Entre os muitos castigos que Deus pode infligir a um povo que o faz por merecer, a Sagrada Escritura cita a subida de maus governantes (Is. 3,4).
Na atualidade, a Venezuela tem sido paradigma dessa punição. Desde 1999, quando da subida ao poder de Hugo Chávez, esse país tem experimentando os amargos frutos da política comunista. A falta de víveres, medicamentos e de todo material de primeira necessidade se tornou o cotidiano para os cidadãos venezuelanos. Como exemplo mais recente dessa situação de calamidade, o mundo ficou chocado com a notícia de que, em um hospital desse país, por falta de berços, bebês recém-nascidos estão sendo acomodados dentro de caixas de papelão!
Vemos, na foto ao lado, bebês dormindo em caixas, apertados em condições impróprias, porque não há local na área de pediatria. As imagens foram divulgadas por um funcionário do hospital da cidade de Barcelona, capital do estado de Anzoátegui, e viralizaram nas redes sociais. Neste ano, as mortes de duas crianças que não receberam os medicamentos necessários criaram comoção internacional, atraindo ajuda com suprimentos básicos. Além disso, muitos profissionais da medicina têm deixado o país.
Em agosto, foi noticiado que, devido à escacez, funerárias também têm apelado ao papelão como alternativa mais barata para enterrar os mortos.
É curioso notar que as mesmas correntes que pregam que Deus nunca castiga ninguém, costumam ser as mais ardorosas em defender esses governantes que são verdadeiros flagelos a seu povo.
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Por outro lado, também é certo que Deus pode premiar um povo dando-lhe um bom governante. Peguemos por exemplo o caso do Equador com o presidente Garcia Moreno no final do século XIX. Por sua irredutível defesa dos princípios cristãos, logo após sua terceira reeleição, Garcia Moreno morreu assassinado, e mereceu do Papa Pio IX o comentário de que “morreu vítima da Fé e da Caridade Cristã”.
Entre os mais belos exemplos que encontramos na vida desse presidente, está uma visita que ele fez ao hospital de Guayaquil. Garcia Moreno, nessa ocasião, verifica que há falta de leitos e muitos doentes dormem no chão sobre esteiras. Manda chamar o Governador da Província e o repreende com severidade. O governador desculpa-se com a falta de recursos, mas promete que dentro de algumas semanas todos os enfermos terão a sua cama.
Prontamente respondeu o presidente: “Dentro de uma semana não, porque não podem esperar. Esta noite dormirá o senhor aqui junto dos doentes e também numa esteira, e continuará assim todas as noites, até que todos os doentes tenham a sua cama com colchão”.
Ao anoitecer, havia camas para todos os doentes…
Fontes:
Livro: “Um Chefe: uma biografia de Gabriel Garcia Moreno”, autor (desconhecido) Edições Santo Tomás 2015 Pág.: 56/57
“Ai minha Nossa Senhora do Perpétuo Socorro” (como diz a minha avó), tem que ter muita falta de empatia e sensibilidade para tratar um bebê à essa maneira. A falta de amor ao próximo e a Deus é a maior carência no mundo de hoje. Não tem outra explicação. Se eu trato com tanto amor e carinho os animais, quem dirá um ser humano. Um ser humano que não conseguir sentir seu coração amolecido por um bebê pueril e infantil, sendo a criatura mais linda de todas, é porque está impossibilitado de sentir sensibilidade e valor humano.