Liberdade religiosa – II

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    Eis a segunda e última parte do artigo “A ciência e o indiferentismo religioso” (“O Legionário” n.º 61, 13 de julho de 1930), do Professor Plinio Corrêa de Oliveira.

    I – O Estado indiferente é impossível de realizar na prática

    Aliás, entendo que o Estado indiferente só existe em tese. Na prática, é absolutamente impossível realizá-lo.
    Quando o Estado oficialmente agnóstico ou indiferente é governado por protestantes, será protestante, e quando governado por católicos, será católico.

    De fato, a pessoa do crente não pode ser separada da pessoa do homem de Estado. Quem tem uma determinada crença, aceita para com esta deveres superiores a outros quaisquer, e não deixará sua Fé para governar contra os princípios os mais caros a seu coração.

    Assim, por exemplo, o governador católico será sempre favorável a todas as leis justas, tendentes a defender o país contra o comunismo. Não reatará, em hipótese alguma, relações comerciais com os soviets. Manterá, em qualquer hipótese, uma embaixada junto ao Vaticano. Será sempre contrário ao divórcio a vínculo. Facilitará tudo à Igreja. Agirá, enfim, como crente.

    Um protestante, pelo contrário, poderá, usando de seu direito de livre interpretação da Bíblia, não enxergar incompatibilidade alguma entre sua religião e o comunismo.

    Daí o admitir, em tese, a possibilidade de um reatamento diplomático com os soviets. Entenderá, por outro lado, que o divórcio a vínculo é um bem, e representa um progresso que, a todo o custo, deve ser introduzido em nossa legislação. Facilitará tudo ao protestantismo.

    O homem que professa uma opinião religiosa ou irreligiosa, uma vez no poder, continuará a aplicar seus princípios.

    Logo, o Estado nunca será leigo. Será protestante, quando governado por protestantes, católico, quando dirigido por católicos, e ateu quando dirigido por ateus.

    Logo, é irrealizável o Estado indiferente, leigo.

    II – É de vantagem para o Estado oficializar uma igreja?

    É indiscutível que a maior parte das religiões exerce uma influência benéfica sobre a moralidade geral. Claro está que a única religião que é moralizadora em toda a extensão da palavra é a católica. Já o reconhecia o próprio Augusto Comte.

    No entanto, este mesmo filósofo entendia, com razão, que as outras religiões, embora muito menos moralizadoras, eram sempre um fator de preservação contra o mal.

    E isto o reconhecem mesmo todos os inimigos da Igreja Católica, todos os ateus, todos os materialistas.
    Logo, o Estado tem vantagem em oficializar e amparar a Igreja da maioria, porque assim defende e desenvolve a moralidade pública.

    III – É o sistema de oficialização vantajoso à Igreja Católica?

    Conta o Dr. Lacerda de Almeida que Gladstone, o grande estadista inglês, resolveu certa vez transformar a Inglaterra em Estado indiferente.

    Para isto, seria necessário despojar o anglicanismo de suas prerrogativas de religião de Estado. Contava, pois, o eminente político, com o apoio dos católicos.

    Para poder obter este apoio, foi ele ter com o Cardeal-Arcebispo católico de Londres, cujo auxílio pediu.
    O Cardeal, porém, negou-se peremptoriamente a auxiliar o ministro britânico. Dizia ele que mais vantajoso era para o Catolicismo o ter oficializada uma religião inimiga, a ter, prestigiado pelo Estado, o agnosticismo. E isto porque, dizia ele, enquanto o anglicanismo formava protestantes, o agnosticismo formava ateus e materialistas.

    Não nos podemos, infelizmente, estender mais sobre o assunto, porque já está muito extenso este artigo. No entanto, julgamos que a palavra do ilustre Cardeal Newman é plenamente suficiente para demonstrar que o agnosticismo é mais prejudicial para o Estado do que qualquer outra forma de relações entre a autoridade civil e o problema religioso.

    Demonstramos nossas premissas.

    Resta, agora, chegar, não somente à conclusão, que se impõe com evidência incontestável, como também lembrarmo-nos que o Brasil, este país católico, é oficialmente agnóstico!!!

