Seu pensamento é policiado em nome da “não-discriminação”: Parte I

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José Carlos Sepúlveda

A maior parte das sociedades modernas cultua como valor básico a liberdade de expressão, pela qual todo e qualquer indivíduo pode manifestar publicamente e sem censuras suas opiniões, desde que estas não incitem ao crime.

Mas, curiosamente, a chamada liberdade de expressão vai sendo corroída não tanto por dispositivos legais mas por uma mentalidade, uma ideologia que se vai disseminando a pouco e pouco. Eu a qualificaria como a ideologia do “anti-preconceito” e da “não-discriminação”.O leitor já notou que, cada vez mais, diversas opiniões ou atitudes a respeito dos mais variados assuntos (culturais, científicos, políticos, sociológicos, até esportivos) são facilmente qualificadas de preconceituosas ou discriminatórias? E em nome da ideologia do “anti-preconceito” e da “não-discriminação” nosso modo de pensar e de agir é cada vez mais policiado? Policiado socialmente, policiado midiaticamente (se me permitem o termo).

Pode parecer contraditório, mas essa ideologia – e a mentalidade que ela gera – é ela, sim, profundamente discriminatória e cerceadora do direito de expressar idéias, em relação a todos os que não professam seus valores, ou melhor seus contra-valores.

Furor “não discriminatório”
Faça um teste! Dê, por exemplo, uma opinião contrária ao “casamento” homossexual, à adoção de crianças por “casais” homossexuais, ou formule um julgamento moral a respeito da homossexualidade e logo verá as patrulhas do pensamento “não discriminatório” se levantarem com furor, brandindo a acusação de homofobia, um epíteto de contornos mal definidos com o qual se pretende voltar a hostilidade pública contra alguém.

Se essa opinião for dada publicamente, com repercussão mediática, o furor “não discriminatório” subirá vários decibéis e contará com a preciosa colaboração de uma parte considerável do jornalismo engajado, que ampliará esse histerismo ideológico.

Estamos em presença do pensamento “politicamente correto”, que se tornou verdadeiramente policialesco em relação ao pensamento e à linguagem.

Continua …

7 COMENTÁRIOS

  1. Recentemente um amigo me alertou sobre o perigo que eu estava correndo ao deixar um adesivo na parte traseira do carro com a palavra (Jesus) isso mostra o quanto está se agravando a forma de expressão seja de quem for, sinceramente não abro mão do direito de opinar sobre qualquer assunto que seja, mesmo que queiram me calar, preciso disso, eu necessito de expressão e O Salvador Jesus Cristo!!! espera de mim e de vc. uma luta constante em defesa dos valores morais e Cristão em pró da família. Valores esses que está perdendo terreno a cada dia más lutaremos com todas as nossas forças e em oração Deus não deixará os seus na mão.

  2. Hoje,em qualquer ambiente que frenquentemos,vc é obrigado a se “policiar”para não dizer algo que possa ser entendido como discriminação ou preconceito,tais como:homossexualismo,”casamento” gay,”religiões alternativas”,questões raciais,artes e etc. Aonde vamos parar?? Vamos viver num mundo em que todos suspeitam de todos,não tendo mais a liberdade de exprimir o seu pensamento a respeito de algum tema polêmico,pois vc pode correr o risco de ser processado por alguma pessoa que se sentiu atingido na sua “dignidade”… Sera’ que não poderemos,num pais de maioria catolica como é o Brasil,defender os valores cristãos que nossos Maiores nos legaram?!

  3. Penso que todas as pessoas tem o direito de pensar e agir como queiram, mas agora nos obrigarem a aceitar tais comportamentos que grande parte da sociedade não aceita e acha imoral, já é demais.Também temos o direito de escolha, de não aceitar tais comportamentos e repressões em nome do ante-preconceito, preconceito e discriminação e o que estão fazendo com os demais brasileiros que não concordam com essa falta de respeito que é o PNDH que o Lula quer aprovar antes de sair. Deveríamos ter nossos direitos garantidos, onde está o nosso direito de expressão? Isso é o fim !!!

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