Com o título “Brian ou Brenda?” leva à cena um polêmico caso de tratamento sexual, o site da Prefeitura de São Paulo anuncia uma peça que está em cartaz num teatro dessa capital.
Com o intuito de promover a ideologia de gênero, a peça mistura fatos com ficção a respeito da história dos irmãos gêmeos Brian e Bruce.
Em 1966, os gêmeos Brian e Bruce Reimer, de apenas oito meses de idade, filhos de um casal de pequenos fazendeiros da cidade de Manitoba, Canadá, deveriam passar por uma cirurgia de fimose. Devido a uma falha no equipamento médico, Bruce teve o seu órgão genital amputado. Diante disso, os pais, completamente arrasados, desistiram da cirurgia de Brian, cujo problema acabou se resolvendo sem a intervenção cirúrgica. [1] e [2]
Naquela época, estava em evidência na mídia o Dr. John William Money (1921-2006) , professor da prestigiosa Universidade John Hopkins, em Baltimore, e médico no John Hopkins Hospital. Esse médico era considerado pela imprensa como o “guru do sexo” e defendia a liberdade sexual entre casais, estimulava o sexo grupal e parecia tolerar o incesto e a pedofilia.
Julgando que aquele profissional solucionaria o problema de seu filho Bruce, o casal se mudou para os Estados Unidos a fim de facilitar o “tratamento”. O Dr. Money propôs uma cirurgia para a mudança de sexo, e orientou os pais a educá-lo e vesti-lo como menina, sem nunca revelar ao menino a sua verdadeira identidade. Assim, o registraram com o nome de Brenda.
“O interesse de Money no caso de Brian não poderia ser maior. Como defendia a ideia de que as diferenças de comportamento entre os sexos eram decorrentes de fatores socioculturais e não biológicos (nature versus nurture) – a tese aclamada pelas feministas de então –, a mutilação de Brian oferecia-lhe uma excelente oportunidade de colocar à prova a sua teoria. Havia – em sua opinião – a indicação para a mudança cirúrgica de sexo, os pais tratariam a criança conforme sua orientação e o experimento teria uma contraprova natural, pois havia um irmão gêmeo idêntico, univitelino, que serviria de controle” – comenta a revista Psychiatry on Line Brasil, Volume 22 – Novembro de 2017.[3]
Continua a revista de psiquiatria brasileira: “A acreditar nos vários relatos que Money publicou no correr dos anos 70, a experiência teria sido um grande sucesso. Os gêmeos estavam felizes em seus papeis estabelecidos: Bruce era um menino forte e levado; “Brenda”, sua `irmã’, era uma doce menininha. Em função dessa experiência, Money ficou mais famoso. A revista TIME dedicou-lhe uma longa matéria e o incluiu num capítulo sobre gêmeos em seu famoso livro Man & Woman, Boy & Girl.”
A realidade, porém, era completamente diferente. Aos 14 anos, Bruce, ou “Brenda”, que havia tomado estrogênio durante toda a adolescência, profundamente abalado com as sessões de psicoterapia, entrou em depressão e disse aos pais que iria cometer suicídio se eles o fizessem ver novamente o Dr. Money.
O pai de “Brenda/Bruce” resolveu então revelar-lhe o segredo. Este fato foi um alívio para o rapaz, que disse depois: “De repente, tudo fazia sentido. Ficava claro por que me sentia daquela forma. Eu não estava louco”.
Nessa época, “Bruce/Brenda” decidiu fazer uma nova cirurgia para recompor a sua genitália masculina e tomar hormônios masculinos para restabelecer o seu físico masculino. Ele então adotou o nome de David.
Devido ao fracasso de sua experiência e a consequente falta de pacientes, o Dr. Money interrompeu as publicações a respeito do “sucesso” de seu experimento. Isto chamou a atenção do Dr. Milton Diamond (foto ao lado), da Universidade do Havaí, que resolveu procurar David para investigar o que estava acontecendo. O Dr. Milton publicou, em coautoria com Keith Sigmundson, um artigo na revista Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine no qual desmascaravam a farsa do Dr. Money.
David já estava com 30 anos de idade quando foi encontrado por Diamond. Nessa época ele ficou sabendo que a sua história era divulgada no mundo inteiro e conhecida como o caso “John/Joan” em artigos e livros da comunidade científica.
Contudo, os problemas de David não terminaram aí. Em 2002, o seu irmão gêmeo Brian, que sofria de esquizofrenia, suicidou-se com uma overdose de antidepressivos. Sua mãe, sentindo-se culpada e desorientada pela situação do filho, entrou em depressão e tentou o suicídio. O pai se tornou alcoólatra. Na manhã de 5 de maio de 2004, com 38 anos de idade, David cometeu suicídio com um tiro na cabeça.
* * *
A peça teatral “Brian ou Brenda?” de Franz Keppler distorce os fatos para justificar a ideologia de gênero. Segundo o site “Observatório do Teatro”, “Kepler usa deste acontecimento, corriqueiramente utilizado por religiosos e fundamentalistas para combater a identidade de gênero, para levantar discussões acerca de escolhas, desejos e identidade”.
O caso de Bruce-Brenda-David e muitos outros provam que a cirurgia para mudança de sexo não proporciona felicidade e suas consequências são transtornos psicológicos que levam o paciente ao suicídio, conforme já relatamos aqui. Além disso, a ideologia de gênero mata a alma e destrói pessoas e lares. A cirurgia fracassada do Dr. Money no menino Bruce constituiu a primeira tentativa de querer provar essa ideologia absurda e antinatural. Alegar o contrário é negar a realidade dos fatos.
[1] https://ipco.org.br/ideologia-de-genero-a-experiencia-monstruosamente-fracassada-do-gemeos-reimer/
[2] https://ipco.org.br/a-ideologia-que-nasceu-morta/#_edn2
[…] Em 1966, os gêmeos Brian e Bruce Reimer, de apenas oito meses de idade, filhos de um casal de pequenos fazendeiros da cidade de Manitoba, Canadá, deveriam passar por uma cirurgia de fimose. Devido a uma falha no equipamento médico, Bruce teve o seu órgão genital amputado. Diante disso, os pais, completamente arrasados, desistiram da cirurgia de Brian, cujo problema acabou se resolvendo sem a intervenção cirúrgica. [1] e [2] […]