Ecologismo radical: contradição e ódio a Deus

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O movimento ecologista, a partir de um fato verdadeiro, estabelece conclusões falsas e contraditórias

Não há como negar! Está na boca de qualquer ambientalista radical a reclamação insistente contra o consumismo exagerado. Os ricos, os burgueses, os capitalistas, segundo os ecologistas, gastam fortunas em produtos supérfluos, alimentação pouco saudável, prestação de serviços caprichosos!

Tudo isso, dizem os “verdes”, degrada florestas, rios e mares, além de produzir quantidade incalculável de lixo que paulatinamente vai destruindo o planeta.

A paranoia de que a Terra está virando um lixão chegou ao ponto de espalhar a falsa notícia de que havia, lá pelas profundezas do Atlântico, quilômetros de lixo acumulado que viria não se sabe de onde.

Tudo isso, enfim, seria o resultado da gastança desenfreada dos consumidores, incluindo no conjunto o caro leitor. Sim. Porque mesmo que não façamos parte do rol dos abastados financeiramente, ainda assim é certo que consumimos demais e não nos conscientizamos a respeito da destruição do planeta…

E nesse tom se desenvolve a cantilena ecologista.

“Intemperança frenética” X “consumo equilibrado”

A gritaria dos defensores da “mãe terra” chega aos bordos da loucura pelo mês de novembro de cada ano. É a época da chamada “Black Friday” — mania importada dos Estados Unidos e desembarcada aqui no Brasil há algum tempo.

Na tal “sexta-feira negra”, comerciantes e lojistas, sobretudo de eletrodomésticos, lançam promoções transloucadas — e, às vezes, enganadoras —, causando reações não menos enlouquecidas em muitos consumidores, ávidos por adquirir produtos a preços baixos. Há cenas patéticas de massas humanas invadindo lojas. Em 2008, nos Estados Unidos, o desvario foi tão grande, que resultou na morte de um funcionário, pisoteado pela multidão de compradores!

Então, mais uma vez, entra o discurso ecologista em reação à onda de consumo. Para isso, recorrem eles a movimentos e expressões do tipo “consumo consciente, responsável, sustentável”, “Dia Mundial sem compras”, “Green Friday”.(1)

Esses “slogans” procuram causar um sentimento de culpa nos consumidores, e assim fazê-los alistar-se na onda do conhecido “salvem o planeta”.

Entretanto, talvez para a surpresa de alguns, é preciso reconhecer que até certo ponto a constatação ecologista é correta: realmente há um exagero consumista nos dias atuais. As razões para tal exagero são explanadas primorosamente no best-seller “Return To Order” da TFP norte-americana. Nesse livro, o conceito de “intemperança frenética” é apresentado como a verdadeira causa do consumismo exacerbado. O estudo também demonstra, por outro lado, como é possível confeccionar e adquirir produtos de boa qualidade, em quantidade razoável, sem desequilíbrios.

Incoerência ecológica e ódio à ordem estabelecida por Deus

Na realidade, o problema da reclamação dos ecologistas está, sobretudo, nas consequências apresentadas por eles. Exageram os efeitos sobre a destruição do planeta, e, no auge de seus devaneios, concluem que a população mundial deveria ser reduzida em bilhões de pessoas. Afinal, a lógica ecologista professa: menos pessoas, menos consumo, menos destruição!

Tais conclusões do ambientalismo radical já são bem conhecidas. Contudo, há uma realidade pouco vislumbrada: a sua contradição!

Se a reclamação ecologista visa o consumismo exagerado, ela deveria estender-se a todo tipo de gasto destemperado em produtos e serviços. Afinal — seguindo a lógica dos verdes extremados —, tudo concorre para a destruição do planeta!

Mas, curiosamente, há um tipo de consumismo contra o qual os ecologistas não demonstram sua indignação: o gasto exagerado com animais domésticos.

Para se ter uma ideia do montante de dinheiro aplicado em mimos com bichinhos, uma reportagem do G1 informa: “De acordo com previsões da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o setor pet no Brasil deverá atingir um faturamento de R$ 19,2 bilhões até o final de 2016. Um crescimento de 6,7% em comparação a 2015”.(2)

O diário madrilense “El País” traz extenso artigo mostrando que os animais de estimação movimentam “uma indústria que no ano passado faturou mais de 350 bilhões de reais só nos Estados Unidos, Europa e Brasil. O setor é um termômetro da economia global”.(3)

Todo esse dinheiro não é dispendido só em alimentação. O setor de roupas para animais fatura cada vez mais, sem falar nos serviços prestados: veterinários, hotéis, salões de beleza, cemitérios, e até sessões de yoga!

Mas se considerarmos a alimentação, a mesma notícia de “El País” revela um dado que deveria fazer os ecologistas de plantão protestar aos berros: biscoitos de fígado de frango e tortas de salmão, verdadeiras iguarias vendidas em uma rôtisserie para animaizinhos em Madri…

Por que os ambientalistas não reclamam contra tantos gastos? Por que eles não protestam contra a morte dos frangos e salmões usados na fabricação de biscoitos para cães e gatos? Será que os produtos e serviços destinados aos animais domésticos não degradam a natureza e não produzem lixo?

A contradição parece evidente. Mas a questão toda vai além. De fato, a mentalidade dos ecologistas revela uma desavença profunda em relação à própria natureza humana. Segundo eles, o homem é o destruidor por excelência. Tudo aquilo que ele produz ou lhe é direcionado deve ser rejeitado. Mas quando algo é destinado aos animais, o consumo não é considerado exagerado, nem a produção de lixo e a destruição de florestas e dos mares.

Assim, a contradição nas atitudes dos ecologistas nos patenteia seu ódio ao próprio homem, o rei da Criação, como afirma a Sagrada Escritura. Ódio que se volta contra Deus, pois foi Ele quem criou o homem à sua imagem e semelhança e estabeleceu a superioridade dele sobre os outros seres.

Os ecologistas, para escaparem do dilema e demonstrarem coerência em suas posições, deveriam favorecer os gastos temperantes realizados por qualquer pessoa, assim como os dispêndios equilibrados com animais domésticos.

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Notas:

1. – https://almanati.com.br/2016/11/24/green-friday-conheca-alternativa-de-consumo-consciente-maior-acao-de-varejo-do-ano/

http://www.almeria24h.com/pueblo.php?pueblo=Almer%EDa

http://www.lasexta.com/noticias/economia/ecologistas-accion-contraprograma-black-friday-consumo-irresponsable-dia-compras_20161125583811ec0cf264101b16495f.html

2. http://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2016/11/gastamos-muito-mas-sao-alegria-da-casa-diz-dona-de-quatro-caes.html

3.http://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/07/estilo/1481142488_466635.html

 

1 COMENTÁRIO

  1. A frase “a partir de um fato verdadeiro, estabelece conclusões falsas e contraditórias” vale para todas as “cabeças da hidra” revolucionária idealizada por Gramsci. O movimento gay, o negro, o feminista, TODOS fizeram o mesmo: se “apropriaram” de um fato, um problema real, e a partir dele criaram distorções, sofismas e manobras sujas para levá-los a uma conclusão que favoreça às suas respectivas ideologias. O exemplo perfeito vem do caso daquele rapaz negro que conseguiu aprovação numa universidade pública do Paraná sem usar seu direito à quota racial. Ao invés de parabenizá-lo por tal feito, que mostra que a cor da pele não define capacidade e competência, os racialistas dos movimentos negros o hostilizaram colericamente, o ameaçaram de agressão para “ensina-lo a ser negro”!

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