Produtor familiar e produtor empresarial
Hélio Brambilla
Os dados que citei no artigo anterior desmerecem outros produtores menores? – Absolutamente não!
O professor Marcos Fava Neves (FEA/USP – Campus Ribeirão Preto), em artigo para a Folha de São Paulo (25/09/2010), desmente com maestria os que querem contrapor o produtor familiar ao empresarial, sobretudo no “vale tudo” dos programas eleitorais.
Comenta: “É importante que essas lideranças que criticam o agronegócio entendam que esse conceito foi criado em 1957 nos Estados Unidos (apenas em 1990 no Brasil) para dar o caráter de integração a agricultura“.
“Agricultura integrada com o comércio, com a indústria, com os serviços, com as pesquisas, com os insumos e com os produtores. Na definição, não existe a palavra ‘tamanho’. É preciso entender que agronegócio não significa algo grande e sim algo ‘integrado’”.
É voz corrente que com a posse de 20 hectares um produtor no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ganha mais com a avicultura ou com a suinocultura integrada a uma cooperativa ou às grandes processadoras de carne.
Eles possuem um padrão de vida bem melhor que os pequenos e médios fazendeiros do centro-oeste.
Falando recentemente para um seleto auditório em São Paulo, a senadora Kátia Abreu, presidente da CNA, apresentou estatística mostrando que dos cinco milhões de proprietários rurais brasileiros, 1.500.000 produzem 70%, 2.500.000 produzem 6% e 1.000.000 produzem os restantes 24%.
Os primeiros não são apenas proprietários de grandes extensões de terras, mas pequenos e médios produtores integrados ao agronegócio. Proporcionalmente eles produzem mais que os grandes proprietários.
Os 2.500.000 seguintes são os que mantêm apenas uma chácara de lazer ou um pequeno sítio com um casal de aposentados. Somam-se a estes mais de 1 milhão de assentados da Reforma Agrária vivendo nas suas “favelas rurais”, à custa dos programas sociais do governo federal, onde apenas alguns poucos prosperam.
Os terceiros são os produtores “marcha lenta”, que trabalham sem maiores pretensões que ter uma vida digna, tranqüila, produzindo, mas em menor escala.
A propósito desse igualitarismo socialista, cabe citar textualmente trecho do trabalho do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira condenando o projeto autogestionário do Partido Socialista francês, o que farei no post seguinte.
(Continua…)
Limitar a propriedade é o mesmo que tentar limitar a inteligência humana, o talento artístico, científico, musical ou qualquer outro; é reduzir a capacidade de expansão de um bom ou excepcional empresário, ordenando-lhe: daí você não pode passar.
É uma aberração e um absurdo gerados em cérebros comunistas, que têm tendência genética a controlar toda e qualquer atividade ou relações humanas. Thomas Edson, por exermplo, o fundador da multinacional General Electric, que fabrica de lâmpadas a locomotivas, só tinha a 4ª série primária e foi pobre. Henry Ford, fundador da multinacional Ford Motors, foi pobre até os 35 anos. José Alencar, o vice-presidente, é o maior produtor têxtil do país e só tem a 4ª série primária. Há fazendeiros de grande extensão de terras e altamente produtores que mal sabem ler.
Mas são gente diferente das pessoas comuns e principalmente de quem tem cérebro contaminado pelo comunismo, pois têm muita energia pessoal, acordam cedo a vida inteira, pensam o tempo todo em um modo de melhorar sua produção, não conhecem férias ou horas de lazer, têm ideias brilhantes e arriscam sempre a poupança acumulada em novos negócios ou oportunidades, às vezes perdem tudo mas não desanimam nunca e começam tudo de novo.
São os verdadeiros motores do mundo livre, caçam o sucesso o tempo todo e beneficiam todas as pessoas com produtos ou serviços de qualidade. E quanto mais pessoas assim, mais concorrência, mais qualidade e menor preço, de tudo. Assim funciona uma sociedade de homens livres e orgulhosos de si.
Radicalmente oposta é a sociedade comunista: Os líderes, os tiranos que nunca trabalharam e só fizeram greve, e revoluções, pregando a tomada dos bens alheios, vivem com todo o conforto e acesso aos bens do capitalismo que eles tanto odeiam e invejam; as pessoas comuns, por sua vez, transformam-se em mortos-vivos, múmias dependentes eternas de cestas básicas e bolsas-família, caem na preguiça e na indolência, perdem a iniciativa, o impulso de correr atrás do próprio progresso, perdem a altivez, o amor-próprio, enfim, perdem a dignidade. Transformam-se nas “massas”, que é a palavra preferida dos comunistas para referir-se às pessoas.
E dai…????!!!! A terra é de quem a comprou e pagou!!!!! Faça dela o que quiser!!!
Nós da colonia nipônica somos conhecidos por desenvolver uma agricultura de pequeno porte em torno de cidades grandes compondo o que se chama cinturão verde e somos o que oferecemos verduras e frutas frescas.
Muito bom, esclarecedor e desmistificante.