Globalização Vs. Organicidade; povo e massa no ensinamento de Pio XII

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Adversários da Globalização, temos mostrado, em artigos anteriores, como solução ao grande impostura do Great Reset, o retorno à Organicidade. Dar mais poderes a organismos supra nacionais, como o querem os arquitetos da Nova Ordem Mundial, é atentar contra a fundamental ordem baseada na Lei Natural, no Direito Internacional, na soberania dos Povos.

Uma afirmação patriótica de que somos um POVO e rejeitamos ser MASSA nas mãos da esquerda ou do falso Centrão

Conceito de Povo e Massa

Na Alocução Pontifícia ao Congresso do “Movimento Universal para uma Confederação Mundial“, lembra o Papa Pio XII os princípios fundamentais que regem a socidade humana. Coisas do passado, enunciadas há 70 anos? Pelo contrário, a propaganda em torno da Nova Ordem Mundial trouxe para o centro dos acontecimentos conceitos como Sociedade Orgânica, Cristandade, Povo e Massa.

Vejamos o que nos diz a respeito o Prof. Plinio, comentado a Alocução de Pio XII:

A mais essencial noção está em que “o povo seja realmente povo e não massa. Pois democracia é governo do povo, e não governo da massa.”

Democracia não é governo da Massa

“A este respeito, Pio XII, em sua alocução de Natal de 1944, estabelece uma distinção que não há exagero em chamar de genial, e que abre todo um horizonte novo para os estudos de sociologia católica:

“Povo e multidão amorfa ou, como se costuma dizer, massa, são dois conceitos diversos.

O povo vive e se move por vida própria; a massa é por si mesma inerte e não pode ser movida senão do exterior. O povo vive da plenitude da vida dos homens que o compõem, cada um do quais – em sua própria posição e segundo seu modo próprio – é uma pessoa cônscia das respectivas responsabilidades e convicções.

A massa, pelo contrário, espera o impulso do exterior, fácil joguete nas mãos de quem quer que lhe explore os instintos e as impressões, pronta a seguir, alternadamente, hoje esta bandeira e amanhã aquela. Da exuberância de vida de um verdadeiro povo a vida se difunde, abundante, rica, no Estado e em todos os seus organismos, comunicando-lhes, com vigor incessantemente renovado, a consciência de sua própria responsabilidade, o verdadeiro sentido do bem comum” [*].

As Redes Sociais dão voz ao Povo

Essas luminosas palavras de Pio XII — diferenciando Povo e Massa — nos trazem à mente a importância das Redes Sociais conservadoras no século XXI. Um chaveiro, uma dona de casa, um agricultor, um jovem universitário, um blogueiro, um professor — enfim, um homem comum — podem manifestar sua opinião através da internet sem estar atrelados (como estivemos no século XX) às mordaças da TV, do Rádio e da grande imprensa frequentemente com viés de esquerda.

Estamos saudando a possibilidade dos conservadores fazerem ouvir sua voz, manifestarem sua opinião longe das censuras de regimes como Cuba, Venezuela, Rússia e China.

Nesse sentido, demos nas grandes manifestações populares que sacudiram o Brasil, desde 2015, um passo para realizarmos o conceito de Povo nas palavras de Pio XII.

Princípios, convicções, direitos e deveres

Continua o Prof. Plinio: “Assim, pois, o primeiro elemento que diferencia o povo da massa é que povo se chama uma comunidade humana em que, todos os homens têm princípios, convicções, movimento próprio, noção clara de seus direitos e deveres; enquanto a massa, constituída de homens vazios de idéias, de princípios, de formação moral, sem nenhuma iniciativa própria têm por única norma a imaginação, que arrasta seus membros num ou noutro sentido, segundo o sopro da demagogia partidária ou oficial.”

Compreende-se, facilmente, que os governos de esquerda, notadamente o PT no Brasil, ameace o POVO com a censura na internet. A esquerda — como no passado o nazismo — trabalham para transformar o povo em MASSA.

