As Nações têm chefes; as de esquerda têm ditadores; algumas, mais bem servidas, terão seus autênticos líderes. Haverá ainda países com arquétipos?
A noção de arquétipo, como veremos, é essencial para o público conservdor em seu anseio de renovação espiritual, intelectual e política do Brasil no século XXI.
A máxima, “Esse ainda será um grande País!”, aflora no coração e na mente de todo brasileiro que não seja alinhado à esquerda.
A derrubada do PT nas ruas e nas urnas, o brado “quero meu Brasil de volta”, as gigantescas manifestações populares, que se mantém vivas, acesas, impressionantes (veja-se o último 7 de Setembro) vão “destilando”, vão purificando o verdadeiro desenho de nossa Pátria, o que dela esperamos e queremos no cenário das Nações.
Os inimigos da Pátria, ou seja, as esquerdas e o falso Centrão trabalharam nas últimas décadas para nos impor “arquétipos” antibrasileiros; ou seja, antiarquétipos: Paulo Freire, na Educação, por exemplo; D. Helder, D. Casáldáliga, D. Tomás Balduino — no Episcopado. E, assim os correspondentes às ideias igualitárias, revolucionárias, na arte, na arquitetura, na música. Na política os petistas e o falso Centrão também foram, a seu modo anti arquétipos.
Foram nos impostos pela midia alinhada à esquerda, falsos modelos, anti arquétipos. Preferimos não entrar nas figuras do mundo político atual, nem de outras esferas. Vamos a um exemplo ultrapassado, mas ilustrativo.
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Uma mulher arquetípica do comunismo
“Ana Pauker representa o arquétipo da mulher conformada segundo as normas do comunismo. Grosseira, masculinizada, não denotando nem o recato nem a dedicação que a situação da mulher na sociedade exige, é a virago desabrida e sem sentimentos, própria para a era de brutalidade e mecanicismo cujo advento o neo-paganismo moderno prepara.”
Ela foi “ministra de relações exteriores da Romênia, 1940 1950, líder oficiosa do Partido Comunista Romeno após a Segunda Guerra Mundial.
Como não ver em Ana Pauker o anti modelo da mulher feminina, o anti arquétipo das grandes dedicações da mãe e da esposa segundo o espírito da Igreja?
Teremos alguma Ana Pauker no Brasil?
Chefes e líderes
As expressões correntes Chefe de Estado, Chefe do Estado Maior, chefe de família, chefe de Secção dão bem o sentido comum, acessível a todos, do conceito daquele que é chamado a conduzir.
A essa noção, dada pelo senso comum, acrescenta o Prof. Plinio: “Antes de tudo, o chefe, dirigente ou líder – seja qual for o título com que no grupo se o designe – deve ser dotado de um senso psicológico penetrante. Esta qualidade requer o exercício simultâneo da inteligência, da vontade e da sensibilidade. Pois uma pessoa super-inteligente, porém abúlica e subsensível, ordinariamente carece de senso psicológico até para conhecer dados elementares da sua própria mentalidade. E quanto mais as de outrem: cônjuge, filhos, alunos, empregados, etc.
“Ora, ao chefe desprovido de senso psicológico é difícil não só persuadir as inteligências como ainda coligar as vontades, para uma ação comum. Porém, nem este senso psicológico lhe basta. É preciso que o detentor de autoridade, ou simplesmente de liderança, disponha também de uma riqueza de sensibilidade suficiente para emprestar a quanto ele diz o sabor do real, do sincero, do autêntico, do interessante, do atraente, enfim, de tudo quanto leva os que lhe devem obediência a segui-lo com agrado. Este é, muito sumariamente traçado, o elenco das qualidades sem as quais quem preside a um grupo social privado não tem as condições normais para exercer com êxito a sua missão.” https://www.pliniocorreadeoliveira.info/livros/1993%20-%20Nobreza%20-%20Parte%20I.pdf
A chamada Terceira Via, com sua falta de sabor, bem representa esse meio termo que não conduz, não empolga, não arrrasta: mas apodrece a Nação.
A grande lacuna que nós brasileiros sentimos nessas décadas de petismo e falso Centrão: a falta de sinceridade, de autenticidade, de representatividade. Na esquerda, a determinação de desfigurar a face do verdadeiro Brasil com alianças sujas no plano internacional e combate ostensivo à família, à propriedade, à tradição do povo brasileiro.
Todo grupo social tende para seus tipos característicos: a alma nacional
Haveria outro degrau acima de Chefe, de Líder? Esse é, a nosso ver, o Arquétipo.
“Todo grupo humano produz, por um processo de lenta elaboração psicológica, e quase diríamos de destilação, certos tipos que encarnam especialmente as qualidades e notas características do grupo. Assim, há jogadores (…) com os mais variados traços fisionômicos, mas há um tipo ideal clássico de jogador (…), de que uns se aproximam mais, e outros menos, mas que, de certo modo, cada um realiza em si. O mesmo se poderia dizer dos locutores de rádio [apresentadores de tv, atualmente].
