Gatos, lagostas e bebês no ranking das importâncias

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Os defensores do aborto dizem que é absurdo penalizar a mulher que mata seu próprio filho. Mas os mesmos não se levantam contra a prisão de uma mulher por jogar um gato na lixeira. Na foto, Mary Bale é levada para a delegacia.

Alberto Távora

Enquanto os bichos são defendidos, as crianças são assassinadas e jogadas na lata de lixo. Sei que é um comentário já muitas vezes feito, quase um lugar-comum, mas a culpa é dos fatos. Vejamos alguns:

Há alguns dias o Sr. Nilo Fujimoto escreveu artigo neste site sobre o caso da rede de supermercados na Áustria, condenada por ter “maltratado” lagostas. (saiba mais).

Jogar gato no lixo traz condenação. E jogar crianças?

No dia 14/10/10, a Agência Reuters noticiou que um juiz espanhol concedeu guarda compartilhada de cachorro para casal divorciado. Isso mesmo: o cão ficará ora com o homem ora com a mulher.

A mesma agência, cinco dias depois, publicou reportagem sobre uma mulher britânica que “poderia ser condenada a pagar multa de até 20.000 libras ou a cumprir seis meses de prisão” por ter jogado um gato na lixeira.

Sydney, na Austrália, bateu o recorde. De acordo com a AFP, três equipes de bombeiros foram acionadas, quebraram parte do banheiro e o piso de concreto de uma casa para salvar o gato recém-nascido, “vítima” de uma menina de 2 anos, que o havia jogado no vaso sanitário.

Alguém pode perguntar: mas não é bom proteger os animais? Digo: claro que é bom, desde que dentro das proporções. E desde que não se dispense aos bichos cuidados iguais ou superiores aos seres humanos. E é nessa tecla que quero bater:

Por que tanto esforço em salvar gatos e lagostas, e ao mesmo tempo tanta sanha em matar a criança no ventre da mãe? Ou ainda, por que tanta força para diminuir a importância do nascituro, e ao mesmo tempo tanta solicitude em reconhecer a importância dos bichos?


Bombeiros tentando salvar o gato de 2 dias de idade. Enquanto os animais são supervalorizados, os esforços para salvar a vida de milhões de crianças deixa a desejar.

16 COMENTÁRIOS

  1. Que reportagem é essa? Eu acho que devemos salvar vidas sim e não importa a espécie, tantos os seres humanos quanto os animais, porque lembre-se que os animais tem sentimentos como nós humanos. Eu não acredito que tem pessoas que pensam que só porque somos seres humanos somos superiores? Que só porque somos seres racionais teremos que ter méritos? Creio que se cada um ter amor, respeito ao próximo, seja ele de qual espécie for, esse mundo será muito melhor. Não menospreze os animais do planeta, eles já são muito maltratados por nós seres humanos!

  2. Nada contra a lagosta. Elas ficam muito bem na panela.

    Excelente artigo mostrando a inversão de valores, onde uma lagosta deve ter garantias para uma boa condição de vida enquanto um bebê incoveniente deve ser extirpado antes de nascer. Mais uma loucura desse mundo relativista…

  3. Senhor Rocha.

    O que eu quis significar com sistema social falido é exatamente o que o senhor descreveu: “É a sociedade hipócrita que ignora Deus, manda transar à vontade, mas não aceita lidar com as consequências disto”.
    No mais, acredito que estes nossos diálogos à distância não foram vãos. De minha parte muito aprendi.

    Que a Paz de Cristo esteja com o senhor.

  4. Faço minhas as palavras do editor:

    “mas não é bom proteger os animais? Digo: claro que é bom, desde que dentro das proporções. E desde que não se dispense aos bichos cuidados iguais ou superiores aos seres humanos.”

    Por que tanto esforço em salvar gatos e lagostas, e ao mesmo tempo tanta sanha em matar a criança no ventre da mãe? Ou ainda, por que tanta força para diminuir a importância do nascituro, e ao mesmo tempo tanta solicitude em reconhecer a importância dos bichos?

    O que mais se tem visto por ai é gente trantando bicho como se fosse filho, e julgo os temas pelos atos. Cada um age de acordo com o que pensa. Não aceito que compare a mim, imagem e semelhañça de Deus, com um gato ou uma lagosta, se todos fossem iguais, todos animais, o ser humano não seria racional, e não teria sido feito imagem e semlhança de Deus.

    Cuidemos dos animais sim, mas antes dos nossos selhantes.

  5. @Telma Apparecida Donzelli
    Senhora Telma,

    “Evitai as vãs contendas”, diz a Bíblia Sagrada. Para que isto não se torne vão, apenas reafirmo com todas as letras tudo o que já escrevi.
    Mas não posso calar-me quanto ao seu trecho: “E isto porque os que são a favor do aborto fundamentam suas posições em fatos (fatos estes decorrentes de um sistema social falido)…”
    Ora, se o sistema social é falido, isso NÃO é “fato” para fundamentar abortismo. No máximo é fato para a DETURPAÇÃO abortista.
    Fato, de verdade, é a sociedade criminosa contra as crianças inocentes. É a sociedade hipócrita, que ignora DEUS, manda transar à vontade, mas não aceita lidar com as consequências disso.
    De todo modo, sinceramente,
    A Paz de CRISTO.

