Miami, 12 de maio de 2015 – Em um dos mais significativos lances simbólicos da “Ostpolitik” vaticana em favor do comunismo cubano, o pontífice Francisco recebeu o tirano Raúl Castro e, em meio a sorrisos e amabilidades mútuas, estreitou largamente suas mãos ensanguentadas, chegando a pedir ao líder comunista que rezasse por ele. É uma cena arrepiante e estarrecedora, diante de Deus e da História, marcará de maneira indelével o atual pontificado.
“Como já lhes disse aos dirigentes cubanos, eu leio todos os discursos do Papa e sobretudo os comentários que ele faz. E se o Papa segue falando assim, começarei a rezar e retornarei à Igreja. E não o digo em brincadeira” (Página 12, Buenos Aires, 11/05/2015). Foram estas as frases pronunciadas pelo ditador que mais chamaram a atenção. Para não deixar dúvidas sobre a continuidade de seu real pensamento, o tirano reafirmou sua condição de “comunista, do Partido Comunista de Cuba” (Rádio Havana, Cuba, 10/05/2015). Cinicamente, recordou que os católicos cubanos podem pertencer ao Partido Comunista de Cuba, como se na realidade não fossem posições doutrinárias contraditórias e excludentes. E deixou escapar que havia conversado há pouco tempo com o tristemente celebre Frei Betto, um dos líderes da Teologia da Libertação, amigo pessoal de Fidel Castro e autor do livro “Fidel e a Religião”” (Vatican Insider, Roma, 10/05/2015).
A alusão a Frei Betto, feita talvez inadvertidamente por Raúl Castro, é importante para conhecer o pano de fundo das declarações, em Roma, do atual tirano. Frei Betto explicou a Fidel Castro, segundo narra o mencionado livro-entrevista, que a melhor tática com os católicos não era persegui-los e fazê-los mártires, mas integrá-los à revolução comunista em torno a metas supostamente comuns a católicos e a comunistas. Fidel já o intuía. Em discurso na Universidade de Havana, já havia traçado essa maquiavélica retificação: “Não cairemos no erro histórico de semear o caminho com mártires cristãos, pois bem sabemos que foi precisamente o martírio que deu força à Igreja. Nós faremos apóstatas, milhares de apóstatas” ( cf. Juan Clark, “Cuba: mito e realidade”, Edições Saeta, Miami-Caracas, 1ª. ed. 1990, páginas 358 e 658). Para por em prática essa retificação estratégica, com a finalidade de fazer apóstatas, se chegou a reformar a própria Constituição comunista para permitir o acesso dos católicos ao Partido Comunista, através do enganoso artigo 54, que assegura o “direito” de “professar” e “praticar” “qualquer crença religiosa” contanto que se faça “dentro do respeito à lei” … comunista. Dessa maneira, a Constituição abria as portas do partido aos católicos revolucionários, que em Cuba chegaram a elaborar uma “teologia da colaboração”. O sacerdote René David, professor de Teologia no Seminário de Havana, no documento ” Por uma teologia e uma pastoral da reconciliação em Cuba” fez um chamado à uma “reconciliação entre catolicismo e comunismo” esclarecendo que este último “deve ser considerado como uma ideologia na qual o ateísmo de modo algum é substancial, mas constitui um acidente” (Revista “Chrétiens de l’Est, Nº. 51, 3º Tr. 1986, supl. nº.11, pag. 33).
É na perspectiva desse longo processo de convergência comuno-católica que se entende que um líder comunista como Raúl Castro, sem deixar de ser comunista e perseguidor de cristãos autênticos, possa, ao mesmo tempo, chegar a “professar” uma “crença religiosa” que coincida com as metas do comunismo ou, pelo menos, que não se oponha a essa ideologia que é, em seu modo, uma religião satânica, de ódio a Deus e a seus mandamentos.
Então, a condição que está presente nas frases de Raúl Castro acima citadas, para que se concretize sua alegada “conversão” (“… se o Papa segue falando assim…”), suscita o maior estremecimento. Implicitamente, Castro diz que afirmações de Francisco, que ele se encarrega de ler e de comentar com seus sequazes, estariam indo ao encontro dos objetivos comunistas ou, pelo menos, não entrariam em contradição com eles. Castro estaria eventualmente disposto a retornar à “Igreja” que se apresente diante de seus olhos, e segundo seu modo de ver, como diametralmente contrária à doutrina da Igreja que chegou a declarar que o comunismo é “satânico” e “intrinsecamente perverso” (Pio XI, encíclica Divini Redemptoris).
