Há muitas décadas o catolicismo iraquiano vem padecendo a desapiedada hostilidade dos governantes muçulmanos.
O ditador Saddam Hussein nutriu uma política ambígua que com uma mão afagava os líderes religiosos cristãos e com a outra mandava os fiéis a morrer nas frentes de combate mais mortíferas.
Após um breve intervalo pacificador marcado pela presença americana, o Estado Islâmico desatou uma onda exterminadora comparável às perseguições dos primeiros séculos com imensa sequela de mártires.
Mas as massacres, depredações, profanações de igrejas, mosteiros e locais sagrados feitas pelos adeptos religiosamente estritos do Corão não conseguiram tudo o que se tinham proposto.
Exemplo característico aconteceu em Alqosh, aldeia permanentemente ameaçada pelos sequazes do Estado Islâmico.
Na igreja paroquial, por volta de cem crianças fizeram a primeira comunhão, numa missa celebrada por Mons. Basil Yaldo, bispo auxiliar muito próximo ao Patriarca Católico de Babilônia dos Caldeus D. Luis Rafael Sako, segundo noticiou “Aleteia”.
Assistiram à missa do bispo, todos os sacerdotes e religiosos da cidade e mais de setecentos católicos.
A cidadinha de Alqosh, no Curdistão iraquiano, recebeu centenas de perseguidos vítimas dos islâmicos coerentes com o ensinamento de Maomé.
O vigário de Bagdá comemorou a melhoria na frente militar, onde tropas nacionais e milícias locais assistidas por instrutores e tropas de elite ocidentais estão recuperando o terreno aos jihadistas. Esses fogem cada vez mais e a planície de Nínive está cada vez mais segura enquanto as tropas iraquianas estão fechando o cerco em torno de Mosul, cidade transformada em capital temporária do Estado Islâmico.
O Patriarca Sako pediu às crianças não abandonarem sua terra e ficar para reconstruí-la em torno de sua herança católica.
E um dos meninos lhe respondeu: “quando eu seja grande, eu vou ser padre para servir melhor”.
O Patriarca não pôde esconder sua emoção.
Em qual igreja de Ocidente, do Brasil, deu-se um fato mais bonito nestes dias que correm?