Demagogos vs. Arquétipos: o Brasil é esquecido

1

Abordamos, no último artigo, comentários do Prof. Plinio sobre o Manifesto à Nação — O Brasil é esquecido — de autoria do Ministro da Guerra, Góes Monteiro, em 1935. E, estabelecemos as analogias de situação com o Brasil de 2021.

“Eles são elementos estranhos à Pátriaexteriores ao seu querer, ao seu pensar, aos seus ideais. Como parasitas, ainda estão presos ao seu dorso, prejudicando-a em sua lenta convalescença, no renascer de seu espírito, no fortalecimento de sua vontade.”

São demagogos, são oportunistas, estão na onda midiática e na contramão do que o Brasil necessita. Não são líderes naturais, muito menos arquétipos, como veremos.

Importância midiática não significa importância real.

Renascer do Brasil: “convalescença”, “espírito” e “vontade

Nosso Site não é político-partidário. Cada um faça a sua parte em benefício da Nação. A nós, cabe, a defesa dos princípios da Lei Natural, a observância das regras da reta psicologia humana, da sociologia católica aplicada aos povos. Defendemos os pilares da civilização cristã: tradição cristã do povo brasileiro, família e propriedade, ambas embasadas em Mandamentos da Lei de Deus.

Convalescença — É bem exatamente a situação do Brasil pós ditadura petista. O Brasil, que derrotou as esquerdas nas Ruas e nas Urnas, procura um caminho para alcançar a saúde.

Recordamos, há um falso Centrão que se alia à esquerda a fim de impedir o restabelecimento da “saúde” do Brasil.

Renascer do espírito — é a retomada, no Brasil, dos princípios imutáveis da Lei Natural. Isso, na linguagem das esquerdas, da Midia, do falso Centrão, se chamaria “retrocesso”. Retrocesso, afirmamos é mutilar a Lei Natural, o direito à vida (aborto) a invasão de propriedades. Retrocesso é voltar ao paganismo pré cristão. Retrocesso é voltar à agenda das esquerdas que tentaram levar o Brasil para o comunismo.

Vontade — Não basta conhecer a Lei Natural é preciso ter vontade, querer restaurá-la. Isso, elaborar Leis que restabeleçam os Valores Morais, a defesa da família, da propriedade.

O contínuo bombardeio feito pela esquerda, pela midia, por outras esferas a tantas iniciativas do governo federal precisa ser focalizado em função dessa restauração de espírito e vontade que anima a reação conservadora no Brasil desde 2015: devolvam o meu Brasil. Esse bombardeio quer a destruição do Brasil tradicional e cristão.

***

Alma nacional brasileira

Já tratamos da “alma nacional“. Escreveu o Prof. Plinio: “Se a História de cada indivíduo é sobretudo essencialmente a história de sua alma, é obvio que a história de um povo é sobretudo e essencialmente a história daquilo que se costuma chamar de mentalidade do país. É ponto indiscutível em Teologia que assim como perante Deus cada alma tem sua responsabilidade própria, também as coletividades humanas, como as famílias, as cidades, as classes sociais, os países, têm responsabilidades coletivas.”

A “alma nacional” contem si mesma os elementos sadios para a reconstrução do Brasil nas vias da civilização cristã. E é a nossa defesa contra o Great Reset. https://ipco.org.br/a-alma-nacional-grande-muralha-contra-o-great-reset/

Essa esquerda, aliada ao falso Centrão, esquece, repudia, detesta a “alma nacional”. Querem, para o Brasil, modelos socialistas à maneira de Cuba, da Venezuela ou da ditadura do PCCh na China.

Hoje, queremos tratar a arquetipia nacional.

Noção de “tipo” e “arquétipo”

Resumimos aqui o pensamento do Prof. Plinio: Para saber o que é um arquétipo, preciso saber o que é um tipo. Arquétipo vem de “arqui-tipo”. Arquibancada é uma bancada por cima de outra; arqui-conhecida, é conhecida mais do que todas as outras. Assim, arcebispo, arquiduque, arcanjo são outros exemplos de arqui.

“Nós chamamos de arquetipia, na nossa linguagem (das reuniões mais bem dadas a estudos filosóficos, com uma comissão de membros da TFP) do MNF, o fato de que Deus pôs nas criaturas dele uma ordem, uma relação pela qual umas são tipo das outras e a que está mais no alto é arquetípica. Quer dizer, é o tipo dos tipos”, ensina o Prof. Plinio.

“Fulano é um brasileiro típico. O que é quer dizer isto? É que é um brasileiro que reúne em si as qualidades comuns do brasileiro (e os defeitos, hein?). Mas de um modo especial aquilo por onde o brasileiro nas suas qualidades e nos seus defeitos é diferente das outras nações. Então, a gente olha para aquele e diz: aquele é típico.”

