Dois pesos e duas medidas

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    Muitos não acreditam, mas a realidade é: Perseguição Religiosa.

    Nilo Fujimoto

    A vara com que se mede os atos da Igreja é a mesma com a que se mede outras Instituições ou personalidades?

    A notícia publicada no G1 sob o título “EUA se dizem ‘decepcionados’ com a libertação de Polanski pela Suíça” deveria causar horror aos que dizem combater a pedofilia.

    A notícia relata que “Polanski é procurado por ter fugido dos EUA na véspera de seu sentenciamento formal pela acusação criminal, feita em 1977, de ter tido relações sexuais ilegais com uma menina de 13 anos, a quem ainda foi acusado de dar drogas e álcool.

    E acrescenta:
    “O diretor de 76 anos, que recebeu o Oscar de melhor diretor em 2002 pelo filme “O pianista”, sobre o Holocausto, estava sob prisão domiciliar no país europeu desde setembro de 2009, a pedido dos Estados Unidos. Ele estava em visita a Zurique para receber uma homenagem em um festival de cinema.”

    Não seria de se esperar que o jornal mensal francês “Le Monde Diplomatique” pelo seu chargista Plantu* estampe de forma bem destacada um deboche ao acusado de pedofilia Polanski? Não seria apressado fazê-lo porque para Plantu ou Le Monde basta a suspeita como prova de crime. Polanski é acaso uma figura inexpressiva para que o jornal não lhe dedique algum comentário “moralista” como o que fez em relação a Bento XVI?

    Por que não rasgam as vestiduras no caso Polanski aqueles que até aqui se arvoram no direito de acusar dos mais graves crimes a Igreja? Será mesmo que o faziam para bem das almas, ou da moralidade?

    * Ver em neste mesmo site referências a charges que Plantu realizou contra a Igreja Católica.

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