Cubanos nas ruas! Pedem liberdade

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Havana, 11 de junho (EFE) .- Centenas de cubanos saíram às ruas de Havana neste domingo gritando “liberdade” em manifestações pacíficas, que foram interceptadas pelas forças de segurança e brigadas de partidários do regime que mantém Cuba oprimida, gerando confrontos violentos e prisões.

Os confrontos entre os manifestantes e a pró-ditadura ocorreram no centro do Parque de la Fraternidad, em frente ao Capitólio, onde mais de mil pessoas se reuniram com forte presença de militares e policiais, que realizaram várias prisões.

Protesto contra a ditadura comunista

No entanto, um grupo de várias centenas de manifestantes conseguiu escapar do cordão policial e dirigir em massa o emblemático Paseo del Prado em direção ao Malecón com os braços erguidos e gritando slogans como “liberdade”, “pátria e vida” e “ditadores”.

Brigadas organizadas de partidários do regime também compareceram ao local, gritando “Eu sou Fidel” ou “Canel, meu amigo, o povo está com você”.

O evento pode fazer história, pois é a primeira vez que um grande grupo de cubanos sai às ruas de Havana para protestar contra a ditadura desde o famoso “Maleconazo” de 1994, em meio à crise do “período especial.”

Cuba corta a internet

A prova da gravidade da situação é que as autoridades cortaram o serviço de dados de internet móvel em todo o país, presumivelmente para evitar que vídeos dos protestos sejam transmitidos e para reduzir a capacidade de convocação dos participantes.

A manifestação em Havana vem depois de uma onda de protestos espontâneos neste domingo em diferentes partes do país, o primeiro deles em San Antonio de los Baños, onde uma massa de pessoas saiu às ruas para pedir liberdade e criticar o regime pela falta de alimentos, remédios e os contínuos apagões que sofre esta cidade cubana, que fica a 30 quilômetros a leste da capital.

A manifestação em San Antonio, duramente reprimida pela Polícia, segundo testemunhas da EFE, foi transmitida ao vivo pelo Facebook até o desligamento da internet, que presumivelmente acendeu o estopim de atos semelhantes em outras cidades como Güira de Melena e Alquízar (oeste), Palma Soriano (leste), Cienfuegos (centro) e Havana.

As manifestações surgiram em um momento de forte crise em Cuba, que sofre com uma preocupante escassez de medicamentos e produtos básicos, e também atravessa a terceira e pior onda de COVID-19, com altíssimos índices de contágio nos mais afetados. regiões.

O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, compareceu hoje em duas ocasiões. Ele foi primeiro a San Antonio de los Baños onde, acompanhado por um grupo de apoiadores e forças de segurança, acusou “mercenários pagos pelo governo dos Estados Unidos” de organizar os protestos.

Posteriormente, ele falou ao vivo na rede de televisão estatal, na qual exortou seus partidários no domingo a tomarem as ruas prontos para o “combate”, em resposta aos protestos contra seu regime.

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