Leio na internet artigo de Julia Sweig intitulado “Humildade e Desigualdade” [1]. Alegrou-me de certa maneira ler o título, pois a associação dessas duas palavras, humildade e desigualdade, é raríssima na imensa grei dos que discorrem sobre assuntos sociais. Mas essa alegria dissipou-se rapidamente ao ler o artigo todo. Pois a autora incide em confusão e chama de humildade viver em situações de miséria.
[Foto acima: Santa Isabel, princesa húngara]
As desigualdades parecem ser para ela um mal em si. Um pobre seria um humilde, um rico seria um orgulhoso. Quanta ingenuidade…
Que pensar destas duas palavras, humildade e desigualdade? Imaginemos um homem pobre mas trabalhador. Apesar de seus esforços não consegue sair de sua situação de pobreza. Em confronto com outros, sua situação poderia ser classificada como de desigualdade social, mas poderia ser uma homem humilde na verdadeira acepção do termo.
De acordo como é aceito, assumido e adotado pela doutrina católica, a humildade é a verdade. Portanto, é possível que haja um homem despretensioso em alta posição social – um São Luis Rei, por exemplo – e um pobretão-orgulhoso nos limites inferiores da última ralé. E os há! Pode haver também um “sem-qualquer-coisa” que seja arrogante, e também os há, e muitos! Ele é um humilde? Nessa deplorável confusão de linguagem, parece que os ricos são todos orgulhosos, e todos os pobres humildes…
A desigualdade existirá enquanto o mundo for mundo. Pois esta é a verdade.
Disse-o luminosamente Plinio Corrêa de Oliveira: “acho sumamente duvidoso que se possa visar como programa sério de justiça social a completa eliminação de toda e qualquer pobreza. Acho que aquela palavra do Nosso Senhor, pauperem semper habetis vobiscum – vós tereis sempre pobres entre vós, se refere a todos os tempos e todos os lugares. E uma vez que exista o regime da propriedade privada, exista o vício e exista a maluqueira humana, é impossível evitar que muitas pessoas joguem fora completamente seus haveres e que se encontrem em estado de pobreza”. [2]
Mas as metas de desenvolvimento sustentável para 2030 definidas pela ONU em 2014 são de que todos os países-membros, incluindo os EUA, reduzam a desigualdade e eliminem a pobreza
É uma utopia da eliminação da pobreza? É claro! “Organizar um regime pelo qual a pobreza desapareça, ter isto em vista é uma coisa utópica como [o é] organizar um regime pelo qual a doença desapareça, ou pelo qual todos os doentes sejam inteiramente bem tratados. Quer dizer, isto é coisa que é contrária à condição desta vida, que é um vale de lágrimas, em que devemos sempre lutar o mais possível contra certos infortúnios, mas não ter a esperança utópica de os eliminar inteiramente.”
“Eu levanto simplesmente uma questão: quantas são as pessoas que trabalham intensamente para evitar a pobreza? E como essas pessoas trabalhariam menos se não tivessem diante de si o espectro da pobreza. Isto nos faz considerar bem até que ponto se deve ser cuidadoso nessa meta socialista de eliminar toda e qualquer pobreza”.
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[1] Folha.uol.com.br/colunas/juliasweig/2015/02/1588188-humildade-e-desigualdade.l
[2] “Catolicismo”, agosto de 1954.
No Brasil existem cerca de 60 milhões de pessoas muito pobres, ou seja, 30% da população. Organizar-nos socialmente de maneira que esta pobreza extrema desapareça, não é coisa utópica, é um trabalho que deve e tem que ser feito por todos nós.
Não são as pessoas individualmente que devem trabalhar para evitar a pobreza, mas sim a sociedade que tem a obrigação e o dever de empenhar-se em suprimir a extrema pobreza.
MOSTRE-ME NO MOMENTO ATUAL NO BRASIL, GRUPOS E PESSOAS QUE ESTÃO REVOLTADOS CONTRA O PT POR SER UM PARTIDO ANTI ÉTICO-MORAL E QUE ATENTA CONTRA A FÉ CRISTÃ CATÓLICA!
Nem os religiosos de modo geral, pelo menos nas redes; a CNBB, por ex. pelo menos na recente PJ-Manaus exaltava o vermelho Che & Ass., e por cima, dioceses e paroquias ainda pedindo assinaturas nessa farsa comunista de “Reforma Política”, apoiada apenas por vermelhos, como CUT, UNE, PC do B, CONTAG, MST, MTST, Vila Campesina e outras pestes mais…
“Eis aqui o homem que não pôs em Deus a sua fortaleza, antes confiou na abundância das suas riquezas, e se fortaleceu na sua maldade”. Sl 52:7.
Pode nos parecer estranho, mas ser pobre é um dom de Deus, desde que saiba bem aproveitá-lo, conduzindo-o na direção do S Evangelho, pois o dinheiro e as riquezas podem nos afastar de Deus, tornar-nos avarentos, apegados a elas como nossas garantias etc., pois as riquezas nos seduzem facilmente; raros são os que não se deixam contaminar por elas.
Sabemos existirem os 2 extremos: pobres avarentos, desconhecedores dos dons de Deus e ricos desprendidos, dando real valor a bens transitórios e que podem tudo por a perder.
De fato, as riquezas trazem-nos a falsa sensação de bem-estar, de segurança, sendo um perigo, mas pode nos leva à perdição”, e isso tem destruído a muitos, pois a fama, o dinheiro, o poder produzem uma sensação de segurança, porém, destruidora; apenas os loucos depositam plena confiança em bens transitorios.
“Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera”. Mc 4:19.
O que sucede no Brasil presentemente não é devido ao deus-dinheiro e lamentavelemente o povão em geral não parece estar revoltado apenas porque MEXERAM-LHE NO BOLSO?
Se o PT estivesse proporcionando barriga-cheia, tudo de material à vontade e divertimentos: “QUI GUVERNO BÃO DA DIUMA, TIRÁ PRÁ QUE, NÉ”?