Uma equipe de cientistas líderes na denúncia dos enganos da propaganda ambientalista radical viajaram a Roma para informar o Papa Francisco sobre a verdade a respeito das mudanças climáticas.
A crise de aquecimento global não existe!, dizem eles.
Eles promoveram os seguintes eventos abertos ao público e à imprensa nos dias 27 e 28 de abril:
Segunda-feira, abril 27, 1:00 p.m. GMT +2 (7:00 a.m. ET)
Hotel Columbus
Via della Conciliazione 33
00193 Roma, Itália
Terça-feira, abril 28, 1:00 p.m. – 2:30 p.m. GMT +2 (7:00 a.m. ET)
Palazzo Cardinal Cesi
Via della Conciliazione n. 51 (Piazza S.Pietro)
00193 Roma, Itália
A Pontifícia Academia das Ciências promoveu no dia 28 de abril o encontro “Proteger a Terra, dignificar a humanidade” visando “despertar a consciência e construir consenso” a respeito da suposta atividade humana que estaria causando um catastrófico aquecimento global.
O Heartland Institute – think tank líder na promoção da objetividade científica nessa matéria – levou cientistas sérios a Roma.
Eles desejam que o Papa Francisco não engaje sua autoridade moral com a agenda politizada e anticientífica da ONU.
O encontro promovido pelo Vaticano contará com a presença do secretário geral da ONU Ban Ki-Moon.
E também do economista de Harvard Jeffrey Sachs.
Os dois se destacam pela recusa de tomar conhecimento da abundante documentação científica demostrando que a atividade humana não gera crise climática alguma.
* * *
Santidade,
No momento em que os líderes mundiais consideram um acordo sobre o clima, muitos Vos olham em busca de orientação. Louvamos o cuidado que demonstrais para com a Terra e os filhos de Deus, especialmente os pobres.
Nesta carta levantamos algumas questões de interesse geral, que Vos pedimos considerar ao transmitir tal orientação.
Grande parte do debate sobre a gestão ambiental tem sua raiz num confronto entre visões do mundo baseadas em doutrinas opostas a respeito de Deus, da Criação, da humanidade, do pecado e da salvação.
Infelizmente, esse embate afeta com frequência as conclusões da ciência ambiental. Ao invés de um cuidadoso relato exibindo as melhores provas, recebemos conclusões altamente especulativas e teóricas, apresentadas como resultados seguros da ciência.
Nesse processo a própria ciência fica diminuída, e muitos líderes morais e religiosos bem-intencionados correm o risco de oferecer soluções baseadas em ciência enganosa.
Tragicamente, o resultado é que as próprias pessoas que se pretende ajudar podem acabar prejudicadas.
Isto é especialmente trágico, porquanto a própria ciência surgiu na Europa Medieval, numa cultura alimentada durante muitos séculos por uma imagem bíblica da realidade que incentivava empreendimentos científicos.
Esta verdade é comum e corrente para uma ampla e diversificada gama de historiadores e filósofos da ciência. Como explicou Alfred North Whitehead:
A maior contribuição do medievalismo para a formação do movimento científico [foi] a crença inexpugnável de que […] há um segredo, um segredo que pode ser revelado. Como foi essa convicção tão vividamente implantada na mente européia? […]
Ela deve provir da insistência medieval sobre a racionalidade de Deus, concebida como a energia pessoal de Jeová, e com a racionalidade de um filósofo grego. Cada detalhe foi supervisionado e ordenado: a busca na natureza só poderia resultar numa confirmação da fé na racionalidade.[…]
Na estimativa de Whitehead, as idéias de outras religiões sobre um deus ou deuses não poderiam sustentar tal entendimento do universo.