    Estamos em um momento de reivindicações católicas. Não percamos de vista a grande conquista católica da Igreja oficializada, não como no tempo do Império, cheia de peias e de embaraços, mas em bases verdadeiramente vantajosas para o sublime Credo que adotamos.

    http://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20300713_Aci%C3%AAnciaeoindiferentismoreligioso.htm
    http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/09/19/cinco-mil-pessoas-fazem-caminhada-no-rio-para-defender-liberdade-religiosa.jhtm

    10 COMENTÁRIOS

    1. Afonso Sutille. que Deus te perdoe por tanta mentira e difamação tendenciosa contra a pessoa de Martinho Lutero. Talvez um dia você acorde e abra os olhos para o tamanho pecado de INTOLERANCIA e PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA que pratica em tua vida. Deus te ilumine. Sou luterano e estou abismado com tanto lixo que saiu de seus dedos neste blog.

    2. Caros leitores deste site.
      Para analisar e compreender os fatos históricos de qualquer personagem do passado é necessário fazer uma pesquisa objetiva, desapaixonada e não tendenciosa.
      Quando os senhores escrevem a respeito de Martinho Lutero (Martin Luther), revelam a inobservância dos princípios básicos que norteiam uma boa e honesta pesquisa histórica.
      Afirmar, por exemplo, que Lutero se enforcou e morreu bêbado é no mínimo ignorância histórica, para não dizer que é uma ignorância apaixonada na tentativa de empanar a maravilhosa obra que DEUS realizou através de Lutero e outros personagens da história. Lutero faleceu em 1546. Na lápide do seu túmulo está escrito: “Aqui jaz Martinho Lutero, doutor em teologia, falecido bem-aventurado no ano de 1546 de nosso Senhor Jesus Cristo, Eisleben, sua cidade Natal, com a idade de 63 anos, 2 meses e 10 dias”. Isto está escrito. O respeito aos fatos históricos faz bem a todos!
      Adotar uma metodologia científica faz bem a todos os que querem encontrar as verdades históricas.
      Além do mais, sou muito grato por DEUS ter feito a obra da restauração da verdade bíblica, que estava sendo ocultada pela igreja dominante da época. O puro e verdadeiro EVANGELHO da salvação pela graça de Cristo foi reafirmado, conforme consta nas Sagradas Escrituras.
      Algumas reconquistas bíblicas através da Reforma (Lutero e outros):
      1. Salvação pela fé em Jesus Cristo, não por obras das pessoas – Esta é uma reafirmação bíblica.
      2. Santa Ceia: pão (hóstia) e vinho para TODOS! Presença real de Cristo na Santa Ceia, e não transubstanciação e não simbolismo. Junto com e sob o pão e o vinho o comungante preparado recebe o corpo e sangue de Jesus Cristo para perdão dos pecados, vida e salvação.
      3. Jesus Cristo, Deus e homem, é o ÚNICO Mediador entre Deus e os homens. A Bíblia condena todas as tentativas de comunicação com mortos e a adoração a imagens ou pessoas falecidas.
      Muitas outras reconquistas poderiam ser aqui citadas. Bastam estas para constatar a grande obra de DEUS através de seu servo Martinho Lutero e outros.
      Rogo a Deus que ilumine a todos para que se submetam ao que está escrito nas Escrituras Sagradas e não distorçam a própria história.
      Martinho Sonntag – Pastor da IELB (Igreja Evangélica Luterana do Brasil), em Florianópolis.

