O governo português destinou 3.500 agentes da Guarda Nacional Republicana para impedir que os peregrinos entrem no Santuário de Fátima, amanhã, 13 de maio, comemoração da primeira aparição de Nossa Senhora aos três pastorinhos.
Comenta, com acerto, infovaticana: O Santuário de Fátima está tomado (por forças de segurança), como se preparasse para rebater um ataque.
Mas, contra quem estarão atuando os 3.500 agentes? Peregrinos, pessoas de Fé que todos os anos se acercam de Fátima, porque creem nas Aparições de Nossa Senhora.
Razão alegada: medo do contágio do coronavírus
A ministra portuguesa de Saúde havia indicado que a peregrinação física seria possível sempre que se guardassem as precauções necessárias mas o Bispo D. António Marto optou por cancelar as cerimônias públicas.
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Compreendo que pessoas que foram hiper sensibilizadas pela pandemia midiática, achem “natural” que o Santuário de Fátima seja fechado, para evitar o contágio. Como outras acham “natural” ver igrejas fechadas. Que o Santuário de Aparecida seriam fechado por decisão judicial …
Summum crede nefas animam praeferre pudori / Et propter vitam vivendi perdere causas – “Considera como a maior infâmia preferir a vida à honra e, para (salvar) a vida, abrir mão das razões de viver.” – Juvenal.
A essas, um convite à reflexão:
— se alguém lhes dissesse, em janeiro de 2020 que não haveria o 13 de Maio em Fátima, qual seria a sua reação?
Se alguém lhes dissesse que não haveriam Cerimônias de Semana Santa e as igrejas seriam fechadas por meses … sem os Sacramentos, qual seria a sua reação?
Se alguém lhes dissesse que um amigo, um conhecido ou um parente não teria um velório, extrema unção, uma cerimônia fúnebre …
Se alguém lhes dissesse que sua liberdade de ir e vir estaria tolhida, que você teria de usar máscara e obedecer a uma autoridade civil que multiplica o rodízio de carros, bloqueia vias e dita normas férreas sobre a sua conduta pessoal …
Se alguém lhe dissesse que milhares ou milhões seriam impedidos de trabalhar para terem o seu “ganha pão” … porque uma máquina publicitária gigantesca e autoridades civis o decretassem pela quarentena.
É sobre essa “naturalidade” que estamos tratando
Trata-se de uma hipertrofia do instinto de conservação como se:
— os mártires não tivessem dado suas vidas por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo;
— o Pe. Anchieta, Pe. Nóbrega e tantos outros não tivessem arriscado suas vidas … para evangelizar nossos índios … e o Brasil não existiria como Nação católica.
— a Insurreição Pernambucana — para libertar o Pernambuco do domínio calvinista holandês — na qual certamente morreram brancos, índios e negros para salvar nossa Fé e nosso território.
— religiosos e religiosas que vão para leprosários ou enfrentam pestes … arriscam suas vidas … por amor ao próximo e pela salvação das almas.
— o maior dos direitos da pessoa humana é o de conhecer, amar e servir a Deus.
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Nosso Senhor disse de Si mesmo: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. O deus pagão “Bios” não é o valor absoluto que justifica o sacrifício de valores ainda mais altos.
Concordo com o artigo. Não se deve proibir as pessoas de frequentar o santuário. Para evitar o contágio, pode-se limitar o número de pessoas no local, com voluntários para lavar as mãos dos visitantes com álcool e gel e oferecendo máscaras àqueles que estejam bem protegidos. O 13 de Maio também é o Dia da Lei Áurea, o Dia da Abolição.