LOURDES E O FUTURO DOGMA

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Muito se poderia dizer a respeito da devoção a Nossa Senhora de Lourdes, mas um dos aspectos insuficientemente acentuado — verdade fundamental para o Reinado de Maria — é Ela enquanto Medianeira de todas as Graças.

Pela sua própria natureza humana, Nossa Senhora não tem mais poder do que nós sobre os astros, sobre os homens. Ela está infinitamente abaixo de Deus, mas Ele a estabeleceu como Rainha de todos os anjos, santos, homens, de todo o mundo material e, ao mesmo tempo, dominadora terribilíssima e completa sobre o demônio. Para isso Ela precisa obter as graças de Deus.

Nas aparições de Lourdes pode-se estudar a presença da ideia da mediação universal das graças e do Reinado de Maria. Isso de modo especial se pode dizer debaixo de um título: Nosso Senhor Jesus Cristo desejou essa fecundidade de milagres operados no santuário de Lourdes.

Na França, por exemplo, há um outro santuário magnífico consagrado ao Sagrado Coração de Jesus, que é o Santuário de Paray-le-Monial, onde Nosso Senhor fez suas revelações a Santa Margarida Maria Alacoque.

Ele poderia perfeitamente fazer com que essa abundância de milagres se desse lá. Poderia fazer o mesmo em todos os santuários do mundo consagrados a Ele, mas não foi o que aconteceu. Ele estabeleceu que a maior fonte de milagres na História da Igreja e do mundo fosse num santuário consagrado a Nossa Senhora.

Nosso Senhor desejou que aquelas curas todas só fossem obtidas sob a égide de sua Mãe Santíssima, depois de uma aparição d’Ela, como uma graça e mediante um pedido feito por Ela. Ele quis que todas aquelas curas estupendas passassem pelas mãos d’Ela.

Ele assim desejou também para documentar o papel de Nossa Senhora enquanto mediadora universal de todas as graças — que ainda não é dogma, mas é uma verdade. Tudo isso para ajudar os homens a compreender bem até que ponto Ela pode nos alcançar tudo.

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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 4 de fevereiro de 1965. Esta transcrição não passou pela revisão do autor. Fonte: Revista Catolicismo, Nº 854, Fevereiro/2022.

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