    3. @José Lorêdo de Souza Filho

      Caros leitores deste site.
      Para analisar e compreender os fatos históricos de qualquer personagem do passado é necessário fazer uma pesquisa objetiva, desapaixonada e não tendenciosa.
      Quando os senhores escrevem a respeito de Martinho Lutero (Martin Luther), revelam a inobservância dos princípios básicos que norteiam uma boa e honesta pesquisa histórica.
      Afirmar, por exemplo, que Lutero se enforcou e morreu bêbado é no mínimo ignorância histórica, para não dizer que é uma ignorância apaixonada na tentativa de empanar a maravilhosa obra que DEUS realizou através de Lutero e outros personagens da história. Lutero faleceu em 1546. Na lápide do seu túmulo está escrito: “Aqui jaz Martinho Lutero, doutor em teologia, falecido bem-aventurado no ano de 1546 de nosso Senhor Jesus Cristo, Eisleben, sua cidade Natal, com a idade de 63 anos, 2 meses e 10 dias”. Isto está escrito. O respeito aos fatos históricos faz bem a todos!
      Adotar uma metodologia científica faz bem a todos os que querem encontrar as verdades históricas.
      Além do mais, sou muito grato por DEUS ter feito a obra da restauração da verdade bíblica, que estava sendo ocultada pela igreja dominante da época. O puro e verdadeiro EVANGELHO da salvação pela graça de Cristo foi reafirmado, conforme consta nas Sagradas Escrituras.
      Algumas reconquistas bíblicas através da Reforma (Lutero e outros):
      1. Salvação pela fé em Jesus Cristo, não por obras das pessoas – Esta é uma reafirmação bíblica.
      2. Santa Ceia: pão (hóstia) e vinho para TODOS! Presença real de Cristo na Santa Ceia, e não transubstanciação e não simbolismo. Junto com e sob o pão e o vinho o comungante preparado recebe o corpo e sangue de Jesus Cristo para perdão dos pecados, vida e salvação.
      3. Jesus Cristo, Deus e homem, é o ÚNICO Mediador entre Deus e os homens. A Bíblia condena todas as tentativas de comunicação com mortos e a adoração a imagens ou pessoas falecidas.
      Muitas outras reconquistas poderiam ser aqui citadas. Bastam estas para constatar a grande obra de DEUS através de seu servo Martinho Lutero e outros.
      Rogo a Deus que ilumine a todos para que se submetam ao que está escrito nas Escrituras Sagradas e não distorçam a própria história.
      Martinho Sonntag – Pastor da IELB (Igreja Evangélica Luterana do Brasil), em Florianópolis.

    4. Esclarecimentos á Sr. Clebia Contao.
      Eis alguns dados históricos da triste vida do fundador do protestantismo, e de seu fim trágico, depois de uma de suas muitas bebedeiras serestais com príncipes amigos.
      Martinho Lutero nasceu em Eisleben, na Sax�?nia (Alemanha) em 1483, e p�?s fim à próprio vida em 1546, cerca de 25 anos após a sua revolta contra a Igreja de Nosso Senhor. Sua mãe Margarida foi muito religiosa, porém, muito supersticiosa e dada a bruxarias e encantamentos, o que influiu muito no comportamento do filho. O jovem Lutero, depois de seus estudos de humanidades nas escolas locais de Mansfeld, foi estudar filosofia e direito na Universidade de Erfurt, onde se formou, no ano de 1505. Em junho deste ano entrou para o Convento dos Agostini anos, “não por vocação, mas por medo da morte”. Ele mesmo falou várias vezes desse “medo da morte” que determinou a sua entrada na religião, como o veremos.

      LUTERO HOMICIDA
      O Dr. Dietrich Emme, em seu livro: “Martinho Lutero – sua juventude e os seus anos de estudos, entre 1483 e 1505″, Bonn, 1983, afirma que Lutero entrou no Convento só para não ser submetido à justiça criminal, cujo resultado teria sido, provavelmente, a pena de morte, por ter matado em duelo um seu colega de estudos chamado Jer�?nimo Buntz. Daí o seu “medo da morte” ao qual se referia freq�?entemente. Então um amigo o aconselhou a se refugiar no Convento dos Eremitas de Santo Agostinho, que então gozava do direito civil de asilo, que o colocava ao abrigo da justiça. Foi aí que se tornou monge e padre agostiniano.
      Lutero parecia ter-se convertido. Mas não. Sempre perturbado e contraditório, ele se declara réu confesso em uma prédica em 1529: “Eu fui monge, eu queria seriamente ser piedoso. Ao invés, eu me afundava sempre mais: eu era um grande trapaceiro e homicida” (WAW, 29, 50, 18). E um discurso transcrito por Veit Dietrich, afirma: “Eu me tornei monge por um desígnio especial de Deus, a fim de que não me prendessem; o que teria sido muito fácil. Mas não puderam porque a Ordem se ocupava de mim” (isto é, os superiores do Convento o protegiam) (WA Tr 1, 134, 32). Portanto, Lutero foi réu de um homicídio que cometeu quando era estudante em Erfurt. E segundo os seus biógrafos, o motivo teria sido despeito por ter o seu colega obtido melhor nota nos exames.

