Como Você Se Prepara Contra a Tempestade?

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Uma das maiores pressuposições do livro “Return to Order” (*) (Retorno à Ordem, em tradução livre), é que nós enfrentamos uma crise que vai afetar seriamente a nação. Para usar a metáfora inicial da obra, nossa situação é como a de um navio que enfrenta uma tempestade ameaçadora.

A tendência natural é tomar algumas medidas e, principalmente, abastecer-se de suprimentos. As pessoas sentem a necessidade de ter algum grau de autossuficiência, no caso de acontecer alguma coisa. Outros ainda sentirão a necessidade de retirar algo da sociedade, na esperança de se evitar coletivamente o problema. Outros ainda estarão tão esmagados pela imensidão da crise, ou pela ameaça do governo opressor, que simplesmente não saberão o que fazer. Muitos leitores têm perguntado se há uma perspectiva de Retorno à Ordem em se preparar para a tempestade.

De fato, há uma perspectiva. Como o livro bem observa, uma sociedade cristã orgânica é caracterizada por uma “grande tendência a desenvolver e cuidar de cada um, [e] resulta em um grau espantoso de autossuficiência, que filtra todos os níveis da sociedade”. Nas épocas medievais, as pessoas não apenas proviam – amplamente – o sustento para elas mesmas, mas garantiam o futuro com o estoque de comida e artigos de primeira necessidade.

E, então, é razoável que estejamos preparados materialmente para o futuro, especialmente quando as nuvens da tempestade estiverem escuras. Mas essa é a única coisa que deve ser feita para se preparar contra a tempestade? Isso é o mais importante?

Enquanto é natural que as pessoas busquem autossuficiência em tempos de crise, elas também tendem a se isolar dos outros (em consequência disso). Tal preparação não é a melhor maneira de deter a tempestade. Isso é o equivalente a trancar-se numa das cabines do navio, sozinho, esperando a tempestade passar, enquanto a embarcação corre o risco de afundar.

A melhor preparação é estar envolvido na luta sobre qual direção o navio deve tomar. Isso envolve o trabalho com outras pessoas, e não uma abordagem eu-contra-o-mundo.

Na guerra cultural em que estamos, nós podemos empregar um princípio militar. A luta pelos nossos valores é pacífica e legal, mas ela é análoga a uma guerra de verdade.

Guerra

Dizem que quando uma tropa entra em combate, pela primeira vez, a tendência inicial é se espalhar. Essa tática funciona em benefício da linha de frente, que pode então apanhar os soldados isolados.

Contudo, quando os veteranos são atacados no combate, a segunda tendência é unir-se em bloco, para atirar de volta no inimigo; porque eles percebem que sua segurança depende de um pelotão unido contra o inimigo. Como resultado, eles podem contra-atacar em bloco e ganhar o dia.

A luta pelo Retorno à Ordem é semelhante. Em vez de nos espalharmos (e nos isolarmos) em uma cultura agressiva e hostil, é muito melhor buscar indivíduos com mentalidade similar, opor-se à cultura, e encontrar nossa força na união.

É por isso que Retorno à Ordem fala do princípio de subsidiaridade, no qual a própria sociedade se organiza em vários níveis, em oposição ao individualismo extremo atual. A obra afirma que a única defesa real contra o governo opressor – ou o caos – são as inúmeras associações intermediárias, centradas na família, na comunidade e na fé. Elas acentuam a necessidade de “personagens representativos” e/ou líderes naturais para todos os níveis da sociedade, dando um passo à frente e nos tornando uma nação de heróis. Acima de tudo, um Retorno à Ordem pede a ajuda de Deus, juntamente com seus anjos e santos. Uma abordagem solitária de ir-para-cima não vai funcionar.

Se aqueles que trabalham duro (materialmente falando) e se preparam para os tempos difíceis também se precaverem social e espiritualmente, então haverá uma chance de evitarmos muitos desastres ou, pelo menos, mitigar seus efeitos. O rumo da nação está longe de ser pré-determinado. Na verdade, sociólogos afirmam que os conservadores são muito mais efetivos em formar redes estreitas do que suas contrapartes liberais.

