À SOMBRA DO CONVENTO
Frei Evaristo Arns
É admirável a vida de Santo Inácio de Loyola. Um guerreiro de Cristo no sentido mais exato da palavra.
Nós hoje nos acostumamos a considerá-lo como o homem consumado, o herói à testa de um glorioso exército. E também isso é muito correto.
Mais útil, porém, seria observar a Iñigo Loyola, na luta consigo mesmo e pela sua obra. E, imitá-lo…
Lembremos um fato apenas.
Era a véspera da festa da Anunciação de Nossa Senhora.
No mosteiro beneditino, nas alturas de Montserrat, Inácio, ou melhor, Iñigo de Loyola passa ar noite a velar diante do altar de sua Mãe.
Trocara as elegantes roupas de cavaleiro por um rude talare um cordão grosseiro.
Assim passaria a “noite de vigília”, aos pés da Virgem Santíssima.
Como os antigos cavaleiros – antes de serem admitidos – passam a noite a velar, assim Inácio se preparava para uma grande campanha pela glória de Deus e de Maria Santíssima.
Não queria lutar sozinho.
Quando rompeu finalmente a alvorada, Dom Inigo aproximou-se da mesa sagrada.
Agora podia descer o Montserrat, de pés descalços, apoiado num bordão. Iria reformar o mundo!
Muito semelhante é a jornada do peregrino mariano, no primeiro Congresso Nacional Mariano.
(…) Ao lado da Congregação da Anunciação, perto de um convento de frades passarão as Cortes Marianas a “noite de vigília”, para recomeçar com novo ardor a luta pela glória de Deus e da Virgem.
(…) Santo Inácio, aos pés de Nossa Senhora, travou uma grande batalha interior. E conquistou as mais profundas convicções .
Abramos o livro dos “Exercícios Espirituais”. Que idéias fortes e arrebatadoras sobre o fim do homem, a fealdade do pecado, a luta pelo bem, a oração.
E os congressistas marianos? Ouvirão a mensagem de Fátima, ouvirão as verdades santas que o mesmo Sto. Inácio ouviu aos pés da Virgem em Montserrat e em Manresa.
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As próprias lutas de hoje apresentam tantas semelhanças com as do tempo de Dom Iñigo de Loyola.
0 que há de estranho no campo religioso de nossa Pátria?
Não há dúvida. As seitas protestantes causam confusão e desordem lamentável por toda a parte.
Temos que enfrentá-los com as armas com que Inácio de Loyola derrotou ao monge, fundador do protestantismo; pela formação sólida e pela fidelidade-intransigente para com a Igreja Católica.
* * *
Limito-me a enumerar apenas mais um mal. É o maior deles a indiferença religiosa, porque: tão contagiosa e tão cômoda.
Santo Inácio a sacudiu pelo livro de Exercícios Espirituais , pela insistência sobre as verdades da outra vida, do Céu, do inferno, da justiça e do temor.
É o que voltou a fazer a Virgem de Fátima, proclamando a verdade tão “abstrusa” para os homens de hoje: existe um inferno.
Mas existe também um meio de livrar-se dele: a oração e a penitência
* * *
Vejo que levaria longe esboçar todo o paralelo entre ,o espírito e a atividade inaciana e as possíveis resoluções do primeiro Congresso Mariano.
Não obstante, um comunista nos chamaria de retrógrado, se por infelicidade lesse esse nosso esboço.
– Que é que fez o herói de Pamplona no campo social?!
– Duas coisas importantíssimas. Primeiro, compreendeu a situação; depois indicou a única solução possível!
– Mas , que tem que ver o século XVI com o século XX? insistiria alguém.
– São dois pontos iniciais de grandes revoluções, ou antes dois cenários de transformações radicais. Explico: o século XVI é o século das revoluções religiosas e mesmo culturais, por muitos fatores deste período e do anterior.
A ambição, a agitação e o conseqüente confusionismo são em muitos pontos semelhantes aos de nossa época.
Qual, pois, a solução que o verdadeiro Reformador do século XVI lhe deu? A única possível. Avivar nos homens a máxima de Cristo: “procurai, primeiro, o Reino do Céu e o mais vos será dado de acréscimo”.
Se o Congresso Mariano contribuir para tornar novamente
palpável e atual esta verdade (que nunca deixou de ser atual, mas pode ser esquecida),_então ajudará a colocar os fundamentos para uma reconstrução cristã da sociedade. Voltará depois o senso da honestidade (…). E o operário respeitará a propriedade particular como um direito e uma exigência da natureza.
0 “Padre Nosso” que os dirigentes e dirigidos rezarem na mesma casa de Deus, abafará toda e qualquer propaganda comunista.
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Que o Congresso Mariano ensine aos Marianos a serem batalhadores segundo o_espírito de Sto. Inácio, com as armas do Evangelho e sob a proteção da Virgem. E terão cumpridos a sua missão para com o Brasil, a humanidade e a Santa Igreja Católica.
Fonte: “Estrela do Mar” – n. 446-447, Setembro-Outubro, 1947 (Álbum da Congregação Mariana Nacional) págs. 57 e 58
‘Vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus’ (Jo 16.2). Foi assim na história em que uns que se julgavam mais cristãos matavam outros julgado menos cristãos. Ah! que bom a liberdade de de crença.
Talvez o que o Frei Evaristo Arns ensinava em 1947 não seria o que estava na sua cabeça e coração. DEle seria apaixonadamente comunista, mas não estava no momento de o mostrar. A sua ação só ganhava, se no momento se contivesse. Era muito cedo para atuar e era, sobretudo,um “zé-ninguém” que não seria ouvido.
Depois, sim, arcebispo da maior diocese do mundo, cardeal… era outra coisa.
Ponho esta hipótese por algo que me dizem ter-se passado em Moçambique que Evaristo Arns, Aluísio Lorcheider e outro visitaram, ainda estudantes franciscanos, e do debate de ideias que lá tiveram, mostrando bem a sua tendência comunista
O CANTO DA SEREIA, PELO VISTO, SEDUZIU-O?
“Quem te viu, quem te vê”, como se diz vulgarmente por aí, hem, outrora o evangelizador católico Pe Evaristo Arns, e hoje – bem, no momento está recolhido, sem grandes condições de nada – mas no seu comportamento anterior sugeria, quem sabe, futuro similar ou reedição de D Estevão Bettencourt e outros doutrinadores católicos de primeira linha.
A incógnita é o porque justificável tão radical mudança comportamental: passou a atacar a repressão efetuada pela Ditadura Militar, porém, aderira a favor doutra infinitamente pior, da Ditadura Comunista, materialista e ateia e, entre 2 males, preferiu se aliar ao mais deletério, além de ser uma religião satanista por odiar a Deus, a Igreja, a si e ao próximo pior ainda, e considerar os sacerdotes católicos apenas como “agentes de transformação” para o marxismo, nada mais!
Só mesmo um do naipe do Pe J Lancelotti aprovando os apoios de comunistas elogiando-o, sentindo-se “vermelho de alegria” e frei Betto confirmando que D Arns “mostrava aos operários o que era luta de classes e ensinava-os a necessidade de se libertarem da exploração”.
Ambos têm razão: Cuba, Coreia do Norte, China e Vietnan etc., são 4 paraísos comunistas, mas nenhum desses vai para lá a não ser para aprender de como praticar a subversão!