O bispo Robertus Mutsaerts, de Hertogenbosch, na Holanda, descreveu o Documento de Trabalho do Sínodo Pan Amazônico como promovendo a agenda eco-socialista do aquecimento global e transformações na Igreja como a ordenação de homens casados e mulheres.
Sínodo Pan Amazônia aponta para uma Nova Religião
O documento base Instrummentum Laboris faz uma “menção única de Jesus“, escreveu Dom Robertus Mutsaerts em um post de quinta-feira em seu blog, “mas não como Filho de Deus e Salvador“, mas como “Jesus, o filósofo, revolucionário e hippie“.
Não há uma palavra sobre a obra da Redenção de Jesus ou sobre o arrependimento.
O bispo auxiliar da cidade holandesa do sul, conhecido coloquialmente como Den Bosch, — prossegue — ao negar a Revelação divina e ao reconhecer a superstição pagã como fonte de revelação, o Sínodo está traindo a “obra única de salvação de Cristo” e dizendo que existem “caminhos alternativos que levam à salvação“.
Isso faz de Jesus “apenas um dos muitos” e “remove a Igreja de sua identidade como Ela sempre a entendeu“, elucida o bispo.
Progressismo e esquerdismo são verso e reverso da mesma medalha
A Eco-Teologia tem sua repercussão ou aplicação no campo temporal. Essa nova religião prega a abolição da propriedade privada, a comunidade de bens. O legítimo desejo de lucro, de progresso é considerado como egoísmo.
Diz o Boletim do CIMI: “Os índios já vivem as bem-aventuranças. Não conhecem a propriedade privada, o lucro, a competição. Possuem uma vida essencialmente comunitária em equilíbrio perfeito com a natureza. Não são depredatórios, não atentam contra a ecologia. Vivem a harmonia. As comunidades indígenas são uma profecia futura para esse jeito novo de viver, onde o mais importante é o homem” (1).
Mais uma investida contra a propriedade privada:
“Foi observado que os povos Kaingang, Guarani e Xokleng (…) colocaram através dos séculos, como meta principal da própria existência, o homem. Por isso, vivem de maneira comunitária e as pessoas recebem uma educação permanente para a responsabilidade dentro do grupo.
“O valor da terra está essencialmente ligado ao homem, por isso é propriedade comum. O índio dono dessa imensa riqueza que é a de viver em fraternidade, repartindo os bens numa sociedade onde os marginalizados não existem, defronta-se com a sociedade civilizada.
“Nesta, o lucro, o acúmulo de bens, a propriedade são o centro do universo, e não o homem. Esta sociedade justifica, pelas próprias características que tem, a exploração de uma imensa maioria, por uma minoria. Fazem parte dessa maioria explorada, os grupos indígenas”. (2)
Comenta o Prof. Plinio: No Boletim do CIMI, “O sistema tribal é elogiado como ideal, abstração feita de qualquer consideração sobre Deus (a “meta principal da existência” é “o homem”, diz o CIMI), e pela nota comunista que o texto nele aponta: na sociedade tribal os bens são repartidos e a propriedade é comum”. (baixe o pdf gratuitamente) https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Tribalismo_c_capa_live_index.pdf
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Concluímos nós, é ilusão pensar que as novas concepções religiosas do Sínodo da Amazônia envolvem apenas uma questão de Religião e enquanto tal são de âmbito exclusivo da Igreja.
Os neo missionários têm uma doutrina político-social igualitária, comunitária, contrária à propriedade, ao desenvolvimento e civilização, ao reto aproveitamento das riquezas postas por Deus na natureza.
Diz a Escritura Sagrada, que o homem é o Rei da Criação: “Crescei e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a, e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu, e sobre todos os animais, que se movem sobre a terra” (Gen. I, 28).
Mas os promotores do Sínodo revolucionam o ensinamento da Biblia, do Magistério da Santa Igreja e pregam que o homem deve integrar-se à natureza, interagir com a mãe terra. Em outras palavras têm uma doutrina panteísta.
Estejamos confiantes nas palavras de Nossa Senhora em Fátima: “por fim o meu Imaculado Coração Triunfará” e aquelas de Nosso Senhor, no Evangelho: “as portas do inferno não prevalecerão” contra a Santa Madre Igreja.
Fonte: https://www.churchmilitant.com/news/article/dutch-bishop-blasts-synod-for-promoting-pantheism-and-making-jesus-a-hippie
(1) – Assembléia Nacional de Pastoral Indigenista: em debate a situação indígena
em nível nacional. “Boletim do CIMI”, ano 4, no. 22, julho-agosto de 1975.
(2) – Encontro discute situação indígena da Região Sul, “Boletim do CIMI”, ano 4, no.
22, julho-agosto de 1975.