Pio XII menciona em seguida outra distinção entre povo e massa: “Em um povo digno de tal nome todas as desigualdades, derivadas não do arbítrio mas da própria natureza das coisas, desigualdade de cultura, de bens, de posição — sem prejuízo, bem entendido, da justiça e da mútua caridade — não constituem obstáculo para a existência e predomínio de um autêntico espírito de comunidade e fraternidade. Tais desigualdades, longe de ferir a igualdade civil, lhe conferem pelo contrário seu verdadeiro significado que consiste em que, perante o Estado, cada qual tem o direito de viver honradamente a própria existência pessoal, na posição e nas condições em que os desígnios da Providência o colocou” [4].

Viver honradamente a própria existência pessoal é ao pé da letra realizar-se. Como isso é diferente da padronização socialista imposta pela esquerda na Rússia stalinista, na China comunista, em Cuba ou Venezuela.

Na Cartilha da Esquerda só pode ter destaque em luta pela Revolução, pela agenda de gênero, pela liberação sexual, pelo ecoterrorismo.

Povo e Plebe

Vamos agora à diferenciação dentro da dignidade.

Este último ponto merece realce. O povo não é só a plebe, nem só a maioria: é toda a população. A igualdade justa não é a que elimina as classes superiores dissolvendo-as na plebe, mas a que respeita a existência de todas as classes sociais, assegurando a cada qual “o direito de viver honradamente a própria existência”.

O que forma a sociedade orgânica é a justa diferenciação das pessoas dentro da dignidade assegurada a cada um.

“E isto não quer dizer que se deve dar aos plebeus o direito de viver como nobres; nem aos trabalhadores manuais de viver como burgueses; nem aos iletrados de viver como homens cultos: cada qual tem, é certo, direito a uma vida honrada, diversa das detestáveis condições de vida de certa parte do operariado hodierno, sem exorbitar porém da “posição em que os desígnios e disposições da Providência o colocou”. Povo, pois, na linguagem da Igreja não é a maioria, nem a classe mais modesta, mas toda a população de um país, enquanto psicologicamente dotada de forte personalidade individual e coletiva; de uma vida própria que anima o Estado em lugar de se deixar asfixiar por este; de uma real diferenciação de camadas sociais, dotadas todas de padrão de vida e de cultura próprios mas desde que nenhum destes padrões seja inferior ao que convém à natural dignidade do homem.”

O contrário da massa socialista e amorfa

Estes requisitos, como se vê, são o contrário dos que teria a sociedade nivelada e amorfa sonhada pelos revolucionários de 1789, e pelos seus genuínos sucessores, os socialistas de nossos dias.

É o contrário dos regimes de esquerda, hoje em dia, com suas medidas ditatoriais, seus lockdowns, seus decretos compulsórios.

É o contrário do que, infelizmente, recomenda o Vaticano almejando mais poderes para ONU, OMS e organizações supra nacionais.

Pelo contrário, lembra o Prof. Plinio, “Um tal “povo”, orgânico, hierarquizado, vivo, pode realmente pronunciar-se com acerto sobre determinado número de problemas nacionais e principalmente regionais. Nunca porém a massa que por definição quase só é capaz de errar.” https://www.pliniocorreadeoliveira.info/1951_008_CAT_(1)O_culto_cego.htm#.YqZB-3bMKMo

A Revolução no impasse

O crescimento do movimento conservador trouxe um grande impasse à Revolução. As Redes Sociais são os canais naturais de comunicação do Povo e isso preocupa as esquerdas em todo o Ocidente.

Conseguirão as esquerdas sufocar os legítimos anseios de grande parte da população que se manifesta nas ruas contra o PT? O movimento pró Vida que ganha importantes quadrantes na opinião ocidental, com a grande chance de ser revogado, pela Suprema Corte americana a decisão Roe vs. Wade.

Que o POVO continue a ser POVO, se afirme como POVO cônscio de seus direitos, seus deveres e repudie a MASSIFICAÇÃO. Não há saída para a esquerda quando a massificação da sociedade entra em retrocesso. É o que queremos para o Brasi, um POVO forte, cristão, conservador, cônscio de sua missão histórica de ser paladino dos Valores Morais.

Nossa Senhora Aparecida salve o Brasil das garras massificantes da esquerda e do falso Centrão.

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