Em seus pressupostos, qualquer “ocorrência [como no animismo ou no politeísmo] poderia ser devida ao decreto de um déspota irracional” ou [como acontece com o panteísmo e o materialismo ateu], a “alguma origem impessoal e inescrutável das coisas. Não existe a mesma confiança [como se dá no teísmo bíblico] na racionalidade inteligível de um ser pessoal”. (Alfred North Whitehead, Science and the Modern World (New York: Free Press, [1925] 1967), 13, 12, 13, citado em Rodney Stark, The Victory of Reason: How Christianity Led to Freedom, Capitalism, and Western Success (New York: Random House, 2005), 14–15. Similarmente, Loren Eiseley escreveu que “foi o mundo cristão que finalmente deu à luz de uma maneira clara e articulada, o próprio método da ciência experimental.” (Loren Eiseley, Darwin’s Century [Garden City, NY: Doubleday, 1958; reprinted, Doubleday Anchor Books, 1961], 62, cited in Nancy R. Pearcey and Charles B. Thaxton, The Soul of Science: Christian Faith and Natural Philosophy [Wheaton, IL: Crossway Books, 1994], 18.)
No mesmo sentido, Pierre Duhem observou que “a mecânica e física de que os tempos modernos justificadamente se orgulham, proveem, através de uma série de pequenos melhoramentos quase imperceptíveis, de doutrinas professadas no cerne das escolas medievais.” (Citado em David C. Lindbergh e Robert S. Westman, eds., Reappraisals of the Scientific Revolution [Cambridge: Cambridge University Press, 1990], 14, via Pearcey and Thaxton, Soul of Science, 53.)
Em suma, a cosmovisão bíblica lançou a ciência como um esforço sistemático para entender o mundo real através de um rigoroso processo de teste de hipóteses pela observação do mundo real. O Prêmio Nobel de Física, Richard Feynman, explicou “a chave da ciência” da seguinte maneira:
Em geral, buscamos uma nova lei [científica] pelo seguinte processo: Primeiro nós fazemos uma conjectura.
Depois calculamos as consequências da nossa conjectura, para ver que implicações haveria caso essa lei que conjeturamos fosse verdadeira.
Em seguida comparamos o resultado desse cálculo com a natureza, com experimentos ou experiências, e o confrontamos diretamente com a observação [do mundo real] para ver se funciona. Se a hipótese não concordar com a experiência, ela está errada.
Nesta simples declaração está a chave da ciência. O fato de sua conjectura ser bonita não faz qualquer diferença.
Pouco importa a inteligência de quem a fez ou qual seja o seu nome: se a conjectura divergir da experiência ela está errada. E acabou-se.
(Richard Feynman, The Character of Physical Law (London: British Broadcasting Corporation, 1965), 4, emphasis added)
Esta afirmação simples, porém profunda e absolutamente essencial à prática de uma ciência genuína, é necessária e unicamente derivada da visão bíblica do universo.
Estudiosos cristãos e judeus têm produzido ciência de alta qualidade ao longo dos séculos. Eles estão confiantes de que a ciência genuína leva à verdade sobre Deus e o homem e não entra em conflito com ela.
É por isso que existe, e tem existido por muitos séculos, uma Academia Pontifícia de Ciências e milhares de faculdades e universidades judias e cristãs em todo o mundo.
Assim, como pessoas de fé bíblica, temos um compromisso não só com a verdade, mas também com a prática da ciência como caminho para chegar à verdade.
Hoje, quando cientistas executam modelos climáticos complexos em grandes computadores para simular sistemas naturais incomensuravelmente mais complexos, tais como o clima da Terra, não podemos esquecer nosso compromisso com a verdade ou com aquela “chave da ciência”.
Como disse o cientista social Myanna Lahsen (Myanna Lahsen, “Seductive Simulations? Uncertainty Distribution around Climate Models,” Social Studies of Science 35/6 (December 2005), 895–922.), nossos modelos podem tornar-se “simulações sedutoras” se os modeladores, outros cientistas, o público e os formuladores de políticas se esquecerem de que modelos informáticos não são a realidade, mas devem ser confrontados com ela.
Se o resultado discordar da observação, são os modelos que devem ser corrigidos, e não a natureza.
Ao lado de uma sólida ciência, nossa abordagem da política climática deve conter duas opções preferenciais: pela humanidade e, na humanidade, pelos pobres.