Sobre a real situação de pressão e miséria em Cuba, recordo, aqui, valentes declarações “politicamente incorretas”, do então núncio em Havana, monsenhor Bruno Musarò, pronunciadas no ano passado em sua região natal, e depois das quais, por coincidência ou não, foi retirado da nunciatura em Cuba e nomeado núncio no Egito: “O Estado controla tudo”, e “a única esperança é fugir da ilha”, explicou Musarò, descrevendo a situação de degradação, penúria e opressão dos cubanos; e concluiu dizendo que, inexplicavelmente, “até hoje, transcorrido mais de meio século, se continua falando da Revolução e a ela se exalta, enquanto as pessoas não têm trabalho e não sabem como fazer para dar de comer a seus próprios filhos (Lecce News, 28/08/2014).
Todos estes arrepiantes e estarrecedores fatos levantam as mais graves perguntas, não somente sobre o ditador Castro e seus sequazes, senão sobre as intenções de fundo da “ostpolitik” da diplomacia vaticana com relação ao comunismo cubano,seus objetivos e metas. Que se pretende? Até onde se vai? Onde se pretende chegar? Quais são as consequências, para a fé e a integridade da doutrina católica, dessas atitudes tão distintas do ensino tradicional da Igreja sobre o comunismo “satânico” e “intrinsecamente perverso”?
Não é por acaso que durante a realização do lamentável Encontro Nacional Eclesial Cubano de 1986, no qual o Episcopado cubano passou do diálogo e da colaboração rumo a uma coincidência com o comunismo e suas próprias metas socioeconômicas, o então arcebispo de Santiago de Cuba, monsenhor Pedro Meurice, chegou a reconhecer: “Nos consideravam uma Igreja de mártires e agora nos dizem que somos uma Igreja de traidores ” (cf. “La voz Católica”, arquidiocese de Miami, 14 de março de 1986).
Sobre a “ostpolitik” vaticana em relação ao regime castrista, no desterro cubano foram escritos livros descrevendo passo a passo esse lamentável processo. Dois desses livros, “Duas décadas de aproximação comuno-católica na ilha-presídio do Caribe” e “Cuba comunista depois da visita papal” se podem baixar gratuitamente em formato PDF. Eu mesmo tive a obrigação de consciência de escrever dezenas de artigos sobre o tema, de uma maneira ao mesmo tempo firme, mas documentada e respeitosa, exercendo um direito que todo leigo católico tem, porque a igreja não é uma prisão para as consciências de seus filhos. Também, depois deste artigo, se incluem alguns links para webistes que têm publicado boa parte de meus artigos sobre essa lamentável “ostpolitik” vaticana em relação a Cuba comunista.
O balanço do encontro de Francisco com o tirano é dramático para os cubanos que, dentro e fora da ilha, se opõem à ditadura castrista e anseiam pela liberdade de Cuba. O tirano Raúl Castro prometeu “converter-se” se continuasse vislumbrando coincidências, desde seu ponto de vista revolucionário, com discursos e comentários do pontífice Francisco. Enquanto isso, no sentido diametralmente contrário, recordo com emoção que o motivo de conversão de centenas de presos políticos cubanos, entre os quais me incluo, foi ouvir na sinistra prisão de La Cabaña, no início da revolução comunista, as heróicas exclamações dos jovens católicos que no “paredón” morriam gritando “Viva Cristo Rey! Abaixo o comunismo!”. Isso aconteceu até que os comunistas, percebendo que o sangue dos mártires eram semente de novos cristãos, começaram a amordaçar os jovens que eram conduzidos ao “paredón”. É o que narro em meu livro de memórias de 22 anos de cárcere. Não foi em vão que o intitulei “Contra toda esperança”, recordando a frase cheia de fé de Abrahão, citada por São Paulo, e que não poderia ser mais atual para os cubanos amantes da liberdade: “Abrahão, havendo esperado contra toda esperança(…) não desfaleceu na Fé” (Epístola aos Romanos, 4-18 e 19).
Tradução para o português feita por Percival Puggina, escritor e membro da Academia Rio-Grandense de Letras.
Deus chama aos seus a saírem dessa babilônia espiritual enquanto há tempo.
