Extinção de uma vida [ou Aborto] “Por vontade da gestante”

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O clamor de indignação que produziu a divulgação da CIRCULAR CFM N° 46/2013, de 12 de março de 2013, aos Conselhos Regionais de Medicina emanada pelo Conselho Federal de Medicina que se valendo de seus atributos manifesta intenção de promover aliberação do aborto até a 12ª semana de gestação (!), chegando mesmo a manifestar que “As conclusões serão encaminhadas oportunamente à Comissão do Senado responsável pela elaboração do projeto em tela.” Ou seja, o posicionamento dos Conselhos de Medicina com respeito à ampliação dos excludentes de ilicitudes penais em caso de aborto, tema que está sendo tratado no âmbito da Reforma do Código Penal Brasileiro (PLS 236/2012), atualmente em tramitação no Congresso Nacional.

Os motivos pelos quais devemos nos opor à inominável prática do aborto é, não só o direito natural à vida, mas também o fato de que, como católicos, prestamos culto a Deus obedecendo suas Leis sob as quais está a lei natural que proíbe matar. A promoção da violação desse mandamento é mais insidiosa no item da referida CFM 46/2013:

IV. Se “por vontade da gestante até a 12ª semana da gestação”.

Sem outro motivo, sequer a de preservação da saúde da gestante, é por vontade dela porque ela se levantou naquele dia com vontade de livrar-se de seu filho, assim, o CFM quer que se autorize extirpar uma vida. E quando o médico tiver vontade, será o outro motivo futuramente sugerido?

* * *

Carlos Alberto Di Franco1 escreveu para a seção Opinião do jornal O Estado de São Paulo (01/04/2013), o artigo “Medicina da morte”2.

Ele justifica: ‘Título forte, polêmico? Não, caro leitor. É a expressão concreta do sentimento de milhões de brasileiros diante de recente proposta feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para a liberação do aborto até a 12.ª semana de gestação. O presidente do CFM, Roberto D’Ávila, na defesa de uma decisão que está em rota de colisão com a ética médica, esgrime argumentos que não param em pé.”

O enfoque dado por Di Franco é o de que “Hoje o que está sendo questionado não é tanto a realidade biológica, inegável, a que acabo de me referir, é coisa muito mais séria: o próprio conceito de “humano” ou de “pessoa”. Trata-se, portanto, de uma pergunta de caráter filosófico e jurídico: quando se pode afirmar de um embrião ou de um feto que é propriamente humano e, portanto, detentor de direitos, a começar pelo direito à vida?

“O desencontro das respostas científicas – evidente – acaba deixando a questão sem um inequívoco suporte da ciência. Fala-se de tantos dias, de tantos meses de gravidez… E se chega até a afirmar, como já foi feito entre nós, que só somos seres humanos quando temos autoconsciência. Antes disso, só material descartável ou útil para laboratório. Mas será que um bebê de 2 meses ou de 2 anos tem “autoconsciência”?

“E é isto que querem fazer: embutir o aborto na reforma do Código Penal.”

É sabido que as leis são formuladas nas casas legislativas ao sabor das pressões e não em atenção aos princípios. Donde resultar que ”O juridicismo, hoje prevalente, equivale a prescindir de qualquer enfoque filosófico e naufragar nas águas sempre mutáveis do relativismo. Nada tem um valor consistente, tudo depende do “consenso” dos detentores do poder, movidos a pressões de interesses. Mas se é para falar de consenso democrático, todas as pesquisas, sem exceção, têm sido uma ducha de água fria na estratégia pró-aborto. O brasileiro é contra o aborto. Não se trata apenas de uma opinião, mas de um fato medido em sucessivas pesquisas de opinião. O CFM, representando uma minoria, está promovendo uma ação nitidamente antidemocrática.

E termina afirmando que “Não creio que o CFM represente o pensamento daqueles que, um dia, prometeram solenemente empenhar sua profissão, seu saber e sua ciência na defesa da vida.”

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Fontes:

1 – Carlos Alberto Di Franco é doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra, diretor do departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS).

2 – http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,medicina-da-morte,1015472,0.htm#content

10 COMENTÁRIOS

  1. Vejam, a elefanta defende sua cria do ataque das hienas, é um animal irracional que defende seu filho. Todos os animais defendem seus filhos, como o ser humano não defende seu filho? Os filhos do mundo são nossos filhos. É lamentável que o CFM levado por alguns conselheiros teve a aprovação do aborto da criança em vida uterina até as 12 semanas. Os profissionais que estudaram durante vários anos para salvar vidas, num ato político aprovam a eliminação da vida humana. Em quem devemos acreditar mais? Quando vamos a um hospital, já não podemos mais acreditar naqueles que deverão nos tratar. Será que todos eles compactuam com a mesma ideia? Eu já tenho minhas dúvidas, porque um profissional formado em medicina matou minha filha dentro de uma UTI em Belém do Pará, aplicando uma dose excessiva de sedativo, sem dar a mínima assistência que fosse possível. É difícil acreditar em tais profissionais. Médicos corruptos, deixem as crianças nascerem, deixem as crianças viverem! Revoguem o que vcs aprovaram a favor do aborto. Nós queremos acreditar em vcs, será possível?

