LÁGRIMAS… — UMA ADVERTÊNCIA AO MUNDO!

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Meio século de um grandioso milagre: em julho de 1972, em Nova Orleans (EUA), lágrimas humanas correram pela face virginal de uma das imagens peregrinas de Nossa Senhora de Fátima. 50 anos depois, a Santíssima Virgem continua sendo ofendida e, portanto, com motivos para chorar ainda mais, em consequência da degringolada geral da sociedade, tanto temporal quanto espiritual.  Lágrimas também de dor na previsão do castigo que está prestes a punir a humanidade.

  • Oscar Vidal

Frente à apocalíptica crise da Igreja e do mundo moderno, em meio ao caos, à imoralidade desbragada, à corrupção geral dos costumes e à profunda decadência moral e religiosa, podemos ficar surpreendidos com o pranto da Santíssima Mãe de Deus? Vendo o lastimável estado de desregramento do gênero humano, poderia Ela estar contente? — De modo algum! Ela chorou! Foi um milagroso aviso!

No dia 18 de julho de 1972, enquanto era venerada em uma igreja da cidade americana de Nova Orleans, uma das quatro imagens “peregrinas internacionais” de Nossa Senhora de Fátima verteu lágrimas humanas 14 vezes.

50 anos de um pranto milagroso, devidamente comprovado, testemunhado por muitas pessoas e divulgado em diversos jornais do Brasil e do exterior, inclusive estampando a pungente fotografia do milagre: a bela imagem com os olhos lacrimejantes e uma lágrima nobremente pendente no nariz. A “Folha de S. Paulo” de 21-7-72, por exemplo, publicou-a com destaque na primeira página.

A fim de se obter mais comprovações para o prodígio, o Padre Elmo Romagosa fez várias experiências, e não encontrando explicação natural, caiu de joelhos, passando a crer naquele autêntico milagre.

Inexplicável mutação fisionômica da imagem

Uma das características mais impressionantes dessa sagrada e milagrosa imagem de Nossa Senhora de Fátima é a sua mutação de fisionomia. Por incrível que pareça, sem mover os traços de sua face, ela parece mudar de expressão fisionômica, como que “falando” profundamente às almas dos que a veneram. Muitos fiéis atestaram esse prodígio, testemunhando uns que a viam serena, outros triste, outros apreensiva, alegre, caridosa, afável. A cada um a imagem “falava” de um modo diferente, de acordo com as necessidades individuais.

Entre os diversos comentários do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a tal respeito, eis um, especialmente significativo:

“Ora mostrando apreensiva e até aflita [A imagem da Virgem], como quem considera a crise catastrófica da Igreja e da civilização cristã; ora interrogativa, como quem nos dirige à alma uma pungente indagação sobre nossas cogitações e nossas vias, para nos convidar à seriedade e à emenda de vida; ora plácida, como para nos comunicar serenidade celeste, tão diversa dos nervosismos contemporâneos; ora, enfim, sorridente e meiga, para despertar em nós a confiança e unir-­nos a Ela; entretanto os traços da imagem jamais esboçaram o menor movimento, ao contrário das faces terrenas, que só com algum movimento podem mudar de expressão. Fato único e admirável, que constitui a cada minuto um convite da bondade de Nossa Senhora. Convite, sim, para que nos associemos aos estados de alma assim expressos. E sobretudo para que nos deixemos elevar ao inefável nível espiritual, que através desses estados de alma se nos torna sensível”.

Em maio de 1973, a Imagem Peregrina desembarcou no aeroporto de Congonhas, na capital paulista

O Brasil honrado com a presença da Augusta Visitante

Na Sede do Conselho Nacional da TFP,
em São Paulo

Esculpida em cedro brasileiro sob a orientação direta da Irmã Lúcia — para que lembrasse ao máximo possível a fisionomia da Santíssima Virgem durante suas aparições na Cova da Iria —, a abençoada imagem de Nossa Senhora esteve algumas vezes no Brasil. Sua primeira honrosa visita se deu em 1973, e a última em 2017. Fomos agraciados com o privilégio de ser o primeiro país a receber a Augusta Visitante após seu pranto em Nova Orleans!

