Frustração invade voluntários do Estado Islâmico (EI)

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Explosão de uma bomba jogada sobre fanáticos do Estado Islâmicos forma uma cruz.
Explosão de uma bomba jogada sobre fanáticos do Estado Islâmico forma uma cruz.

A mídia apresenta quase todos os dias mais alguma forma requintada de crime cruel e perverso praticado pelos mais fiéis seguidores do Corão.

As imagens desses crimes são espalhados no Ocidente cristão pela Internet e pelos órgãos da mídia para incutir terror em seus adversários.

Essa propaganda parece ser o objetivo primordial de tais crimes.

Mas tem também uma finalidade interna dentro do movimento muçulmano fundamentalista.

E é que, segundo escreveram fontes fidedignas e diversas como o jornal The Financial Times e órgãos sírios, o desânimo e a deserção estão afetando a facção terrorista do Estado Islâmico (EI).

Essa crise interna está pondo à prova a coesão da mais poderosa força jihadista do mundo dos últimos anos e prejudicando a sua ofensiva militar.

No leste da Síria controlado pelo EI, o progresso militar desacelera enquanto cresce a frustração entre militantes considerados parte da força de combate mais disciplinada e eficaz na guerra civil.

A realidade não é um vídeo game, como estavam acostumados os voluntários ocidentais do Estado Islâmico.
A realidade não é um vídeo game, como estavam acostumados os voluntários ocidentais do Estado Islâmico.

O EI ainda tem força: controla faixas de território e progride no Iraque ocidental. Seus combatentes, porém, estão sendo enfrentados pela coalizão dos EUA e por forças locais com ataques aéreos e terrestres, e aquilo que de início parecia fácil ficou complicado.

Alguns líderes do EI foram mortos em ataques aéreos e combatentes curdos interromperam o cerco de cinco meses ao monte Sinjar, no Iraque.

“O moral não está caindo, ele já bateu no chão”, disse um ativista opositor em área controlada pelo EI na província de Deir Ezzor, na Síria oriental.

“Combatentes locais sentem que fazem a maior parte do trabalho, e os combatentes estrangeiros, que pensavam fruir uma aventura, agora estão exaustos”.

De fato, centenas, talvez milhares de fanáticos islâmicos foram da Europa e dos EUA para combater junto com seus irmãos de religião e de crimes. Na maioria, eles são filhos ou netos de imigrantes maometanos no Ocidente, mas também há europeus pervertidos ao Islã.

Combatentes estrangeiros no Estado Islâmico
Combatentes estrangeiros no Estado Islâmico

Porém, educados no mundo ocidental, achavam que a guerra santa se passaria como num videojogo ou num vídeo, e que eles não teriam muito que sofrer na própria pele, com o papai e a mamãe fornecendo dinheiro e a geladeira cheia.

Mas eles encontraram a realidade e os “heróis” estão sem fôlego.

Um opositor do regime sírio e do EI que não quis ser identificado, disse saber de cem execuções de combatentes estrangeiros do EI, que tentavam fugir de Raqqa, cidade do norte da Síria, capital do Estado Islâmico.

“O EI se apresentava como incontrolável e vendia a ideia de uma aventura”, disse um oficial americano.

Depois de algumas vitórias rápidas, os estrangeiros do EI questionam a longa e cansativa luta de consolidação de terreno.

Membros do EI em Raqqa revelaram que o grupo criou um policiamento militar para reprimir combatentes que faltam ao serviço. Dezenas de moradias desses “estrangeiros” – sempre apegados a seu celular, Twitter ou Facebook – foram invadidas e muitos membros foram presos.

Eles são obrigados a carregar um documento que os identifica e diz se foram incumbidos de uma missão.

“Em Raqqa, prenderam 400 membros até agora e fizeram documentos para os outros”, diz um militante.

“A situação não é boa”, resmungou o militante, dizendo que os combatentes estão descontentes com seus líderes. “Nós não podemos falar a verdade e somos forçados a fazer coisas inúteis”, afirmou.

Estatisticas do New York Times sobre o numero de combatentes estrangeiros no Estado Islâmico
Estatisticas do New York Times sobre o numero de combatentes estrangeiros no Estado Islâmico

A agência Syrian Free Press confirmou que a “polícia militar” do Estado Islâmico executou 100 voluntários estrangeiros.

“O EI se apresentava como incontrolável e vendia a ideia de uma aventura”, disse um oficial americano.

Depois de algumas vitórias rápidas, os estrangeiros do EI questionam a longa e cansativa luta de consolidação de terreno.

Membros do EI em Raqqa revelaram que o grupo criou um policiamento militar para reprimir combatentes que faltam ao serviço. Dezenas de moradias desses “estrangeiros” – sempre apegados a seu celular, Twitter ou Facebook – foram invadidas e muitos membros foram presos.

Eles são obrigados a carregar um documento que os identifica e diz se foram incumbidos de uma missão.

“Em Raqqa, prenderam 400 membros até agora e fizeram documentos para os outros”, diz um militante.

“A situação não é boa”, resmungou o militante, dizendo que os combatentes estão descontentes com seus líderes. “Nós não podemos falar a verdade e somos forçados a fazer coisas inúteis”, afirmou.

A agência Syrian Free Press confirmou que a “polícia militar” do Estado Islâmico executou 100 voluntários estrangeiros.

Teriam chegado à Síria por volta de 11.000 voluntários estrangeiros de 74 países. O maior número foi da França, Alemanha e Grã-Bretanha. E é desses países onde se verificou o maior número de deserções.

O primeiro ministro britânico David Cameron promete que não permitirá que eles voltem ao país. O Parlamento francês discute leis para lidar com o terrorismo do Oriente Médio e interno, intimamente ligados.

Na Alemanha, um cidadão germano foi condenado a 45 meses de reclusão pela sua participação no EI.

Os “estrangeiros” estão sofrendo baixas, as milícias locais antifanáticas estão reconquistando terreno e libertando prisioneiros, enquanto a aviação aliada bombardeia os combatentes de Alá e de Maomé, que imaginavam um futuro de cinema, cheio de benesses, altos retornos e escravas sexuais!

2 COMENTÁRIOS

  1. Esses países deviam extraditar para a Síria e o Iraque todo jihadista que voltasse de lá para serem investigados sua participação em crimes de guerra.

  2. Eu tiro a seguinte conclusão:
    Se nesse tipo de empreendimento, com todos os requintes de crueldade que ele se reveste, mesmo assim, consegue um significativo número de voluntários, qualquer tipo de revolução, em qualquer lugar no mundo, consegue melhor resultado, ou seja, qualquer causa, atrai combatentes!
    Será que tem algum brasileiro participando desta aventura?

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