  6. Aline Michele.
    No diálogo que aqui estamos tendo, gostaria de lhe dizer o seguinte: não se está dando, como você diz, “tanta atenção na preservação da vida dos animais”. Se você buscar os fatos com relação aos animais, você verá que a atenção a eles dada está longe de ser suficiente. O que acontece, a meu ver, é que não se dá a tenção necessária, devida e suficiente à questão do aborto. E isto porque os que são a favor do aborto fundamentam suas posições em fatos (fatos estes decorrentes de um sistema social falido) e não em valores, como deveria ser. Quanto aos ecoterroristas, eles não são modelos para ninguém. Penso que não podemos e não devemos considerar qualquer tema que seja, a partir de suas atitudes.

  7. Senhor Rocha.
    Senhor Rocha.
    O senhor diz que “é mentira dizer que um bem tem sempre a mesma medida de outro”, ora eu disse exatamente o contrário disto. O bem não tem medida. Se o bem não for exercido na sua integralidade, o mal estará presente, porque, repito, como disse Santo Agostinho: o mal é ausência de bem. Qualquer ausência de bem é mal Os pecados veniais são leves, mas são pecados. o mal está neles presente. Nós somos seres imperfeitos em busca da perfeição ou santidade. Por isto temos que atentar para o fato de que devemos fazer o bem com o máximo rigor possível, em todas as horas e em todos os sentidos. É esta, a meu ver, a extraordinária mensagem trazida por Santo Agostinho.

  8. @Telma Apparecida Donzelli
    Protejam-se os animais sim, mas seja usado maior esforço ainda na proteção da vida HUMANA.
    É mentira dizer que um bem tem sempre a mesma medida de outro, ou que um mal tem sempre a mesma medida de outro.
    O Sumo Bem, superior a tudo e todos, é DEUS.
    A maior das criaturas é Maria, ela que está no Céu adorando a DEUS. Na Terra, nós homens e mulheres somos os maiores. Pelo Gênesis, a nossa intrínseca dignidade é MUITO boa. O resto (animal, vegetal e mineral) é apenas bom; vem depois.
    E os males também não são iguais. Exemplo: há pecados veniais (leves) e capitais (graves).
    Portanto FAZER o bem integralmente é algo diferente da medida de cada bem. O mesmo raciocínio vale para o mal do mundo.
    Portanto tome cuidado e interprete corretamente Santo Agostinho, para não ignorar a Sã Doutrina Católica.

  9. Não entendam mal, levantar a questão do porque se dá tanta atenção na preservação da vida dos animais enquanto varias crianças são assassinadas por aborto, não quer dizer que se é contra a proteçao dos animais.

    E sim, muitos ecoterroristas que abraçam arvores e protegem mais aos animais que a propria mãe, são partidarios do aborto, por que querem erradicar a raça humana a qualquer custo, começando pelo mais indefeso.

    Basta ler alguns artigos do blog Verde: A nova cor do comunismo para ver.

  10. @José Silveira Viana

    Ao senhor José Silveira Viana.

    Por que, senhor, “Chega às ráias da loucura considerar os animais em condições de dignidade e respeito iguais aos homens”? como o senhor diz. Por acaso, o homem também não é um animal? Um animal dotado de livre arbítrio, capaz da mais alta dignidade e também da indignidade maior. Responsável por grande parte do sofrimento dos animais, contra os quais, sabemos, desde os primeiros tempos e até hoje, comete atrocidades inomináveis.

  11. Senhores.
    Não existe proporcionalidade quando se trata de salvar a vida ou minorar sofrimentos de um ser vivo seja ele ser humano ou animal. O aborto é uma insanidade, mas combater o movimento de proteção aos animais não vai trazer nenhum proveito à luta contra o aborto. Pelo contrário, todas as pessoas que conheço que amam e protegem os animais são radicalmente contra o aborto. Não existem comparações, o bem como o mal não tem escala ou grau. O bem tem que ser feito em sua integralidade, pois como disse Santo Agostinho: o mal é ausência de bem.

  12. Desde os mais altos céus o nosso São Francisco de Assis a todos abençoa, incluindo as criaturas que são os animais; com certeza tocam-lhe a caridade todos os nascituros, tão indefesos.
    Os antigos como os romanos, tinham o costume de expor nos matos os recém-nascidos indesejados pelos pais, dado aos riscos do abortamento na tosca técnica da medicina de então.
    A RODA DOS EXPOSTOS, mantida por órgãos da Igreja, hoje em desuso, poderia muito bem ser reorganizada, como alternativa legal e ética ao aborto, pela mesma Igreja que o condena.
    Ismael de Oliveira Façanha

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