Porque possui alma imortal o homem é dotado de inteligência e vontade. Enquanto a razão tem por objeto próprio a verdade, e não o erro e a mentira, a vontade deve visar o bem. Por sua vez, os sentimentos devem acatar os ditames de uma e de outra.
Pautar a conduta humana por sua faculdade sentimental e romântica seria negar a sua racionalidade, pois é através da razão que o homem regula seus sentimentos e emoções. Deus censurou Caim ao lhe dizer que ele possuía as rédeas nas mãos para dominar seus instintos animais.
Enquanto os irracionais são dotados de forças instintivas e cegas que os impulsionam à natural procura de seu bem, o homem, para nortear sua conduta, precisa das faculdades da inteligência e da vontade, além da regra moral consubstanciada nos Dez Mandamentos da Lei de Deus.
Através da inteligência, o homem conhece as realidades visíveis e mesmo as invisíveis, e iluminado pela fé pode conhecer realidades mais altas, como as verdades reveladas por Deus segundo as Escrituras e a Tradição e transmitidas pelo Magistério multissecular da Santa Igreja Católica Romana.
Com efeito, não há antagonismo entre fé e inteligência. Tentar explicar as Escrituras por meio do progresso e da cultura humana, como fazem os modernistas, constitui doutrina condenada por São Pio X na encíclica Pascendi, bem como por outros papas.
Ensina-nos Pio IX que em matéria de religião a ciência não pode dominar ou prescrever o que se deve crer e aceitar, e nem tampouco perscrutar os mistérios de Deus, e sim lhes prestar reverente, piedosa e humilde homenagem.
Em nome do avanço da ciência, a revolução cultural moderna preconiza e defende, entre muitos males, o aborto, a eutanásia, a sodomia, a prostituição, o divórcio, as uniões de fato, a abolição do celibato sacerdotal. É claro que tal revolução visa destruir os valores religiosos e morais que ainda pautam a vida social e política.
As barreiras que infelizmente ela vem destruindo são tantas, que religiosos de peso passaram a defender uma piedade sentimental em relação àqueles que levam uma vida em desacordo com a moral. Costumam alegar que tais males surgiram como reação ao rigorismo doutrinário e moral da Igreja.
Na realidade, precisamos distinguir bem a misericórdia para com o pecador que deseja abandonar o vício da aceitação sistemática e metódica de leis contrárias à fé e à moral. Para os modernistas nada é imutável, portanto a Igreja precisa adaptar-se à realidade hodierna sem negar seus erros e vícios.
Como não poderia deixar de ser, esse procedimento de autoridades eclesiásticas vem causando a perda da fé de incontáveis fieis. Pois necessitando a fé de explicitação — na alma de cada fiel há pontos relativos à Igreja, ao dogma e aos Livros sagrados —, os progressistas tomam a iniciativa de construir uma doutrina própria que procuram enquadrar racionalmente às suas conveniências.
Espero em breve dar continuidade ao tema de hoje. Até lá.
Caríssimo.
De fato este é um caso a exigir investigação. Não sou a favor dos exageros praticados por humanos quando buscam dispensar aos animais os mesmos elementos culturais, tais como, banhos com ervas, vestimentas e outros adereços culturais usados por humanos. Mas convenhamos, deve existir outra método de busca de respostas científicas para favorecimento do homem sem que se inflijam a esses animais as dores de um experimento contundente e invasivo em seus corpos.
Excelente !! Gostei desta verdadeira encíclica ,uma aula Magna esclarecedora e bem real para reflexionar nestes dias onde a mentira a deturpação o dano e todo tipo de ações sórdidas são cometidas por aqueles que estão errados e em seus grandes equívocos destrutivos procuram constantemente destruir aqueles que ainda Graças a Deus !usam da razão e o bom senso para suportar tanta barbaridade, não significando isto compactuar com o derradeiro atual que demônios com crachá estão semeando.
De fato, não sabemos ao certo porque Deus foi a Caim. Entre o homem que Deus formou (o homem original) e Caim, havia acontecido uma catástrofe, a Queda do homem no pecado, que nos levou à morte espiritual e a todas as maldições que nos atingem hoje: o envelhecimento, as doenças e a morte, principalmente. O homem se tornou escravo do pecado, “andando segundo o príncipe da potestade do ar”, vindo a ser ‘homem psíquico’ que não compreende as coisa do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura (ilógico), por isso um pecador só pode se converter a Cristo se ajudado pela graça de Deus (Jo 6.44,45)
É surpreendente a clareza desta matéria. Parabéns ao sacerdote que honra sua missão de pastor. A propósito do enunciado da matéria, faço a aplicação da doutrina aos recentes acontecimentos do roubo dos animais num instituto de pesquisa, em São Paulo. Os cachorros não têm os mesmos direitos dos homens. No caso os animais eram utilizados para os fins para os quais Deus os destinou, isto é, para servir ao homem.