Poucas coisas existem simples como a desigualdade. Poucas complicadas, torcidas e equivocadas, como o igualitarismo.
Neste mundo sem dogmas e sem religião, o igualitarismo é uma espécie de “dogma”. Para os igualitários, as desigualdades são como as doenças: não se consegue evitá-las completamente, mas é preciso afastá-las o quanto for possível.
Verdadeiro ou falso? Falso! Como se lê no livro “ Nobreza e Elites Tradicionais análogas”, de Plinio Corrêa de Oliveira. E inclusive a sabedoria imemorial de todos os povos rejeita essa concepção igualitária.
A falta de espaço impede uma explanação metódica e completa sobre o tema das desigualdades, como a faria Dr. Plinio, considerado “o teólogo das desigualdades sociais”. Ouçamos, entretanto, em breves sentenças o eco da sabedoria dos povos e dos milênios, sobre este asssunto.
* O velho Eurípedes afirmava que a igualdade não tem outra existência que a de seu nome;
* Plutarco observava que a distância de animal a animal de espécies diversas não é tão grande quanto a que vai de homem a homem.
* Constatam os árabes que até os cinco dedos da mão não são iguais.
* Os alemães, de seu lado, recomendam a quem procura a igualdade, que vá ao cemitério.
* Dizem os indianos: “entre os homens, uns são jóias, outros pedregulhos”.
* Com espírito, acrescentam os turcos: “os cisnes pertencem à mesma família que os patos, só que eles são cisnes”.
* Os gregos sentenciam: “Se o sol não existisse, seria noite apesar da presença de todas as estrelas”.
* Vauvenargues remata: “A natureza nada fez de igual; sua lei soberana é a submissão e a dependência”.
E cada leitor pode acrescentar suas observações, pois até duas gotas de água da chuva que caem numa vidraça são desiguais. Se isso é assim, é porque Deus quis que assim fosse. Vamos, então, para as alturas! “Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito”, ensinava Nosso Senhor.
O que concluir? Deus é o autor de todas as desigualdades e, respeitada a igualdade fundamental proveniente do fato de todos os homens terem a mesma natureza e os mesmos direitos fundamentais, devemos amar as desigualdades se queremos amar a Deus.
Bem… se isto for visto assim por muitos, será natural a formação de numerosas elites. Sim, de verdadeiras elites. De elites tradicionais. De elites autênticas. De cuja ausência, hoje tanto se ressente a sociedade brasileira.
As verdadeiras elites no Brasil onde estão? O que fazem? Não posso acreditar que um certo senador desta república seja uma elite verdadeira, pode estar na culminância do poder, mas será mesmo uma elite autêntica?
Neste assunto, temos que considerar que um micronesimo de segundo é tempo! Chegou depois, é diferente. Igualdade como?