Corrupção, a mantra da atualidade

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Certas mazelas chocam a opinião pública de modo tão abrangente que corremos o perigo de atribuir à elas todos os males pelos quais são responsáveis e também por aqueles que não são responsáveis. A Petrobrás e todas as demais “brás” estiveram à beira da falência? E as demais estatais, competindo entre si para apresentar o pior prejuízo possível em seus balanços? Quem são os responsáveis? O fato de seus diretores e os políticos que os indicaram serem corruptos?

A grita geral, à começar pelos jornais e redes sociais, é a de que sendo os diretores dessas entidades, corruptos, auferindo comissões com a voracidade das células cancerígenas, a solução seria nomear dirigentes probos, com caráter “republicano” como dizem, almejando o bem do povo e o do país. Verdadeira? Falsa? Exagerada?

Na verdade, a corrupção é consequência e não causa. A causa é a estatização de nossa economia! Quando o Estado deixa de cumprir suas obrigações – legislar e fiscalizar – e passa à exercer atividades econômicas, é o desastre anunciado. É como se os juízes começassem a fazer leis e os políticos a julgar. Teoricamente ninguém considera ser possível uma estatal eficiente, mas, na prática a maioria das pessoas acha que a solução seria o simples afastamento dos diretores corruptos.

A verdade nua e crua: as estatais, em sua essência, são corruptoras. Seus diretores não tem que prestar contas a ninguém, apenas aos políticos que os indicaram para o cargo. Injunções políticas, falta de fiscalização, desmotivação, ofertas bilionárias comparadas aos magros salários até então auferidos, pressão da parentela para obter vantagens, e, por aí vai.

E quem é o responsável pela estatização de boa parte de nossa economia? A mentalidade socialista, esquerdizante, nacionalista, que almeja um Estado Todo Poderoso combatendo o lucro, as multinacionais espoliadoras, os bancos gananciosos, as reformas, e… até os Estados Unidos! A mesma cantiga, os mesmos refrões, os mesmos bodes expiatórios, presentes ha dezenas de anos em nosso pobre Brasil…

Esse óbvio ululante, como dizia Nelson Rodrigues, é ignorado até pelos jornais ditos de centro ou conservadores que timbram em nunca acusar a mentalidade socialista-esquerdista. Aliás, os governos cubano e venezuelano são criticados pelo seu “populismo” e pelos seus aspectos ditatoriais, mas nunca se fala em suas origens marxistas…

O que fazer? No momento pouco, mas esperar que com o tempo nossa juventude que vai para as ruas entenda que o mal precisa ser cortado pela raiz. O fogo não é responsável pelo incêndio, mas sua causa é a existência de inflamáveis e a ausência equipamentos para combate-lo.

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