- A situação do povo colombiano é dramática. Ele está sendo empurrado para a sua autodestruição através de mecanismos jurídicos, políticos e publicitários. Os chamados “acordos de paz” de Havana, os quais se arrastam por quatro anos, com inúmeras e contínuas concessões governamentais, estão dando vantagem às FARC.
- Com efeito, contra a vontade da maioria dos colombianos, “as FARC vão ganhando” politicamente e, nesse sentido, “as conversações de Havana foram uma panaceia para a guerrilha”, explicou com exemplos concretos o jornalista Alfonso Cuéllar em sua coluna da revista “Semana”, cuja leitura recomendamos.
- O referido jornalista constata que os narcoguerrilheiros “há meses deixaram de ser etiquetados publicamente como terroristas e narcotraficantes”; que devido a enigmáticos apoios do exterior, “as FARC já não são os párias internacionais de alguns anos atrás”; e que agora “governos estrangeiros fazem fila para escutá-las”. O jornalista recorda também que “embora em maio de 2014 as FARC tenham se comprometido em ajudar a combater o narcotráfico, desde então incrementaram a sua atividade”. E conclui dizendo que “agora, para arrematar, são constituintes”, pelo fato de que “ao aceitar que os acordos de Havana façam parte do bloco constitucional, as FARC terminarão como coautores da Constituição” (“Semana”, 20-05-2016).
http://www.semana.com/opinion/articulo/alfonso-cuellar-en-proceso-de-paz-las-farc-van-ganando/474305#cxrecs_s )
- Nesse sentido, o ex-presidente Álvaro Uribe observou enfaticamente: “O governo e o grupo terrorista FARC, num golpe de estado à democracia, combinaram substituir a Constituição colombiana para garantir plena impunidade ao maior cartel de cocaína do mundo” (no link abaixo constam o vídeo com as palavras de Uribe e o texto de um comunicado nesse sentido do Centro Democrático).
http://www.ntn24.com/noticia/alvaro-uribe-considera-golpe-de-estado-el-blindaje-juridico-de-acuerdos-de-paz-anunciado-este-jueves-100802) .
- Na Colômbia existe também um segundo golpe de Estado em curso, muito menos comentado, mas tão ruinoso como o golpe de Estado a favor das FARC, porque corrói a moral familiar em seus próprios fundamentos.
- É o que denuncia em extenso artigo Jesús Magaña, representante da Plataforma Ciudadana Unidos por la Vida, ao qualificar de “golpe” e “violação” contra o conteúdo de preceitos da Constituição a recente sentença da Corte Constitucional da Colômbia, que considera o “mal chamado casamento homossexual” como “ajustado à Constituição”. Magaña lembra que “o artigo 42 da Constituição define de forma muito clara, precisa e taxativa que o casamento é entre um homem e uma mulher”.
Portanto, acrescenta o articulista, a Corte “ignorou esse artigo e mudou a Constituição sem ter autoridade para isso”, convertendo-se os seus integrantes em “tirânicos ditadores”.
Magaña enumera “os efeitos catastróficos para o país” dessa resolução, que abre o caminho para “uma mudança radical na educação das crianças e jovens da Colômbia, impondo este novo pseudo-direito que promoverá a homossexualidade, criando confusão, sofrimento e destruição na vida de muitas pessoas”.
- O referido dirigente adverte ainda que “se abre a perseguição contra todo aquele que opine ou dissinta dessa visão, acusando-o de homofóbico, violador dos direitos humanos, perseguidor das minorias, intolerante, etc.”, e que “esta perseguição não será somente verbal ou de escárnio público, mas chegará até as últimas consequências penais”.
E conclui: “Isto não é uma suposição, já está pronto e em vias de ser emitido um decreto do Ministério do Interior, que forma uma superestrutura que agrupa os Ministérios do Interior, da Justiça, da Educação, da Saúde, de Defesa e Polícia, a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público entre outros organismos, que terá como função vigiar para que se apliquem todas as normas ‘de não discriminação e equidade’ para a comunidade LGBT.”
Eis algumas outras frases dessa importante denúncia:
* “Esta gravíssima situação procura transformar todo um país que é profundamente religioso e heterossexual em um modelo homossexual para o mundo. Esta experiência de reengenharia social está em todo o seu furor e conta com o apoio e financiamento de grandes organizações internacionais como a Fundação Ford, que através da ONG Colombia Diversa, liderada pelo advogado Rodrigo Uprimy, foram vetores fundamentais para mudanças violadoras da cultura colombiana.”
* “Trata-se de gerar a revolução cultural a partir das Cortes e das leis.”
* “Estamos, pois, presenciando uma batalha profunda e épica pela sobrevivência do matrimônio, da família e da democracia na Colômbia.”
(Ver texto completo no link
http://www.actuall.com/criterio/familia/el-golpe-de-la-corte-constitucional-de-colombia-con-el-matrimonio-homosexual/).
9. O povo colombiano, que é majoritariamente contra as guerrilhas das FARC e a favor da família, se encontra talvez na maior encruzilhada de sua história. A resistência espiritual, moral e política dos colombianos aos dois “golpes” constitucionais em curso – a blindagem das FARC e a referida revolução sexual – poderá livrar essa nação da autodestruição e convertê-la num exemplo de resistência cristã para o mundo inteiro.