Inteiramente recusável esse encontro do Papa Francisco com o ditador cubano. Este mancha as mãos do papa com o sangue dos católicos martirizados em Cuba. Estará abolido o corpo diplomático do Vaticano para se evitar um encontro desses? Oxalá se obtenha uma mudança de rumos e o papa não tenha que pisar em Cuba, enquanto na ilha o regime comunista e ditatorial esteja no governo, oprimindo nossos irmãos cubanos. Parabéns Prof. Valadares!!!
Vamos ter calma com o Papa Francisco! Nosso Senhor Jesus parece que está dormindo na barca em meio a tempestade, mas Ele está lá!
Papa Francisco exige acabar com o “crime inaceitável” da perseguição de cristãos.
VATICANO, 21 Mai. 15 / 11:19 am (ACI/EWTN Noticias).- Ao terminar a Audiência Geral desta quarta-feira,
No final da Audiência, anunciou uma iniciativa da Conferência Episcopal Italiana a ser realizada nas paróquias durante a Vigília de Pentecostes neste sábado 23 de maio. “A proposta é que nas dioceses (…) recordemos tantos irmãos e irmãs exilados ou assassinados somente pelo fato de serem cristãos. São mártires”, explicou o Santo Padre.
“Desejo que esse momento de oração acrescente a consciência de que a liberdade religiosa é um direito humano intransferível, sensibilizar os fiéis sobre o drama dos cristãos perseguidos em nosso tempo e acabar com este crime inaceitável”, declarou o Pontífice.
No dia seguinte, após a canonização em Roma de duas Beatas palestinas, as religiosas Maria Alfonsina Danil Ghattas, fundadora da Congregação das Irmãs do Santíssimo Rosário de Jerusalém e Maria de Jesus Crucificado, religiosa professa da Ordem das Carmelitas Descalças; as (primeiras santas de Terra Santa de língua árabe). na segunda-feira, o Pontífice recebeu na Sala Clementina as religiosas Carmelitas de Belém do Oriente Médio e as Irmãs do Santíssimo Rosário e exortou: “Rezem às novas santas palestinas pedindo pela paz na Terra Santa, pelos cristãos perseguidos pelos fundamentalistas e pelo “(terrorismo branco)”.
“Dou-lhes uma missão, aos peregrinos da língua árabe: rezem às duas novas santas palestinas pela paz em sua terra, para que se acabe esta guerra interminável e haja paz entre os povos. E rezem pelos cristãos perseguidos, expulsos de suas casas, da sua terra e também pela ‘(perseguição de luvas brancas)’ -a perseguição e o ‘terrorismo branco’- também pelo ‘(terrorismo de luvas brancas)’. (Está escondido, mas existe)! Rezem muito pela paz”, concluiu na segunda-feira o Santo Padre.
Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-exige-acabar-com-o-crime-inaceitavel-da-perseguicao-de-cristaos-99333/
Ely,
Depende de Raúl Castro, é somente dele, se arrepender ou como a pecadora que lavou os pés de Jesus com suas lágrimas ou como o devedor de cinquenta dinheiros da parábola! (Se ele se arrepender). O papa está fazendo sua parte:
E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento;
E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento.
Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora.
E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre.
Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta.
E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, (qual deles o amará mais)?
E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a (quem mais perdoou). E ele lhe disse: Julgaste bem.
E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e os enxugou com os cabelos de sua cabeça.(…)
Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, (porque muito amou); mas aquele a quem (pouco é perdoado pouco ama).
E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados. (Evangelho de Lucas, 7, 37-44, 47-48)
Uma coisa que não devemos nos esquecer: Todos são filhos de Deus e o Papa é o representante de Jesus aqui na terra.Hebreus 5 ( 1-5). Um exemplo apenas: Uma família é constituída de pai, mãe e filhos. Um dos filhos é rebelde, não temente à Deus; mata; estupra; não ajuda ninguém porque vê o seu próprio umbigo. Os pais não amarão esse filho como ama a outros? Assim é o Papa, deve amar todos os seus filhos porque Jesus não veio para o certinho, veio para os pecadores. Como Pai que é da humanidade, está certo o comportamento dele pois ama todos os seus filhos da mesma forma sem dispensar carinho maior para o outro ou desprezar o que é pecador.É uma forma de evangelização.É o que acho. Agora seria incabível ele autorizar o casamento de 2ª união em face do que diz o Evangelho de Marcos 10 ( 1-10), isso sim é não cumprir com a determinação deixada por Deus aqui na terra e casamento homosexual.Isso sim é abominável.
