O feminismo, enquanto corrente ideológica, tem suas raízes no Iluminismo, com a proclamação dos ideais revolucionários de liberdade, igualdade e fraternidade. Entretanto, somente após a Revolução Francesa é que o vemos sair do campo meramente teórico para abarcar também o campo político.
Baseado em uma errônea interpretação dos significados de igualdade e liberdade, ele se empenha na luta contra os valores chamados de patriarcais, fundamentados nas diferenças entre os sexos.
A luta contra tais valores implica, de um lado, a destruição de costumes, tradições e instituições seculares fundamentais para a sociedade, muitas delas remanescentes da Cristandade medieval. De outro lado, essa luta consiste na proclamação de pérfidos ideais cujo estandarte tem como lema “empoderamento feminino”.
Entre as reivindicações do referido movimento, sempre a pretexto de advogar pelas mulheres, estão o tratamento equânime para ambos os sexos em todas as esferas da sociedade, a emancipação das mulheres em todos os campos em que predominam os chamados preconceitos patriarcais, uma maior participação da mulher em cargos de mando ou poder, direitos reprodutivos (leia-se: “direito” de assassinar um ente inocente que ainda não nasceu), entre outros.
Entretanto, ao confrontarmos as ideias feministas com algumas de suas atitudes, encontramos uma gritante contradição: enquanto se auto proclamam defensoras das mulheres e valorizadoras do sexo feminino, vemos concomitantemente suas atitudes caminharem em sentido radicalmente contrário.
Provemos.
Nas últimas décadas, as manifestações feministas de grande porte ora reivindicavam direitos sociais equânimes, ora pediam o fim da violência contra as mulheres ou a descriminalização do aborto. Entretanto, denominadores comuns entre todas elas — as manifestações — inclusive as mais recentes, põem em xeque a legitimidade das mesmas: a omissão de um combate direto e explícito contra a sharia, por exemplo.
A sharia poderia ser considerada a lei anti-feminina por excelência. Além de tratar as mulheres como impuras, incapacitadas mentais, escravas sexuais de seus maridos, entre outras abominações, ainda torna meninas pré-púberes objeto de espancamentos e de pedofilia.
Por que as feministas se omitem ante tão crítica situação da mulher nos países islâmicos?
As contradições são se limitam apenas aos casos negativos; elas estão por toda parte, até mesmo onde se faz mister elogiar.
Os elogios do movimento feminista se restringem àquelas figuras femininas que servem de cavalo-de-batalha para suas militantes. Algumas de suas principais expoentes servem-nos de ilustração: Mary Wollstonecraft, escritora e “educadora” inglesa, considerada “avó” do feminismo, e Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir [foto ao lado], uma francesa filha de aristocratas,mais conhecida como Simone de Beauvoir, que além da bandeira feminista defendia a pedofilia.
Porém, quantas mulheres honradas que fizeram história e deixaram sua marca são ignoradas pelas feministas?
Branca de Castela [sua estátua na foto abaixo], mãe de São Luís IX de França, foi uma rainha medieval que assumiu a regência do reino enquanto seu filho ainda não podia fazê-lo. Além de ter sido uma excelente governante, é cultuada como santa.
Isabel de Castela, esposa de Fernando de Castela — os dois passaram para a História como os Reis Católicos — tinha autoridade política maior que a do seu marido e a usou para o bem de Castela e do catolicismo ali reinante.
Querem exemplos ignorados mais recentes?
Santa Gianna Beretta Molla [foto abaixo] preferiu morrer a ter que abortar seu filho. Realizou um gesto heróico.
Kátia Sastre, policial paulista, neutralizou definitivamente um bandido que ameaçava mães e crianças na porta de uma escola.
Bem, por que limitar tanto nossa lista? Façamos menção às mães de família que com tanto esforço e em meio às ameaças do mundo moderno — como a ideologia de gênero, por exemplo — lutam para criar e bem educar seus filhos, manter seus lares e servir de apoio a seus maridos.
Por que tamanha omissão em relação a essas grandes mulheres do passado e do presente? Existe um motivo?
Sim, ele existe. Ei-lo: uma personagem só serve ao feminismo na medida em que é possível usar ou distorcer sua personalidade ou seus atos para desfigurar a imagem da mulher. E este, aliás, é o verdadeiro objetivo do feminismo.
Vemos que o denominador comum, implícito ou explícito, nos atos ou reivindicações do feminismo, é essa deformação da figura feminina. Desfiguração feita seja pelo aviltamento das qualidades da mulher, seja por uma falsa atribuição de características masculinas a ela.
Se o feminismo se preocupasse de fato com as mulheres, ele defenderia a verdadeira imagem destas. Imagem que não só completa e adorna a imagem do homem, como tem um papel fundamental na vida da família e da sociedade.
É a imagem da mãe, da companheira, da conselheira, da protetora, da educadora; é a imagem daquela que sabe combinar esplendidamente a força e a delicadeza, a bondade e a firmeza; é a imagem daquela que, em uma palavra, sabe ser mulher.
Vemos essa verdadeira imagem nos exemplos históricos que citei. Vemo-la diariamente nas mães de família, nas senhoras da sociedade, em moças respeitáveis, em meninas que transbordam de inocência e graça. Vemo-la resplandecer ao longo da História nas santas canonizadas pela Igreja.
Vemo-la, por fim, de modo perfeitíssimo em Nossa Senhora, que soube ser Filha e Mãe, Virgem e Esposa, e que possui em altíssimo grau todas as qualidades femininas.
Para Ela devemos olhar e contemplar o ideal da mulher. Ela, sim, é um exemplo a ser seguido
Nós, devotos de MARIA SANTÍSSIMA, portanto Marianos, temos o compromisso consciente e intrépido de assegurar a incolumidade – que entendo de afirmação também MÍSTICA – de defesa da dignidade da Mulher. MARIA, MÃE DE JESUS CRISTO E NOSSA MÃE, assim nos inspira e nos ensina. Volto-me para esta parte do Nordeste do Brasil, donde sou natural e vivo, depois de décadas de experiências no eixo Sudeste/Sul. Lá vivi a era de Rose Muraro e de Nise da Silveira, e não preciso dizer mais nada para refletir agora sobre a degradação extremada a que a Indústria Cultural Nordestina submete o corpo da Mulher; o sexo da Mulher. Por exemplo, agora nas festas de fim de ano e depois no período dito junino. Não tenho a pretensão ingênua de ser paladino da moralidade nem, tampouco, de defensor inveterado da dignidade do outro. É preciso lembrar que eu vivo no Sertão da Bahia, o que não me impede de pensar como é possível execrar o SER MULHER de forma tão degradante e tão abjeta em uma “festa” de praça pública, por uma “banda” vagabunda ovacionada entre risos, aplausos e delírios da “galera”.