Com isso não visamos lançar a humanidade contra a natureza, menos ainda pobres contra ricos. Pelo contrário, afirmamos que, como somente a humanidade reflete a imago Dei, qualquer esforço para proteger o meio ambiente deve estar centrado no bem-estar do ser humano e particularmente no dos pobres, por serem os mais vulneráveis e menos aptos a se protegerem.
Como escreveu o Rei Davi: “Feliz quem se lembra do necessitado e do pobre, porque no dia da desgraça o Senhor o salvará” (Salmo 40,2).
Uma boa política climática deve reconhecer a excepcionalidade humana, o chamado de Deus às pessoas para dominarem o mundo natural (Gênesis 1,28), e a necessidade de proteger os pobres do mal e de ações que prejudiquem sua emancipação da pobreza.
Hoje, muitas vozes proeminentes qualificam a humanidade como flagelo do planeta, dizendo que o homem é o problema, e não a solução.
Tais atitudes falseiam com muita frequência a correta avaliação dos efeitos do homem sobre a natureza.
Alegando ingenuamente “ciência estabelecida”, elas exigem medidas urgentes para proteger o planeta de um catastrófico aquecimento global induzido pelo homem.
Ao atribuir o aquecimento dito antinatural ao uso de combustíveis fósseis para obter energia essencial ao desenvolvimento humano, tais vozes exigem que os homens se desfaçam do dominium que Deus lhes concedeu, ainda que isso signifique sua permanência ou recaída na pobreza.
Vossa preocupação com a genuína ciência e com os pobres requer uma abordagem mais cautelosa, que considere cuidadosamente as provas científicas sobre os efeitos reais (e não apenas teóricos) da ação humana sobre o clima global; e também que tenha precipuamente em vista tecnologias energéticas e econômicas para proteger os pobres.
Por isso, esperamos e confiamos que vossa orientação aos líderes mundiais será fundamentada sobre o seguinte:
A imago Dei e o domínio do homem
Pobreza extrema, fome generalizada, doenças galopantes e pouca expectativa de vida eram condições comuns à humanidade até os últimos dois séculos e meio.
Essas tragédias acontecem quando – opção preferida de grande parte do movimento ambientalista – os seres humanos, que são imagem de Deus, vivem e são tratados como meros animais que devem se submeter à natureza ao invés de exercer o domínio que Deus lhes concedeu no início (Gênesis 1,28).
Tal domínio não deve exprimir o regime abusivo de um tirano, mas o reino amoroso e cheio de significado de nosso Rei Celestial.
Assim, ele deveria manifestar-se aumentando a fecundidade, a beleza e a segurança da Terra, para a glória de Deus e o bem do nosso próximo.
Como as sociedades vencem a pobreza
Foi uma combinação de instituições morais, sociais, políticas, científicas e tecnológicas que livrou a maior parte da humanidade de uma absoluta pobreza material.
Tais instituições incluem uma ciência e uma tecnologia fundamentadas na visão do mundo físico como um cosmos ordenado que possa ser entendido e aproveitado pelas criaturas racionais para o melhoramento humano; direito de propriedade privada, empreendedorismo e comércio generalizados, protegidos por um Estado de Direito sob a égide de governos limitados e sensatos; e energia abundante, a preço acessível, confiável, gerada a partir de combustíveis fósseis e nucleares de alta densidade, suportáveis e constantemente acessíveis.
Ao substituírem a tração animal e humana, bem como as fontes de energia de baixa densidade como madeira, esterco e outros bio-combustíveis, e ainda a energia intermitente de baixa intensidade, de vento e solar, os combustíveis fósseis e nucleares livraram a humanidade das tarefas básicas de sobrevivência, permitindo-lhe dedicar tempo e energia em outras ocupações.
Provas empíricas indicam que os combustíveis fósseis não causam aquecimento catastrófico
Muitos temem que o uso de combustíveis fósseis ponha em perigo a humanidade e o meio ambiente, por causar um aquecimento global perigoso e historicamente sem precedentes.
Isso levou muitas pessoas bem-intencionadas a pedir uma redução das emissões de dióxido de carbono e, em consequência, do uso de combustíveis fósseis.