      LUTERO ÉBRIO E ÍMPIO
      Ele o confessa: “Eu aqui me encontro insensato, e endurecido, ocioso e bêbado de manhã à noite�? Em suma, eu que devia ter fervor de espírito, tenho ferv or da carne, da lascívia, da preguiça e da sonolência”. No entanto, chamava o Papa de “asno”.
      Sobre a oração dizia: “Eu não posso rezar, mas posso amaldiçoar. Em lugar de dizer ‘santificado seja o vosso nome’, direi: ‘maldito e injuriado seja o nome dos papistas�?, que o papado seja maldito, condenado e exterminado’. Na verdade é assim que rezo todos os dias sem descanso”.
      Sobre os mandamentos, dizia: “Todo o Decálogo deve ser apagado de nossos olhos, de nossa alma e de nos outros tão perseguidos pelo diabo�? Deves beber com mais abundância, e cometer algum pecado por ódio e para molestar ao dem�?nio�?”. Lutero não só afirmava que as boas obras nada valem para a salvação como as amaldiçoava.
      Mas sobre o pecado, ele dizia: “Sê pecador e peca fortemente, mas crê com mais força e alegra-te com Cristo vencedor do pecado e da morte�? Durante a vida devemos pecar”.
      Sobre a castidade, Lutero incentivou os monges, sacerdotes e religiosas a saírem de seus Conventos e se casarem. “O celibato – dizia – é uma invenção maldita” – “Do mesmo modo que não posso deixar de ser homem, assim não posso viver sem mulher”.
      Sobre a Virgem Maria, “a caneta” recusa a escrever as blasfêmias que proferiu contra a sua pureza (originalmente este texto foi publicado em forma de folheto, Nota do Editor).
      Sobre Jesus Cristo, afirma que “cometeu adultério com a samaritana no poço de Jacó, com a mulher adúltera que perdoou�?, e com Madalena�?”.
      Sobre Deus: “Certamente Deus é muito grande e poderoso, bom e misericordioso�?, mas é muito estúpido; é um tirano”.
      Seu último sermão em Wittenberg, em maio de 1546, foi um furioso ataque contra o Papa, o sacrifício da Missa e o culto a Nossa Senhora.