Com leves alterações, seguem trechos de um relato sobre essas visitas-peregrinações, que redigi para uma matéria publicada em julho de 2002:

“Em maio de 1973, desembarcou no aeroporto de Congonhas, na capital paulista, a Imagem da Senhora de Fátima que comprovadamente verteu lágrimas em Nova Orleans, cabendo à TFP brasileira a honrosa incumbência de trasladá-la. Primeiramente ela ficou na Sede do Conselho Nacional da TFP, em São Paulo, depois percorreu várias cidades do Norte fluminense e retornou aos Estados Unidos.

A maravilhosa e sagrada imagem concedeu-nos a imerecida graça de voltar diversas vezes ao Brasil, a fim de visitar outros Estados da Federação. Durante suas peregrinações ela atraiu multidões, ocorreram muitas conversões e várias pessoas atestaram que foram curadas.

— “Nossa Senhora me comoveu, tenho que mudar de vida!”

— “Ela parecia que me falava!”

— “A imagem mudou de expressão!”

— Olha! Ela está tão triste que parece que vai desmaiar!”

— “Senti que ela sorriu para mim!”

Na cidade de Campos, no Norte fluminense

Esses comentários e outros análogos eram habituais. Sem dúvida, como já referimos, a imagem — de modo prodigioso e com expressões fisionômicas diferentes — parece “falar” no fundo do coração de cada um, amoldando-se ao estado de espírito e conveniências de cada qual naquele momento.

Em um de seus artigos para a “Folha de S. Paulo” (12-11-1976) — posteriormente reproduzido em diversos jornais do exterior —, Plinio Corrêa de Oliveira fez uma pungente narrativa daqueles admiráveis olhos que lacrimejaram. Esse artigo, intitulado “Peregrinando dentro de um olhar”, encontra-se reproduzido à p. XX.

Nossa Senhora atrai multidões de brasileiros

Nas cidades que a imagem da Rainha do Céu percorreu, ela era sempre acolhida apoteoticamente. Em muitas ocasiões, fogos de artifício anunciavam sua entrada, algumas vezes transportavam-na no alto de carros de bombeiros, e chuvas de pétalas de rosa, lançadas pelos devotos, caíam por onde passava. Era comum contemplar as janelas das casas adornadas com belas toalhas, flores e velas, em homenagem à celestial visitante que passava em procissão.

Eis o trecho de relato de um membro da TFP que a acompanhou por várias cidades da Zona da Mata de Minas Gerais: “Em todos os lugares em que tenho estado, são milhares de pessoas que vêm visitar a sagrada imagem todos os dias […] Há um momento em que os guardiães da imagem podem tocar nela objetos pertencentes ao público, então formam-se filas enormes. São rosários tocados nos pés da imagem, santinhos, fitas, medalhas, livros, alianças, flores etc. Não apenas objetos de piedade, mas também lembranças de família, como certidões, joias etc., e até mães que pedem para tocar seus bebês”.

“Este olhar me converteu, vou confessar-me”

Em Caracas (Venezuela).

A partir de 1976, toda a América do Sul foi agraciada com a visita da Augusta Peregrina, que percorreu todos os países do continente, entre aquele ano e 1985. Em todas as cidades onde ficava exposta, intérminas filas de devotos se formavam, à espera da oportunidade de rezar diante de sua milagrosa imagem.

Diversas pessoas afastadas havia muito dos sacramentos, ao contemplarem a imagem se convertiam, abandonavam a vida pecaminosa e retornavam à prática da virtude.

“Este olhar me converteu, vou confessar-me”,afirmou um senhor de Mérida (Venezuela), após passar alguns instantes diante da Virgem de Fátima. Ele voltou a frequentar os sacramentos depois de 40 anos… 11 mil pessoas foram venerá-la nessa cidade. Na capital venezuelana, em um único dia acorreram mais de 40 mil fiéis.

Em Caracas (Venezuela).

