EQUADOR — Campanha vitoriosa contra o “comunismo rosa”

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Diante do Palácio Presidencial, em Quito. [Fotos: Oscar Gomez]
  • Santiago Fernández

Nas eleições presidenciais do Equador, a derrota de Luisa González frustrou o retorno do ex-ditador “lulochavista” Rafael Correa. Foi mais uma fragorosa queda do plano Pátria Grande, do falecido ditador Hugo Chávez, plano que continua a ser defendido pelo Grupo de Puebla, que reúne as esquerdas da América Latina. Correa ditou a estratégia eleitoral a partir da Bélgica — onde está foragido, acusado de corrupção —, a qual incluía uma Assembleia Constituinte que o faria voltar triunfalmente ao país e retomar o poder nas eleições de 2025.

As lamentações pela derrota partiram de todos os arraiais revolucionários populistas, esquerdistas ou progressistas do continente, pois a onda do “comunismo rosa” que nos ameaça — a qual inclui o Brasil, a Venezuela, o México, Cuba, Nicarágua, Honduras e Guatemala — recebeu um duro golpe.

Temerosa de perder a Argentina, ela estava decidida a se impor, com insuspeitas cumplicidades, no Equador. Porém, o assassinato praticado pelo narcotráfico, aliado do correísmo, do principal candidato adversário, Fernando Villavicencio — jornalista investigativo que descobriu a trama de corrupção do governo de Correa — horrorizou o país e unificou muitos partidos, que de outra forma seriam derrotados.

Essa união projetou o candidato minoritário Daniel Noboa, autodefinido “socialdemocrata moderado”. Ele fora apoiado em 2021 pelo Partido Socialista e defendia então a “liberdade” da prática abortiva. Sua ascensão, malgrado as pitadas socialistas, criou a ilusão do “já ganhou”, levando muitos a baixarem a guarda e a se omitirem diante do perigo comunista.

Em sentido contrário ao establishment político-midiático e ao espírito desprevenido e/ou entreguista de muitos conservadores, saíram às ruas do país os jovens da Sociedad Ecuatoriana Tradición y Acción. Eles percorreram 17 províncias, alertando os equatorianos sobre os perigos do regime comunista, sem se identificarem com partido algum. Com suas capas e grandes estandartes, distribuíram milhares de folhetos contendo as “10 razões para rejeitar o socialismo”, enquanto convidavam os motoristas a buzinar contra o comunismo nos logradouros públicos. Esclareceram assim centenas de milhares de equatorianos, fazendo-os abrir os olhos e não baixar a guarda diante dos sorrateiros perigos do momento.

O povo equatoriano os conhecia de há muito como os únicos que nas horas de grandes ameaças saem às ruas para denunciar os inimigos da ordem cristã. E os acolheu com uma simpatia crescente durante a longa e árdua campanha, quando ninguém do mundo católico parecia reagir.

Afinal, eles puderam exclamar com justiça e ufania: “Vitória anticomunista no Equador! O socialismo é derrotado nas eleições 2023”. Esse ufano brado não teve nada de oportunista ou de imprudente. Eles são conscientes de que os inimigos da Cristandade tentarão novas armadilhas contra o país se os equatorianos não ficarem alertas aos ardis da internacional “comunista rosa”.

Por isso, com mais fé do que nunca, convocam seus concidadãos a multiplicar os apelos a Nossa Senhora: “Peçamos a Maria Santíssima do Bom Sucesso que salve a pátria equatoriana e a liberte dos males que a afligem”.

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