E então, em resposta a questão de se preparar contra a tempestade, nós devemos estar materialmente precavidos para o futuro. Porém, a melhor preparação é unir-se com indivíduos de mentalidade similar, esforçar-se para implementar a subsidiaridade, liderança, e outros princípios de uma sociedade cristã orgânica, ter uma confiança ilimitada em Deus e marcar nossa posição; disputando palmo a palmo o futuro da América.

(Tradução: Fábio Ramos)

Fonte: http://www.returntoorder.org/2014/03/mail-prepare-storm/

(*) John Horvat II é autor do livro best-seller Return to Order

 

6 COMENTÁRIOS

  1. Sou tão ruim, no uso de computador que não sei se vai passar o que escrevo abaixo.
    Achei interessantíssima essa abordagem para os dias de caos em que vivemos.
    Só um comentário gostaria de fazer : na medida do trabalho de buscar os pensam R-CR por alguma vertente, essa busca nos leva a encontrar os que não pensam assim, e tanto a aglutinação como a precaução sefarão, como que, naturalmente. Estou certo ?
    É uma garimpagem dura, mas vale a pena.

  2. Não só estou de acordo como apoio, mas o problema, o grande problema é sobre quem toma a “dianteira”, pois como já ocorreu anteriormente e em diversas ocasiões e situações diferentes, geralmente esses que tomam a dianteira nas ações o fazem para poderem ficar na retaguarda (entende?), e o pior de tudo é que buscam suas próprias vantagens, principalmente materiais, sejam elas durante ou após a “crise”. Nossa sociedade esta totalmente alienada a tradições e costumes de se buscar primeiro o seu “eu” e vantagens, e é ai que surgem os traidores das causas (como o BARBA na Ditadura (Sr. Lula)), e não só traições, mas também corrupção e a busca por benefícios pessoas e familiares. De modo que quando chegarmos a esse “Dia D”, temos de saber dizer não aos possíveis aproveitadores, teremos de deixar de sermos alienados e tomarmos NÓS a iniciativa de propormos as Regras e então veremos quem estará disposto a se candidatar a “vaga” de modo transparente, assumindo a causa e disposto a “morrer por ela na linha de frente de combate”!

  3. Problema!… Concordo plenamente com isso tudo! O Filho do ALTISSIMO nos ensinou sobre amarmos nossos inimigos, darmos a outra face, sobre o Amor, Fé, Esperança, a passividade, a não guerrear, deu exemplo fugindo para outros lugares quando tentavam mata-lo e assim também fizeram apóstolos, discípulos e seguidores, e, no entanto, Ele também nos disse: “Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos; portanto, mostrai-vos CAUTELOSOS COMO AS SERPENTES, contudo, inocentes como as pombas” (Mateus 10:16), e pra mim, isso denota que o “cristão” deve ser “bom”, mas não “BOBO”, e se necessário agir cautelosamente e astutamente como as serpentes!Estamos TODOS JUNTOS E UNIDOS no Mesmo Barco!

  4. Boa matéria !! exemplificadora li e entendi a mensagem que ela traz de muitas verdades e na minha opinião é válida também que o inimigo já infiltrou grande parte da sociedade e portanto o cuidado e pouco quando tentamos buscar maneiras de pensamento alinhadas com as nossas costumes e caráter, claro existem ainda pessoas com raciocínio sadio e bem estruturado perante as dificuldades que foram postas justamente para disgregar à sociedade e anular qualquer forma de pensamento que se apoie na FE e nos bons princípios cristãos portanto nossa fortaleza parte da formação de nossa alma e dos conhecimentos aquilatados na vida para saber dirimir e avaliar as piores situações com inteligência e analisar seriamente quão importante é unificar pensamentos para estar aptos e poder combater a todo aquilo que tentam inculcar para nos destruir como pessoas.

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