O Cardeal Raymond Burke esteve no final do mês de abril último em Bratislava, capital da Eslováquia, onde foi recebido pelos jovens da associação Slovakia Christiana.
No dia 27, no Bratislavské Hanusove Dni — evento que reúne anualmente conferencistas de diversas tendências —, ele falou sobre a indissolubilidade do matrimônio diante de um auditório completamente lotado, com pessoas de pé, nos corredores laterais, e até do lado de fora. Sua palestra foi patrocinada também por Slovakia Christiana.
Após a exposição, com a ajuda de um moderador, foram feitas diversas perguntas sobre a exortação apostólica do Papa Francisco Amoris laetitia, sobre o que pensar a respeito da tolerância em relação às uniões civis de “casais” homossexuais, bem como sobre a Santa Missa no rito tridentino. As perguntas eram dirigidas ao ilustre conferencista através de smartphones, e apareciam num telão colocado atrás dele. Elas foram tantas, que não lhe foi possível responder a todas.
O Cardeal Burke apresentou ao público, nessa ocasião, a edição em língua eslovaca do livro Permanecendo na verdade de Cristo — matrimônio e comunhão na Igreja Católica, do qual é coautor com os Cardeais Gerhard Müller, Walter Brandmüller, Carlo Caffarra e Velasio De Paolis.
O Purpurado fez notar que a Igreja está sob um “ataque devastador” e encorajou os católicos a “agirem como soldados” em defesa da verdade. Disse que “não pode haver lugar para o silêncio ou uma atitude de derrota”.
Fez notar ainda que a “confusão e o erro” sobre o casamento católico foram expressos pela primeira vez pelo Cardeal Walter Kasper. Isso “se tornou evidente para o mundo durante o primeiro Sínodo dos Bispos, em 2014”. O Cardeal Burke confirmou que dar a Sagrada Comunhão aos adúlteros “contradiz o constante ensinamento da Igreja e a prática em relação à sagrada instituição do matrimônio”.
No dia seguinte, 28 de abril, Sua Eminência celebrou Missa Pontifical na bela igreja barroca de Santa Elizabeth [foto ao lado], no centro de Bratislava, que foi pequena para conter o numeroso público, enlevado e admirado pela pompa e sacralidade da celebração.
o autor: Carlos Eduardo Schaffer é Nosso correspondente em Viena