São páginas e páginas de relatos e milhares de repercussões registradas durante essas peregrinações pelo Brasil e pelo mundo, que se torna quase impossível transcrevê-los. A título de amostragem, quando a imagem chegou ao aeroporto da capital colombiana, um embaixador sul-americano ofereceu sua Mercedes para trasladá-la. Dispensou o motorista, e ele próprio assumiu o volante, dizendo: “Ante a Virgem, o embaixador é o último dos homens”.

A milagrosa imagem não cingiu sua presença às capitais, mas estendeu-a a cidades menores, até mesmo a pequenos povoados, deixando todos profundamente emocionados e agradecidos. Em muitos desses lugares, as pessoas ainda se recordam do dia de sua visita, sempre trasladada por membros da TFP.

Meio século depois…

Na Sicília, a igreja que guarda o corpo incorrupto de Santa Ágata foi vandalizada, o sacrário arrombado, as partículas jogadas ao chão
e algumas roubadas. 

50 anos depois, um dos mais portentosos acontecimentos do século XX é filialmente recordado por um pugilo de fiéis da Santa Mãe de Deus. Mas e o geral dos homens?

50 anos depois daquelas sacrossantas lágrimas vertidas, seria um atrevimento dizer que esse milagroso pranto não foi desprezado.

50 anos depois não diminuíram as razões da lacrimação, muito pelo contrário. O grau do estado pecaminoso da humanidade hedonista só piorou, acelerando vertiginosamente o processo revolucionário, no qual se inserem as Revoluções Protestante, Francesa, Comunista e Cultural. Para comprová-lo, basta abrir os jornais, ligar a TV ou acessar a internet… O que vemos? — Dissolução de casamentos, concubinatos, divórcios, amor livre, diminuição da natalidade, drogas, criminalidade, aumento da gravidez entre adolescentes, pílulas anticoncepcionais, abortos, modas que caminham para o nudismo, pornografia, eutanásia, experiências com embriões, tentativas de clonagens humanas, igualitarismo, ateísmo, satanismo, progressismo “católico”, blasfêmias e sacrilégios, (des)educação sexual para crianças, pedofilia, “casamento” homossexual, enfim imoralidades sem limites despejadas como lixo nos lares, aumentando a cada dia a degradação moral e a desintegração da família. Toneladas de lixo elaborado adrede por certas forças visam eliminar o que resta de civilização cristã no mundo.

Durante os atos de violência esquerdista no Chile, em 2020, a turba invadiu a paróquia da Assunção, em Santiago, quebrou suas imagens e depois a incendiou

50 anos de um pranto que revela ao mesmo tempo a tristeza da Mater Dolorosa e uma advertência, o anúncio de um castigo, a hora da justiça de Deus, após a qual virá a hora da misericórdia. Temos a promessa de que, após o mundo ser severamente “flagelado”, como prenunciado em Fátima, haverá muita provação, mas também muitas e grandes conversões em todo o orbe. Como na parábola do “filho pródigo” (cfr. Lc 15, 11-32), os filhos arrependidos retornarão com o coração contrito e humilhado à “casa paterna”, e Nossa Senhora triunfará, estabelecendo seu Reino nesta Terra, purificada pelas punições divinas.

Em artigo publicado na “Folha de S. Paulo” (6-8-1972), intitulado “Lágrimas, Milagroso Aviso” (vide sua íntegra à p. XX), o Prof. Plinio nos ajuda a interpretar aquela pungente lacrimação de Nossa Senhora: um aviso à humanidade prevaricadora por permanecer surda à Mensagem revelada por Ela em 1917.

Quem ousaria perguntar por que chorais?