“Sentindo ao vivo a força da popularidade decorrente deste princípio genérico, reis e chefes de Estado procuraram, em todo o tempo encarnar em si a alma nacional. Este propósito terá sido apenas instintivo em uns, mais nítido em outros, inteiramente explícito e intencional em alguns poucos, mas de um modo ou do outro – genericamente consideradas as coisas – todos os Chefes de Estado, em todos os tempos, procuram cercar-se de exterioridade próxima ou remotamente tendentes a espelhar um certo ideal social coletivo, constituindo-se assim alvo do apreço e da simpatia geral.”
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Se essa é a tendência dos grupos humanos para seus “tipos” característicos, também a Nação brasileira está à procura de seus “tipos”, seus líderes naturais que exprimam seus anseios, suas preferências, suas “tipias”.
Quais vultos históricos já representaram o Brasil?
Nessa linha de ideias, apresentadas pelo Prof. Plinio, quais seriam os “tipos” característicos que “encarnaram” os valores de nossa Pátria nesses cinco séculos de existência?
Comecemos por Anchieta e Nóbrega: dois jesuitas, entre outros, que se destacaram na formação do povo brasileiro. Fundaram a São Paulo de Piratininga, educaram, civilizaram, catolicizaram os índios e, por que não afirmar, colocaram freios em muitos brancos esquecidos de suas raízes cristãs.
O Duque de Caxias, Patrono do Exército Nacional. Representa o braço forte em defesa da nacionalidade, da soberania.
Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira, heroi de nosso Episcopado na defesa das prerrogativas da Igreja face ao Poder Temporal, na conhecida “questão religiosa”. https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20440813_DomVital2.htm
Na arquitetura, na escultura temos Antonio Francisco Lisboa (O Aleijadinho) cujas obras aí estão para testemunhar seu talento, sua criatividade, seu brasileirismo.
O Aleijadinho, lembramos, não tem similares nas Américas. Ele foi pioneiro.
Os bravos heróis de Pernambuco, na defesa do terrritório nacional usurpado pelos calvinistas holandeses, empreenderam a reconquista daquela área contrariando até ordens de Portugal. Ali nasceu o Exército Nacional: um arquétipo – João Fernandes Vieira – lidera, coliga e leva à luta vitoriosa, coadjuvado pelo líder negro Henrique Dias, por Felipe Camarão, chefe indígena.
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Essas considerações nos conduzem a definir o que é o arquétipo. O que a reação conservadora e anticomunista procura em seus líderes nesse Brasil de 2022? O que é um brasileiro que se identifica com a alma nacional? No setor espiritual, no campo temporal?
Não pensamos somente no condutor máximo, o presidente da República. Uma Nação, máxime do porte e extensão do Brasil, precisa de líderes em todos os níveis, em todos os setores da sociedade, em todas as atividades.
A Pandemia, por exemplo, fez emergir médicos de uma dedicação, de um senso do dever, de imolação até de seu prestígio ou carreira a fim de defender seus pacientes, honrar seu juramento e levá-los à cura.
A agricultura brasileira se desenvolve à custa de gerações que se dedicaram a desbravar o hinterland e hoje esse setor é objeto de uma vil campanha de perseguição por parte de ONGs, falsos ambientalistas e até setores do Episcopado.
A reação conservadora no Brasil, notadamente em setores mais jovens, faz despontar líderes nas Redes Sociais. É o Brasil profundo que se move a ponto de preocupar as esquerdas sempre dispostas a cercear a liberdade para o bem.
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Somos o fiel da balança
O Cristo Redentor e Nossa Senhora iluminem o Brasil e façam surgir os chefes, líderes e arquétipos que o País necessita nessa hora em que o País, definidamente, entra em sua fase de influência internacional.
O Brasil foi muito disputado, nos anos 30 e 40, de um lado pelas potências Aliadas e de outro pelo Eixo Roma-Berlim. Temos guardado documentos históricos muito esclarecedores à esse respeito. https://ipco.org.br/brasil-fiel-da-balanca-conservadores-eis-nossa-missao/
O Brasil, celeiro do mundo, volta a ser disputado e muito cobiçado, por exemplo, pela China de Xi Jinping.
A nossa Amazônia é tratada e cobiçada como se fosse propriedade de ONGs, da UE e até por parte do Sínodo Amazônico.
Saibamos escolher nossas alianças internacionais nas quais a Terra de Santa Cruz tem a missão de ser cavaleiro cristão intrépido e não Cavalo de Tróia de potências que se dizem amigas.
A missão do Brasil, afirma o Prof. Plinio, consiste em crescer dentro de suas fronteiras, explorar suas riquezas naturais, ser um baluarte e exemplo de virtudes morais para as Américas e para o Mundo.
Nossas alianças se farão entre Nações que almejam o mesmo futuro cristão, partilham dos mesmos ideais, defendem a mesma causa da Civilização Cristã.
[…] de Rússia porque ele não é uma figura representativa daquele grande povo. Putin não é o arquétipo da […]