      LUTERO SUICIDA
      Lutero tinha um temperamento extremamente mórbido e neurótico. Depois de sua revolta contra a Igreja, a sua neurose atingiu os limites extremos. Estudos especializados lhe atribuem uma “neurose de angústia gravíssima”, do tipo que leva ao suicídio (Roland Dalbies, em “Angústia de Lutero”).
      O suicídio de Lutero é afirmado tanto por católicos como por protestantes. Eis o depoimento do seu criado, Ambrósio Kudtfeld, que mais tarde se tornou médico:
      “Martinho Lutero, na noite que antecedeu a sua morte, se deixou vencer por sua habitual intemperança, e com tal excesso, que fomos obrigados a carregá-lo totalmente embriagado, e colocá-lo em seu leito. Depois nos retiramos ao nosso aposento sem pressentir nada de desagradável. Pela manhã vo ltamos ao nosso patrão para ajudá-lo a vestir-se, como de costume. Mas, que dor! Vimos o nosso patrão Martinho pendurado de seu leito e estrangulado miseramente.
      “Tinha a boca torta e a parte direita do rosto escura; o pescoço roxo e deformado. Diante de tão horrendo espetáculo, fomos tomados de grande terror. Corremos sem demora aos príncipes, seus convidados da véspera, para anunciar-lhes aquele execrável fim de Lutero. Eles ficaram aterrorizados como nós. E logo se empenharam com mil promessas e juramentos, que observássemos, sobre aquele acontecimento, eterno silêncio, e que colocássemos o cadáver de Lutero no seu leito, e anunciássemos ao povo que o ‘Mestre Lutero’ tinha improvisamente abandonado esta vida”.
      Este relato do suicídio de Lutero foi publicado em Anversa, no ano de 1606, pelo sensato Sedúlius. Dois médicos comprovaram os sintomas de suicídio rela tados pelo seu doméstico Kudtfeld. Foram eles Cester e Lucas Fortnagel. As informações desse último foram publicadas pelo escritor J. Maritain, em seu livro: “Os Três Reformadores”. Nesse livro o autor oferece ainda uma impressionante lista de amigos e companheiros de Lutero que se suicidaram.
      Portanto, irmãos separados da Igreja Católica por esse falso e ébrio reformador, abram os olhos, e voltem à verdadeira Igreja de Jesus Cristo. É fácil de reconhecê-la. Está claro nos Santos Evangelhos que a verdadeira Igreja de Cristo é uma só (Mt. 16, 16). E o que aí lemos: “Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja“. (Cf “Folhetos Católicos” – nº 1).
      Inútil imaginar que Cristo apontava para Si quando falava a Pedro. Sabemos que Cristo é a “Pedra Angular” principal da sua Igreja. Mas Ele tornou a Pedro participante dessa sua condição. Suas palavras “s� �o palavras de vida e de verdade”. Só Ele, como único Mediador “de Redenção” (1 Tim 2, 5-6), p�?de fundar, e realmente fundou a sua única e verdadeira Igreja tendo também por fundamento visível, neste mundo, a Pedro e seus sucessores, os Papas. Como há um só Senhor, uma só Fé, um só batismo (E.F. 4, 5), também uma só tem que ser a Igreja desse único Senhor. É a Igreja dos primeiros cristãos, é a Igreja dos mártires, é a Igreja católica de sempre, a única que é Apostólica, porque é a única que vem desde os Apóstolos.
      É a única que existiu desde Cristo e dos Apóstolos até Lutero, e até hoje, e que existirá “até o fim dos séculos” (Mt 28, 28-30). Ao passo que as dos protestantes são “uma legião”. Elas começaram a partir desse falso reformador, no ano 1521, que foi o primeiro a se atreve r a fazer o que só Deus pode fazer: fundar uma religião. A 1ª das religiões dessa “legião” de igrejas chamou-se igreja luterana. Mas, já no tempo de Lutero, alguns luteranos imitaram o seu mau exemplo.
      Assim, Calvino fundou o calvinismo em Genebra. Logo surgiram os anabatistas, os anglicanos, os batistas, os metodistas, etc.etc. (Cf. “Folhetos Católicos”, nº 14). Calcula-se hoje em vários milheiros o número de seitas oriundas dos erros luteranos. E hoje a sua nova versão, com as suas “Lojas da bênção”, praticando um verdadeiro curandeirismo de Bíblias na mão. A má semente semeada pelo ébrio e neurótico monge continua a produzir seus maus frutos.

    5. A sra. Clebia Contao engana-se quando diz que nós, católicos, falamos “tão mal dos cristãos protestantes”.

      Ressaltar nossas sérias e irreconciliáveis divergências doutrinárias com os protestantes não é, de modo algum, “falar mal”, se se entende por “falar mal” a calúnia, o deboche ou a injúria.

      O trecho do artigo do prof. Plínio Corrêa de Oliveira, em função do qual a sra. Clebia Contao escreveu o seu comentário, certamente deve ter sido o seguinte:

      “Um protestante, pelo contrário, poderá, usando de seu direito de livre interpretação da Bíblia, não enxergar incompatibilidade alguma entre sua religião e o comunismo.

      Daí o admitir, em tese, a possibilidade de um reatamento diplomático com os soviets. Entenderá, por outro lado, que o divórcio a vínculo é um bem, e representa um progresso que, a todo o custo, deve ser introduzido em nossa legislação. Facilitará tudo ao protestantismo.”

      Em nenhum momento o prof. Plínio afirmou que algum membro da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (na qual congrega a sra. Clebia), uma vez no Poder, reataria nossas relações diplomáticas com a União Soviética ou advogaria a introdução em nossa legislação do divórcio a vínculo.