  2. Repetindo o que um bispo americano disse, “Um dia a Igreja Católica deverá, como em outras ocasiões, reconstruir a sociedade”.
    Tenho que concordar!!!!!

  3. Existe no código penal um crime que chama exposição ao perigo, se você tornar possível que uma pessoa se machuque é crime, então na mesma linha o aborto também deveria ser crime por expor um possível humano a morte. Assim a decisão mais coerente é tomada pelo princípio do risco moral menor, ou seja, o risco de se ter um problema social ao criar o filho é moralmente menos grave do que o risco de matar.
    O caso é que os abortistas sustentam que é 100% certo que um feto com 12 meses não possui consciência, ou seja, eles não podem afirmar que é 99% de chance, pois a própria lei os impede, então mesmo sem a questão da alma em pauta, é preciso ter 100% de certeza para legitimar tal lei, e é isso o que afirmam.
    E se você diz que a ciência trabalha sempre com probabilidades, nada é absoluto e sempre existe a possibilidade da ciência no futuro descobrir que estava errada, então eles mudam e dizem que não se pode ter 100% de certeza, mas pulam pra outro assunto, dizem que é quase 100% de chance mas que vale a pena porque a criança se for mal educada pode se tornar um criminoso e bla bla bla…
    Então você tenta ensinar que a decisão deve pautar-se no que constitui o ato, não o efeito, pois um erro não justifica o outro. Então eles perguntam e se fosse sua filha, e assim vão mudando o discurso até que quando todos seus argumentos são derrubados, partem para o ataque pessoal, assim eu percebi depois de algumas discussões que pró-abortistas geralmente não procuram a verdade, procuram só vencer o debate, independente do que é certo.

  4. Os discursos dessa gente são falsos e enganadores baseados em mentiras e dados alarmantes no intuito de comover a opinião pública.
    Os defensores da cultura de morte afirmam que milhões de mulheres morrem anualmente por praticarem abortos clandestinos e que defender o aborto é defender a mulher. MENTIRA!
    Dizem que isto vai favorecer às políticas públicas paras as mulheres, principalmente nos que diz respeito à sua saúde. Outra MENTIRA. Os médicos realizarão os abortos e receberão seus pagamentos com os recursos do SUS, ou seja vão os recursos que já não existem para as questões mais básicas, os hospitais estão num verdadeiro caos, faltam medicamentos, leitos… para pagar a morte de inocentes. Não podemos nos calar diante dessa imposição dos países ricos e banqueiros internacionais que querem lucrar com essas políticas de morte.
    OS CRISTÃOS, CATÓLICOS e EVANGÉLICOS, como também os ESPÍRITAS e TODAS AS PESSOAS DE BOA VONTADE, precisam se levantar contra esse absurdo. O 1º Momento é agora e o 2º será nas PRÓXIMAS ELEIÇÕES. PROVO DE DEUS, FAÇAM VALER O SEU VOTO EM 2014!

  5. Os adeptos do movimento abominável pela extinção da vida – aborto – é um dos braços armados dessa desprezível minoria barulhenta que, por ter problemas de conflito de ordem pessoal/familiar, se juntam a qualquer movimento para abafar suas frustrações … Coitados, precisam , urgentemente de um tratamento, no mínimo, de assistência social e/ou psicológico …

  6. Precisamos mostrar a essas pessoas, pasmem , ditas da saúde, que não somos animais irracionais, que temos alma, a nossa Pátria é o céu, portanto, serão pedidas contas por essas ações demoníacas, estudam tanto, tem tantos certificados e são burros, levados pela adoração ao novo deus desse tempo, o dinheiro. Precisamos lembrar que na derradeira viagem, não se leva dinheiro nem certificados, Deus vai perguntar pelas boas obras, matar crianças inocentes e indefesas é boa obra?

  7. enquanto nos EUA, o numero de mortes por aborto caíram, aki no Brasil, um país Católico por natureza, pessoas endemoniadas tentam mostrar suas garras, querendo a aprovação de leis como esta.. mas nós, brasileiros, ao contrario do q muitos pensam, estamos acordados e atentos! e prontos pra lutarmos pela vida…

  8. Prezados, bom dia. A sociedade brasileira também é contra as políticas dessa minorias, específicamente contra o movimento gay. Entretanto, todas essas políticas estão sendo implementadas contra a vontade e a anuência da sociedade brasileira. Arbitrariamente.

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