De acordo com o comentário de Renan. Cuba não renunciou aos principios marxistas e anuncia que não vai renunciar.
Cuba e Raul e Fidel não pedem perdão pelos milhares de perseguidos, encarcerados, fuzilados pelo regime cubano.
E o Vaticano? Coisa curiosa, por enquanto, não relembra nada do passado e presente de Cuba.
Qual longe está Cuba da conversão de São Pauo no “caminho de Damasco”.
Quem quiser se iludir …
Marcos Costa
Com um processo de lavagem cerebral coletiva em andamento
praticamente no mundo inteiro, onde os valores éticos morais e econômicos da esquerda são levados a um altar para serem adorados por seus fieís seguidores, num processo onde se inverte os valores, a esquerda passando a representar o Bem, e como consequência, a direita assumindo a representação do mal, é natural que a igreja católica, fosse contaminada por este mal, estamos assistindo este fenômeno na postura política da CNBB, e agora no comportamento do Papa!
Se esta aproximação com o irmão de Fidel Castro, fosse um caso isolado, daria para entender, poderia se interpretar como um gesto de cortezia para com um ADVERSÁRIO, (e não um aliado) algo aceitável e até elogiável, partindo de um líder religioso, mas não é o caso, por conta de outras atitudes, se percebe um alinhamento ideológico, uma afinidade de pensamento, com uma doutrina que a igreja sempre rejeitou! O que sinaliza uma condenável mudança de direção nos rumos da instituição, o que era certo hoje passa a não ser tão certo assim, e o que era errado (por exemplo o comunismo) agora não é tão errado assim!
Este pontificado tem deixado os católicos muito tristes. Mas me alegrou ver a clareza do Sr. Valladares em assunto tão delicado sobre o qual tenho pensado e rezado pedindo a Deus que salve a Sua Igreja dos demolidores internos, piores que os demolidores externos.
Se Raul Castro realmente quer se converter em católico, primeiro peça perdão por ter colaborado a implantar e a manter na pobre Cuba o regime materialista e ateu. Depois, retire da constituição cubana todo e qualquer restrição ao direito de propriedade privada e convoque eleições livres.
Vendo a foto que o Sr. Valladares escolheu para ilustrar seu artigo, pergunto: não se encontra o Papa Francisco a dar o toque maçônico no tirano Castro?
Estou sem chao, com este Nosso Papa.
Este é o ponto terminal do “DIALOGO” preconizado pelo CVII.
Era totalmente previsível.
O comunismo não mudou ….O que mudou , então ?
DO SITE cnbbleste1.org.br:
“Em um breve encontro com a imprensa, Raúl Castro também prometeu comparecer a “todas as missas” que o Papa argentino celebre na ilha e até mesmo se declarou “jesuíta como o Papa”, porque tinha estudado em escolas da Companhia de Jesus. Depois de uma audiência privada no Vaticano, o presidente já tinha se despedido do Papa pedindo-lhe: “E você, reze por mim!”. Era a sua proposta às últimas palavras de Francisco, que sempre pede para o interlocutor uma oração pela sua pessoa”.
Há cada situação estranha no Vaticano sucedendo, como essa acima, pedir orações a Raúl Castro…
Fico pensando, a qual deus recorrerá Raúl em suas preces: será Alah, Thor, Baal ou outro mais moderno, como Marx, que vomitou esses blefes:
“Nada há de absoluto, definitivo e sagrado”
“Quero me vingar d’Aquele que governa lá em cima”,
“Quero destronar a Deus do Céu e banir o capitalismo da terra”, dentre mais similares.
Para quem não sabe, Raúl Castro já está há muito convertido ao cristianismo de laboratório de engenharia social gramsciano do SERVO DE dEUS D Hélder e, devoto como é, segue o DECÁLOGO DE LÊNIN, espelha-se no catecismo do frei Betto e nas diretrizes espirituais de mestres em espiritualidade, como L Boff, Gutiérrez e mais similares, idem entronizados e incensados há tempos nos altares esquerdistas.
Nesse devocionismo acima há aprovação dos degoladores de cristãos do ISIS, do aborto, feminismo, uniões gays, gltbs, eutanásia, espiritismo, ideologia do gênero, superstições, além dos indispensaveis cultos satânicos!