Tal receio se baseia em modelos informáticos relativos ao efeito do aquecimento causado pelo aumento do dióxido de carbono na atmosfera.
No entanto, para que tais modelos possam contribuir de forma válida à tomada de decisões, eles devem estar subordinados aos dados científicos, e tem havido uma crescente divergência entre as medições de temperatura no mundo real e as simulações informáticas.
Em média, os modelos informáticos simulam mais do que o dobro do aquecimento observado durante o período relevante.
Mais de 95% dos modelos simulam aquecimento maior do que tem sido observado, e apenas uma ínfima porcentagem se aproxima de modo tolerável.
Nenhum dos modelos simulou a ausência completa de aquecimento observada aproximadamente durante o período entre os últimos 16 anos (de acordo com dados de satélites do UAH) e 26 anos (conforme dados do RSS troposférico inferior). (C.P. Morice, J.J. Kennedy, N.A. Rayner, and P.D. Jones, “Quantifying uncertainties in global and regional temperature change using an ensemble of observational estimates: The HadCRUT4 dataset,” Journal of Geophysical Research (2012), 117, D08101, doi:10.1029/2011JD017187; Ross R. McKitrick, “HAC-Robust Measurement of the Duration of a Trendless Subsample in a Global Climate Time Series,” Open Journal of Statistics 4 (2014), 527–535, doi: 10.4236/ojs.2014.47050.)
Os dados confirmam a observação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) de que experimentamos hoje uma ausência de aquecimento global suficientemente longa, tornando quase impossível conciliá-lo com os modelos informáticos.
Tudo isso torna cada vez mais claro o fato de que os modelos exageram muito o efeito de aquecimento do dióxido de carbono.
Os erros desses modelos não são aleatórios, como sucede com as temperaturas muitas vezes acima ou abaixo, mas claramente tendenciosos, sistematicamente acima das temperaturas observadas.
O método científico exige que as teorias propostas sejam testadas pela observação empírica.
Por esse teste, os modelos estão errados, não fornecendo qualquer base racional para prever um perigoso aquecimento global induzido pelo homem, nem justificando esforços para reduzir o aquecimento, restringindo o uso de combustíveis fósseis ou de quaisquer outros meios.
Devido aos seus custos mais elevados e à sua menor eficiência, as energias eólica e solar representam apenas uma pequena porcentagem do consumo total de energia.
Com custos menores e maior eficiência, os combustíveis fósseis representam mais de 85% do consumo.
Substituir fontes de energia constantes e de alta densidade como os combustíveis fósseis, por fontes energéticas intermitentes e de baixa densidade, como a eólica e a solar, seria catastrófico para os pobres deste mundo, pois elevaria simultaneamente os custos e reduziria a confiabilidade e disponibilidade de energia, especialmente a elétrica.
Por sua vez, isso aumentaria o custo de todos os outros bens e serviços, que demandam energia para produzir e transportar.
Causaria uma desaceleração no processo de emancipar os pobres de sua pobreza.Ameaçaria reconduzir milhões de pessoas à pobreza.
E tornaria as redes elétricas instáveis, com cortes intermitentes de energia e blackouts cada vez mais frequentes, generalizados e onerosos – situações que por sorte são raras em países ricos, mas muito conhecidas de milhões de pessoas em países sem redes elétricas vastas e estáveis, alimentadas por combustíveis fósseis ou nucleares.
Uma terra com espaço e recursos naturais limitados, quanto tempo vai resistir um aumento de consumo de materia prima e energia, de forma ilimitada?
É o dilema absurdo ( já mil vezes resolvido dos dois pontos de vista pretensamente excludentes) entre a Razão x Fé.
Tem-se que repetir ….repetir….. e repetir. para as nossa sanidade mental, e a informação das gerações que nos sucedem.
Permitam-me sugerir que este comunicado do IPCO sobre a carta dos cientistas ao Papa Francisco, tal como está, com tão significativas
ilustrações, seja transformado num livreto que se possa difundir por este Brasil afora… Que alguma editora, quiçá a Petrus, assuma esta
publicação. Cordialmente.