Dentro do Brasil há tipos. Um pode ser um gaúcho típico, um catarinense típico, um paraense típico, um paulista típico, um carioca típico… Nós percorreríamos toda a lista dos Estados. Cada Estado tem seu tipo. Quer dizer, ele tem os traços que todos têm (ele tem também). Mas aquilo por onde naquele Estado as pessoas são diferentes das outras, ele tem muito marcado. Então aquele é um tipo daquele Estado. É um tipo.

* O arquétipo possui na plenitude as características do tipo

O arquétipo é o tipo multiplicado pelo tipo; então, ele tem tudo quanto é próprio de quem nasceu naquele País, mas tem de um modo caraterístico, que o diferencia dos outros. Bom, mas ele é arquétipo quando esse tudo que ele reúne, é o auge. Ele tem aquilo levado ao mais alto grau.

A reconstrução do Brasil deve se orientar pelos arquétipos

Se o Brasil tem uma “alma nacional”, se nosso País teve arquétipos, nosso futuro, nossa reconstrução nacional deve se orientar por seus modelos.

Quais foram esses modelos históricos?

Anchieta e Nóbrega, modelos de evangelização, de idealismo são os mais criticados pela TL e pela neo-missiologia. São “arquétipos” na esfera espiritual odiados pelos progressistas, pelos fanáticos antropólogos festejados pela Midia e pelo Sínodo da Amazônia; (1)

Os líderes da Insurreição Pernambucana, João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, o negro Henrique Dias, e o índio Poti se destacaram na defesa da Pária, na libertação dessa área do Brasil dominada pelo invasor holandês. São pessoas que se afirmaram, no cenário nacional, na hora decisiva para a soberania nacional.

O patriotismo do Duque de Caxias é celebrado pelo Exército Nacional. Há outros nomes que a História, reescrita pela esquerda, silencia e abomina.

Um líder à altura da hora histórica:

As atividades de Salvador Correia de Sá, como Governador do Rio de Janeiro e das Capitanias do Sul — entre as quais a de povoador da antiga Capitania de Pero Góis, onde surgiu, sob sua proteção, a hoje episcopal cidade do Santíssimo Salvador dos Campos dos Goitacazes — são dignas de um estudo especial.

Salvador Correia de Sá e Benevides, descen­dente de ilustre família portuguesa que deitava raízes na Espanha e ramificações na América Espanhola, salvou para Portugal e para a Igreja, com uma expedição de brasileiros, o belíssimo Reino de Angola (…) (2)

Os nossos próceres da Independência também souberam ver e agir, na hora certa, para a construção da nação brasileira.

***

Outros se destacaram. Preferimos não alongar a lista por brevidade. O Brasil viu nascer, na hora certa, os homens que o salvaram da catástrofe comunista.

Nosso objetivo, nesse artigo, é lembrar aos brasileiros que precisamos de homens à altura do cenário em 2021. E, os demagogos, os oportunistas, as figuras midiáticas ai estão tentando ofuscar, impedir e matar toda a autêntica reação nacional contra as esquerdas e contra as manobras insidiosas do falso Centrão.

A reação nacional que lotou as ruas a partir de 2015, que derrotou as esquerdas em 2018 está à procura dos arquétipos nacionais.

Nossa Senhora Aparecida, rainha e padroeira do Brasil, faça surgir os verdadeiros líderes, os homens-arquetípicos da Terra de Santa Cruz, que saibam oferecer à população o nosso modelo ideal: esse ainda será um grande País! longe das esquerdas e dos enganos do falso Centrão.

Nosso grande desafio é realizar a nossa providencial missão de País líder na defesa dos Valores Morais, no cristianismo tradicional, no patriotismo alicerçado na “alma nacional”.

(1) “Os próprios padres católicos – é afirmado em recente artigo da imprensa – após mais de
400 anos de catequese, viram-se obrigados a mudar de tática, pois se continuassem no mesmo
propósito de Anchieta e Nóbrega (sic) o que iriam conseguir não seria mais do que a
desagregação, marginalização, destruição e morte do que resta dos grupos indígenas
brasileiros. E essa mudança de tática foi justamente no sentido de respeitar o indígena com suas
crenças e seu modo de vida, valorizar a sua cultura ao invés de procurar impor a cultura dos
civilizados” (O POPULAR – Goiânia – 22/11/1973)” (doc. 9, pp. 18-19).

(2) Brasil: este ainda será um grande País! (II) – Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (ipco.org.br)

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui