Nessa última semana da disputa eleitoral, dois documentos saem a público; são os dois Brasis ou, melhor dizendo, um Brasil e um anti Brasil que se manifestam ao público. Para tristeza de nós, católicos, o anti Brasil é desenhado numa Carta de Bispos que mais parece um panfleto de esquerda, e é certamente um documento anti Pastoral.
A Consagração do Brasil a Nossa Senhora
O Brasil foi consagrado a Nossa Senhora pelo Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.
Nessa Consagração é relembrado o augusto gesto da Princesa Isabel consagrando o País à Nossa Senhora Aparecida. Pede, também, que os sacerdotes que assim o queiram, apresentem a Deus essa Consagração.
A Carta de Bispos sobre eleições: o anti Brasil
Vejamos, da parte de bispos (que por ora se mantém no anonimato), uma atitude anti pastoral. Trata-se da Carta sobre A GRAVIDADE DO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES 2022.
“… não cabe neutralidade quando se trata de decidir sobre dois projetos de Brasil, um democrático e outro autoritário; um comprometido com a defesa da vida, a partir dos empobrecidos, outro comprometido com a “economia que mata””, diz a Carta.
“O uso do nome de Deus em vão é um desrespeito ao 2º mandamento.
“O abuso da religião para fins eleitoreiros foi condenado em nota oficial da presidência da CNBB (11/10/2022), para a qual “a manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil”.
“Os discursos e as medidas que visam armar todas as pessoas e eliminar os opositores estão em contradição tanto com o 5º mandamento, que diz “não matarás”,
“Vivemos quatro anos sob o reinado da mentira, do sigilo e das informações falsas. As fake news (notícias falsas veiculadas como se fossem verdades) se tornaram a forma “oficial” de comunicação do Governo com o povo. Isso fere o 8º mandamento, de não levantar falso testemunho,…”
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A Carta dos Srs Bispos nos faz lembrar as palavras do Prof. Plinio ao Cardeal Arns a propósito do Documento de Itaici e o silêncio face ao perigo comunista (1975)
Um documento esclarecedor
Carta do Prof. Plinio a D. Evaristo Arns a propósito do silêncio face ao perigo comunista, no Documento de Itaici, 1975
“Temos razão para recear que esta pergunta (silêncio dos bispos em face do perigo comunista), que não é apenas nossa, mas de milhões de paulistas, fique sem resposta.
“Não se iluda, porém, Eminência. Nosso povo continua a encher as igrejas e a freqüentar os Sacramentos. Disto não deduza Vossa Eminência, entretanto, que ele abdicou das convicções e dos ideais que o inspiraram na gloriosa epopéia de 1964.
“Atitudes como a dos signatários do documento de Itaici vão abrindo um fosso cada vez maior, não entre a Religião e o povo, mas entre o Episcopado paulista e o povo.
“A Hierarquia Eclesiástica, na própria medida em que se omite no combate à subversão comunista, vai se isolando no contexto nacional. E nos parece indispensável que alguém lhe diga que a subversão é profunda e inalteravelmente impopular entre nós, e que a Hierarquia paulista tanto menos venerada e querida vai ficando, quanto mais bafeja a subversão.
“Católicos apostólicos romanos, desejamos tornar essa situação bem clara a Vossa Eminência. Preferimos que Vossa Eminência dela se inteire hoje por intermédio de filhos cristãmente francos e profundamente respeitosos, a que a conheça amanhã através da evidência dos fatos, ou da gargalhada satânica dos subversivos. [É o que vemos em Cuba, Venezuela e Nicarágua]
“A seu tempo, esta gargalhada se fará ouvir, ecoando por todo o Brasil, sardônica e vitoriosamente, se nossas Autoridades civis e eclesiásticas, nossas Forças Armadas, e com elas todo o País, não cortarem definitivamente o passo à subversão.
“Como poderão não rir os agentes do demônio, vendo que conseguiram transformar em instrumentos da expansão comunista, precisamente Pastores instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo para esmagar o poder das trevas?
“Como católicos desejamos ardentemente que tal não suceda. E este desejo, respeitoso e filial até mesmo na expressão franca de nossas perplexidades e nossas apreensões, motivou a presente mensagem.
Encerrando-a, osculamos com veneração a sagrada púrpura.
In Christo Iesu
São Paulo, 13 de novembro de 1975 https://www.pliniocorreadeoliveira.info/MAN_751113_Naoseiluda_eminencia.htm
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Um apelo aos bispos silenciosos
O livro A Igreja ante a escalada da ameaça comunista divulgado por todo o território nacional teve a seu tempo a maior repercussão. Trazia essa obra um apelo aos bispos silenciosos. Esse é um apelo que continua muito atual. Se calarão nessa emergência os bispos silenciosos?
https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Escalada_197606_igreja_silencio_chile.htm#.Y1iQYnbMKMo
Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, suscite no Episcopado, no Clero filhos amorosos da sã doutrina que repudiem esse ingerência indevida de bispos, que assinam essa Carta, na esfera temporal. Uma ingerência em nome de princípios revolucionários que servem para tentar soerger a esquerda desse fundo de poço, em que ela mesma se precipitou, nos anos de governo petista.
Atos, como os Terços Públicos contra o Comunismo se espalham pelo Território Nacional. Não têm os Srs Bispos signatários dessa Carta uma palavra de estímulo à essa manifestação pública de Fé?
Não é digno da maior consideração e elogio a Consagração do Brasil a Nossa Senhora Aparecida, feita pelo Presidente Bolsonaro?
Não! A Carta dos Srs Bispos é exclusivamente uma ingerência em assuntos temporais em nome de uma ideologia revolucionária e anticristã.
Nossa Senhora se apiede de todos nós, da Santa Igreja, da vocação providencial da Terra de Santa Cruz.