      O que disse o prof. Plínio foi que, uma vez no Poder, algum protestante poderia pleitear o reatamento do Brasil com país imperialista ou a implantação do divórcio, em decorrência da doutrina de sua igreja, se esta assim entendesse as relações entre as soberanias nacionais e a natureza da família.

      Nós sabemos que a proliferação das seitas protestantes é fruto do famoso livre exame da Bíblia, propagado por Lutero, e consequente negligência da Tradição (em consonância com a qual o Magistério Superior da Igreja Católica interpreta as Escrituras). Desse modo, qualquer “obreiro” de esquina pode realçar certo aspecto dos textos sagrados e fundar a sua “igreja”.

      A ponderação do prof. Plínio, com a habitual lucidez, está, portanto, no plano das possibilidades, e não em sentido concreto. Mesmo porque, em se tratando de protestantismo, não existe uma unidade doutrinal (exceto com relação à desobediência a Roma), de modo que jamais o prof. Plínio, estudioso refinado e professor de história, poderia se reportar a ele como um bloco monolítico e coeso.

      Nós, católicos, não colocamos em xeque a boa-fé de certas igrejas protestantes, luteranas ou não, o que não nos impede de, submetidos à doutrina dos papas e dos doutores, frisarmos o abismo que nos separa delas. E diferente não poderia ser.

      Por falar em Lutero, já que a sra. Clebia Contao demonstrou, simultaneamente, tanta admiração pelo escandaloso herege alemão e apego às leis de Deus, tomo a liberdade de lhe perguntar para onde ela imagina que o sr. Martinho Lutero foi após a morte terrena, ocasionada pelo seu suicídio por enforcamento depois de uma bebedeira.

      Qualquer cristão, mesmo o mais humilde, mesmo o de inteligência não muito robusta, baseado nos Dez Mandamentos de Deus confiados a Moisés, tem a resposta na ponta da língua.

      Vejamos o que dirá (se é que dirá) a sra. Clebia, luterana entusiasmada…

    6. Prezado articulista

      Notavel artigo do saudoso Prof.Plinio na década de 30 do século passado.

      Entretanto a época nao havia ainda se manifestado o fenomeno nefasto e antisocial e patologico do Fundamentalismo religioso nos moldes a obstar o livre direito do Homem a fé religiosa.

      Que leva a atentados inaceitaveis e brutais contra a Vida humana, e a toda Carta de Direitos do Homem da ONU.
      Portnato enquanto não for eliminado da sociedade mundial tal fenomeno pseudo religioso e inaceitavel jamais poderemos falar em bom senso em Liberdade religiosa.

      No mais tudo que discutir-se a exaustão na matéria em tela sera em vão e mera e tola filosofia humana…

    7. Olá!
      Sou cristã protestante. Gongrego na igreja
      EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL. Que foi um grande
      marco da história do cristianismo por MARTIM LUTERO que
      lutou muito para que o povo podesse ler AS ESCRITURAS SAGRADAS.
      Desde pequena, aprendi que devemos amar a Deus acima
      de todas as coisas, amar ao meu próximo como a mim mesmo
      participar da santa ceia que é O CORPO E O SANGUE DE JESUS dado e derramado para remissão
      dos nossos pecados. Nunca aprendi ou aprendemos a interpretar
      a Biblia como foi comentado acima. Mas conforme a vontade e ordenança de
      Deus .
      Somos contra o adultrerio, somos contra o divorcio, somos contra
      casamentos homossexuais, e todo tipo de orgia que
      fere o ESPIRITO SANTO DE DEUS POIS ESSE É PECADO SEM PERDAO.
      Somos contra não por sermos contra por opinião nossa
      mas porque esta na Biblia que estas coisas são pecados
      e Deus abomina o pecado mas ama o pecador que somos
      todos nós.
      Não sei porque falar tão mal dos cristãos protestantes, sendo
      que na verdade somos todos coerdeiros juntamente com Jesus Cristo
      das bênçãos dos céus , isto é todos que crêem em Jesus Cristo
      Como unico e exclusivo Salvador .

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