O tenente general Francisco José Gan Pampols, comandante supremo das Forças Armadas espanholas na estratégica região de Valencia, Espanha, sobre o Mediterrâneo declarou em roda de imprensa que diante de um “salafista” [fundamentalista sunita] “jihadista” [lutador da ‘guerra santa] “não se pode negociar”.
As atenções estão voltadas para Valência, pois em seu porto atracou a flotilha liderada pelo barco “Aquarius” levando 629 imigrantes africanos.
A flotilha do “Aquarius” está envolvida em aguda polêmica. O governo italiano de nova orientação anti-imigração lhe proibiu desembarcar sua carga humana e lhe mandou prosseguir para a França pois bate bandeira desse país.
O presidente francês Macron e seus ministros reagiram com acres críticas ao governo italiano. Mas tampouco recebem o grupo do “Aquarius” que foi reenviado para o porto de Valência.
Nessa cidade, o Cardeal Cañizares, arcebispo dela mandou todas as paroquias aprontarem suas instalações para acolherem os que estão vindo.
O Papa Francisco também se engajou em pessoa pela sorte da flotilha em que governos e populações veem mais um contingente de invasores que podem incluir dissimulados terroristas perigosos.
O novo governo socialista espanhol anunciou que lhes concederá estatuto de asilo (500 euros mensais mais serviços sociais gratuitos) suscitando indignação de largos setores da população espanhola.
Esses estão sendo maltratados pela crise econômica, e denunciam as máfias, políticos e ONGs que colaboram com esse tráfico indigno de seres humanos..
Voltando à entrevista do comandante em chefe de Valência, general Gan Pampols, ele acrescentou que quando esses terroristas “já estão implantados numa região o único que se pode fazer é aniquilá-los”, segundo reproduziu o jornal “La Razón” de Madri.
O general privilegia a prevenção e o controle como arma para lutar contra esse terrorismo, mas advertiu que esta guerra “vai ser longuíssima”.
Num Café da Manhã da Agência EFE no Colégio de Advogados de Valência, o máximo responsável de uma área muito visada pelo islamismo radical e pela invasão maometana, sublinhou que o “salafismo jihadista” está se espalhando de forma “globalizada”.
Para detê-lo, disse, é preciso controlar as pregações nas mesquitas, trabalhar na socialização dos indivíduos e controlar as redes e os fluxos econômicos que sustentam essa ofensiva.
Aliás, nada melhor para uma boa ‘socialização’ ou encaixe dos novos chegados na sociedade espanhola que o apostolado de conversão feito pelo clero e ordens religiosas.
Mas, infelizmente, a orientação do progressismo que vem de Roma é o contrário: não converte-los, acolhe-los, dialogar e sobre tudo mantê-los ecumenicamente em seus erros e maus costumes.
Em sentido contrário, disse o general Gan: “não se pode negociar com um salafista jihadista. É impossível porque não há um elemento comum, uma zona de aproximação.
“O que eles pretendem é nos subjugar ou nos eliminar” porque não partilhamos suas crenças.
Falando enquanto chefe do Quartel Geral de Intervenção Rápida da OTAN na região explicou que ”quando já estão implantados, o único que se pode fazer é aniquila-los e depois atacar suas raízes”.
“Diante de um salafista jihadista decidido a agir e armado o único que se pode fazer é abate-lo ou tentar captura-lo, mas tende certeza que se ele puder agir, agirá da forma mais dolorosa e causando o maior dano possível”, alertou.
O general Gan Pampols explicou que o fenômeno terrorista islâmico é “global”.
Está em países como Iraque, Síria ou Nigéria, mas também na Malásia, Indonésia, Paquistão e Índia.
E não só ali. Mas também em algumas zonas da América do Sul.
Sobre tudo onde há países “suscetíveis de radicalização” porque perderam os meios de subsistência e aonde o radicalismo islâmico aparece como uma fonte de ingressos.
O comandante de Valência também tratou do problema da Europa onde maometanos de “segunda e terceira geração”, que deitaram raízes no continente, sofrem “processos rápidos de radicalização”.
No Islã não existe a democracia e não há diferença entre vida pública e privada.
Por isso, para eles a única forma de governo é instalada sobre “a aniquilação do adversário”.
O general também recomendou o controle das pregações e dos processos de radicalização nos cárceres europeus.
Destacou a dificuldade de “conter praticamente” o tipo de terrorista “lobo solitário”.
Mas, destacou que esse “lobo” não está tão solitário assim.
Por trás de cada terrorista “sempre tem alguém que o radicaliza, há uma rede por trás que não se forma num só dia”.
Por fim, o comandante geral de Valência acentuou que uma das grandes “vulnerabilidades” da Europa é o baixo índice de natalidade.
Ele focou o crescimento do número de filhos de imigrantes muçulmanos, fato que poderá acarretar o engrossamento de partidos islâmicos.