50 anos depois, líderes da maioria das nações procuram extirpar os restos de sociedade orgânica da antiga Cristandade edificada por Nosso Senhor Jesus Cristo ao preço de seu Preciosíssimo Sangue. Pode-se dizer que quase todos os dias se estabelecem leis para desfigurar a Cristandade, a ponto de sua fisionomia não ser mais reconhecível no mundo contemporâneo. Disso, apenas um exemplo em um só país: em fevereiro último, a Corte Constitucional colombiana descriminalizou o aborto até a 24ª semana de gestação. Agora se pode matar um bebê de seis meses naquele país sem que isso seja considerado um delito. Como se sabe, muitas crianças nascem prematuramente com essa idade…

         No dia 20 último, diversos jornais publicaram a trágica notícia: “Ex-guerrilheiro é eleito presidente da Colômbia”. Os periódicos também afirmaram que “é a primeira vez na História que um candidato de esquerda vence a principal disputa eleitoral do país”. De fato, eles deveriam noticiar que é de “de extrema esquerda” ou comunista, pois o novo presidente, Gustavo Petro, militou como guerrilheiro do M-19. Seu governo será formado com outros partidos de esquerda, inclusive com políticos que “foram” terroristas das FARC. Triste Colômbia, agora com um presidente alinhado às miseráveis Cuba e Venezuela.

Agora, todos aqueles itens que elencamos no subtítulo acima: “Meio século depois…” — aquele indigesto e longo “desfile” de ignomínias — serão postos em marcha de modo radical, acelerando o processo de decomposição da Colômbia “petrista”. Assim, em breve, veremos colombianos — à maneira dos pobres venezuelanos — fugindo do país e vindo para o Brasil e outras nações. Não permita Deus que aqui um novo governo petista tome o poder. Se tal desgraça acontecer, serão brasileiros que daqui estarão fugindo…

Todos esses tristes fatos só podem contribuir para que a Santíssima Virgem chore.

A liturgia católica atribui a Nossa Senhora a lamentação do Profeta Jeremias: “Ó vós todos os que passais pelo caminho, parai e vede se há dor semelhante à minha dor” (Lam 1, 12).

Nesse mesmo sentido, da Via Sacra composta por Plinio Corrêa de Oliveira, publicada nesta revista (edição de março de 1951), copiamos um trecho lapidar:

“Quem, Senhora, vendo-Vos assim em pranto, ousaria perguntar por que chorais? Nem a Terra, nem o mar, nem todo o firmamento poderiam servir de termo de comparação à vossa dor. Dai-me, minha Mãe, um pouco, pelo menos, desta dor. Dai-me a graça de chorar a Jesus com as lágrimas de uma compunção sincera e profunda.

“Sofreis em união a Jesus. Dai-me a graça de sofrer como Vós e como Ele. Vossa dor maior não foi por contemplar os inexprimíveis padecimentos corpóreos de vosso Divino Filho. Que são os males do corpo, em comparação com os da alma? Se Jesus sofresse todos aqueles tormentos, mas ao seu lado houvesse corações compassivos! Se o ódio mais estúpido, mais injusto, mais alvar, não ferisse o Sagrado Coração enormemente mais do que o peso da Cruz e dos maus tratos feriam o Corpo de Nosso Senhor! Mas a manifestação tumultuosa do ódio e da ingratidão daqueles a quem Ele tinha amado… a dois passos, estava um leproso a quem havia curado… mais longe, um cego a quem tinha restituído a vista… pouco além, um sofredor a quem tinha devolvido a paz. E todos pediam a sua morte, todos O odiavam, todos O injuriavam. Tudo isto fazia Jesus sofrer imensamente mais do que as inexprimíveis dores que pesavam sobre seu Corpo.”

Nossa Senhora como Rainha que está sendo destronada

Recentemente uma professora apresentou aos alunos de um colégio carioca um cartaz com Nosso Senhor Crucificado e a inscrição: “Bandido bom é bandido morto” 

Se desejamos reparar nossa indiferença em relação àquelas sublimes lágrimas da Rainha dos Anjos e dos Homens e nossa ingratidão às graças recebidas, não podemos assistir de braços cruzados tantas afrontas e ultrajes perpetrados contra Deus e a Santíssima Virgem por nossos contemporâneos. Recentemente, para dar apenas só mais um exemplo, num colégio carioca uma professora apresentou aos alunos um cartaz no qual aparece Nosso Senhor Crucificado e a inscrição: “Bandido bom é bandido morto” [foto ao lado?]. Tal infâmia dispensa comentários, mas esta é apenas uma notícia de incontáveis outras sobre afrontas e ultrajes com que O injuriam e ridicularizam em filmes, novelas, shows, exposições “de arte”, teatros com representações profanas, sacrílegas e blasfemas.

