Seu pensamento é policiado em nome da “não-discriminação”: Parte II

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José Carlos Sepúlveda

Alvos selecionados


Mas vejam bem, toda esta máquina de indignação tem seus métodos e metas, tem seus inimigos e cúmplices e escolhe os momentos e os personagens alvos de sua inconformidade.

Há poucos dias Evo Morales, o presidente da Bolívia, em uma de suas investidas anticapitalistas, defendia o “socialismo comunitário em harmonia com a terra”. Em determinado momento, afirmou que o consumo de transgênicos e de frangos alimentados com hormônios femininos causam a calvície, a homossexualidade e a impotência sexual(cfr. Valor O Estado de S. Paulo 22.abr.2010).

Era de se esperar que o furor anti-homofóbico explodisse internacionalmente. Imagine-se que as afirmações tivessem sido proferidas pelo ex-presidente norte-americano George W. Bush, um alvo preferencial da mídia “politicamente correta”. A gritaria anti-homofóbica teria preenchido os espaços mediáticos, e os leões do pensamento “não discriminatório” teriam rasgado suas vestes em público.

Mas como a afirmação foi feita por Evo Morales, um membro da grei ideológica onde prolifera a ideologia do politicamente correto e onde o ativismo pró-homossexual tem sua guarida, os protestos foram bem minguados e tiveram um eco diminuto na mídia.

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