14 de Janeiro é festa da Divina Pastora em Santa Rosa, na Venezuela. Para libertar a região de uma terrível epidemia, a Divina Pastora aceitou o oferecimento da vida do padre Yépez!

Igreja de Santa Rosa – Atribuição: Veronidae, CC BY-SA 3.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0, via Wikimedia Commons

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A peregrinação anual de 14 de janeiro a Divina Pastora, em Santa Rosa, é considerada uma das maiores do mundo. Essa devoção começou ali por volta de 1740, quando o Vigário da Igreja da Imaculada Conceição encomendou uma imagem da Divina Pastora para sua paróquia, enquanto, por sua vez, o vigário de Santa Rosa encomendou justamente uma imagem da Imaculada Conceição. Mas quando prontas, o escultor se enganou nas encomendas, e enviou a Divina Pastora para Santa Rosa.

Assim que a imagem da Divina Pastora foi recebida, o pároco de Santa Rosa, ordenou que a levassem à paróquia da Imaculada Conceição. Mas, para espanto dos presentes, a caixa ficou tão pesada que não foi possível mais levantá-la. Era um evidente sinal do Céu de que a Divina Pastora não queria mais deixar a igreja de Santa Rosa, e lá ela ficou!

Outro fato importante ocorreu durante o terrível terremoto que devastou a Venezuela em 26 de março de 1812 (data que caiu numa Quinta-feira Santa). A igreja de Santa Rosa desabou completamente, com exceção apenas do nicho em que estava a Divina Pastora. A imagem permaneceu intacta!

Em 1855, Santa Rosa foi atingida pela epidemia de cólera. Como o número de mortes aumentava a cada dia, o padre Yépez, pároco da igreja da Imaculada Conceição, decidiu levantar um Cruzeiro e lá promover um grande dia de oração. Por isso, em 14 de janeiro de 1856, foram trazidas as imagens da Divina Pastora da igreja de Santa Rosa e a do Nazareno da igreja de ‘La Concepción’.

Ao fim da cerimônia, a Divina Pastora foi levada até a igreja da Imaculada Conceição, onde o padre Yépez promoveu um tocante sermão. Suas palavras ressoaram pelo templo, implorando pela graça de Deus e exortando os fiéis a se apresentarem confiantes diante da Divina Pastora, implorando por sua proteção. De repente, o padre caiu de joelhos diante da imagem e, com os braços estendidos, ofereceu a Ela a própria vida, exclamando: “Santíssima Virgem, Divina Pastora, pela Divina Justiça, pelo bem e pela salvação deste povo, ofereço-te a minha vida, Mãe minha, pelas dores que experimentou teu Divino Coração, quando recebestes em teus braços a teu Filho na descida da Cruz, eu te suplico, Mãe Minha, para salvar este povo, que eu seja a última vítima da cólera”.

Altar da Divina Pastora – Atribuição: Javierosendo, CC BY-SA 3.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0, via Wikimedia Commons

A partir desse dia, a epidemia começou a perder intensidade e houve cada vez menos vítimas. O padre Yépez, conforme seu oferecimento, faleceu em 16 de junho de 1856, tornando-se a última vítima daquela epidemia.

Nossa Senhora Divina Pastora de Santa Rosa, rogai por nós!

Ivan Rafael de Oliveira

Fontes de Pesquisa: https://soucatolico.com.br/uma-das-maiores-procissoes-do-mundo-nao-sera-realizada-presencialmente/

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