         Considerando esses virulentos ataques — feitos por vezes até em ambientes católicos com permissão de altas figuras do clero progressista e esquerdista que promove uma autodemolição da Igreja —, não podemos abandonar Nosso Senhor e Sua Mãe puríssima; precisamos, além de desagravar os ofendidos, sair a campo em defesa de seus santíssimos Nomes. Ou vamos abandoná-Los e continuar de braços cruzados?

         Uma metáfora nos proporciona uma clara visão dessa trágica situação. Ela foi expressa pelo Prof. Plinio em uma conferência no dia 26 de fevereiro de 1966:

Nossa Senhora é como uma Rainha que está sentada no seu trono. A sala está cheia de inimigos. Os inimigos já Lhe arrancaram o dossel, já tiraram da sua fronte veneranda a coroa de glória a que Ela tem direito, já Lhe arrancaram das mãos o cetro. Ela está amarrada para ser morta.

“Dentro dessa sala cheia de gente poderosa, armada, influente — todos diante da Rainha, que não faz outra coisa senão chorar —, há também um pugilo de fiéis, e Ela evidentemente olha para tais fiéis.

“Assim, ou este olhar faz em nós o que o olhar de Jesus fez em São Pedro, ou não há mais nada para dizer…

“A Rainha vai ser arrancada do trono. Pergunta-se: o que nós vamos fazer? Nesta hora de tal olhar, isso não me interessa? Este olhar não me sensibiliza?

“Poder-se-ia então perguntar: Quem sou eu? Eu sou o homem para quem Nossa Senhora olhou!

“Mas serei o homem a quem Ela terá olhado em vão?”

Fidelidade à mensagem que o milagroso pranto significa

50 anos depois das lágrimas de advertência ao mundo, supliquemos a Nossa Senhora Rainha dos Corações que não permita que façamos parte do imensíssimo número de prevaricadores para os quais Ela olhou em vão, insensíveis ao “milagroso aviso”. E se em algum momento fomos indiferentes às suas lágrimas de dor, que Ela nos perdoe e nos dê fidelidade à mensagem que seu pranto significa, arranque de nossas almas essa indiferença, conceda-nos um coração contrito e humilhado, e nos prepare para o castigo — muito merecido, uma vez que não houve a conversão pedida reiteradamente — que se abaterá sobre todo o gênero humano como profetizado na Cova da Iria em 1917.

Que Ela misericordiosamente nos coloque no número daqueles de seus filhos que A defendem e lutam pelo restabelecimento da nova ordem católica no mundo — a renovação espiritual de toda a humanidade —,ou seja, pela restauração da Cristandade com o advento do Reino de Maria nesta Terra, que será a plenitude do Reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme profetizou o grande missionário francês do século XVIII, São Luís Maria Grignion de Montfort:

“Ah! quando virá este tempo feliz em que Maria será estabelecida Senhora e Soberana nos corações, para submetê-los plenamente ao império de seu grande e único Jesus? […] Então, coisas maravilhosas acontecerão neste mundo […]. Quando chegará esse tempo feliz, esse século de Maria, em que inúmeras almas escolhidas, perdendo-se no abismo de seu interior, se tornarão cópias vivas de Maria, para amar e glorificar Jesus Cristo? Esse tempo só chegará quando se conhecer e praticar a devoção que ensino, ‘Ut adveniat regnum tuum, adveniat regnum Mariae’”*. (Que venha o Reino de Maria, para que assim venha o vosso Reino – ou seja, o Reino de Jesus Cristo).

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* Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, São Luís Maria Grignion de Montfort, Editora Vozes, Petrópolis, 1961, VI edição, tópico 217, pp. 210-211.

Fonte: Revista Catolicismo, Nº 859, Julho/2022. 

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