprados pelos petrodólares árabes, fingem não saber para facilitar a invasão e dominação islâmica.
Jesus Cristo, nosso Senhor, disse: “Bem aventurados os pacíficos, pois serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 9). Cristo levou bofetadas, chicotadas, cusparadas, até chegar na cruz, onde perdoou a todos! Não revidou em nenhum momento!
No início do Cristianismo, os primeiros cristãos foram perseguidos e só amavam a todos, não revidavam. “Sangue dos mártires, semente de novos cristãos” (Tertuliano).
A força do amor, ensinado por Jesus, é que vence o mau! Acolher os peregrinos é uma obra de misericórdia. Independente de muçulmanos radicais, a nossa parte tem que ser o AMOR!
Reverendo Padre Rafael, entendo que a mensagem que deseja transmitir é o do amor, mas me sai do fundo da alma uma angústia: este amor não tem graus?
Ou seja, o ensinamento tradicional da Igreja nos indica que devemos amar o próximo, mas mais próximo de mim e acima de mim está Nosso Senhor Jesus Cristo que é esbofeteado, insultado, etc., abaixo estão os cristãos, depois, sucessivamente os que se afastam dessa proximidade com a Igreja e até chegar aos nossos inimigos.
Não foi esse o ensinamento transmitido pelo Bem-Aventurado Papa Urbano II ao convocar as Cruzadas para dar fim às perseguições que dos muçulmanos de então?
Em que diferem a sanha e ódio contra Nosso Senhor Jesus Cristo e aos cristãos daqueles dos muçulmanos de hoje?
Padre Rafael: apenas duas frasezinhas para que o senhor possa meditar sobre elas:
“Si vis pacem para bellum”…
“A paz só se alcança com a ponta da espada”. (Santa João d´Arc).
Padre, a Europa está sitiada pelos inimigos da Santa Igreja. Imagine o senhor um castelo sendo sitiado pelo inimigo, que desejam entrar no castelo, matar seus ocupantes e transformá-lo numa Mesquita, pisar no Santíssimo Sacramento e colocar em seu lugar Maomé. É, portanto, o momento de fechar as portas do castelo ou de abrí-las? Em bons tempos quem abrisse as portas do castelo para o inimigo entrar seria considerado TRAIDOR e castigado. Severamente castigo e muito adequadamente e justamente castigo…
Ser pacífico, caro Padre, é uma coisa. Ser pusilânime é outra bem diferente. Citando Nosso Senhor Jesus Cristo também, basta lembrar de sua enérgica reação contra o mercantilismo praticado no templo pelos judeus. O texto fala exatamente dos dois extremos ideológicos: o belicista fanático, que justifica sua psicose pela violência e pelo conflito com a “religião”, que a tudo quer destruir (como por exemplo o “torcedor” fanático de torcidas organizadas de futebol, que usa este esporte como pretexto para sua agressividade), e o pacifista fanático, que se deixa destruir a si mesmo e a tudo e todos que ama em nome do “amor”. Os dois extremos são repudiáveis. Eu não aceito ser pisado, humilhado, e depois decapitado, como se fosse uma ovelha pronta para o abate.
Esses atentados terroristas — a maioria deles feitos por muçulmanos — colocam o homem moderno diante de uma encruzilhada? A Humanidade chegou a uma era de prosperidade e de paz … ou … existe mesmo a maldade humana? E, portanto, as guerras continuam?
Se quereis a paz e’ preciso preparar-se para a guerra, velho ditado latino — mais verdadeiro do que nunca. Costa Marques