Manipulação da mensagem de Fátima pela Rússia

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    Jeanne Smits ex-diretora do jornal do Front National: a Rússia tenta voltar a mensagem de Fátima contra o Ocidente

    A aparição de Nossa Senhora em Fatima deixou uma espada encravada no cerne da Revolução anticristã.

    Os católicos receberam a advertência de que como castigo para a impenitência “a Rússia espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja”. Cfr. “Fátima: Mensagem de tragédia ou de esperança?”

    A Rússia comunista apareceu assim como o inimigo por excelência. E essa advertência se tornou mais cogente e atual neste ano centenário da aparição de Fátima.

    Jeanne Smits, ex-diretora e ex-gerente do jornal “Présent” ligado ao Front National de Marine Le Pen, partido amigo Kremlin, escreveu palpitante matéria sobre como a desinformação da “nova-Rússia” trabalha para se livrar do estigma e inverter astuciosamente os termos da denúncia profética.

    Smits publicou longo artigo a respeito em seu site Reinformation.tv.

    Segundo Smits, a manobra de guerra da informação encontrou o terreno bem preparado pela falsa ideia de que “o comunismo morreu”.

    Na fase atual, a propaganda russa tenta erigir a Moscou em bastião derradeiro do cristianismo sitiado pelos inimigos. A inversão não podia ser mais completa e contrária à razão.

    Segundo a montagem que está sendo espalhada entre muitos grupos de direita ocidentais, o comunismo inimigo de morte da Igreja Católica não existiria mais na Rússia de Putin.

    Mais ainda, essa “nova Rússia” teria passado a ser o baluarte da moral tradicional cristã diante de ideologias do tipo LGBT, de gênero, anti-vida, anti-família, etc., subprodutos do liberalismo que domina no Ocidente.

    Dessa maneira a imagem da “Rússia promotora de guerras e perseguições à Igreja” ficaria invertida. E seus erros deveriam ser apontados com exclusividade aos países da ex-civilização cristã, de berço ocidental e católico.

    Os velhos erros comunistas não foram banidos da Rússia e estão crescendo

    Smits ficou pasma vendo que alguns conhecidos dos movimentos conservadores que ela frequenta, parecem não perceber que esses erros não só não foram banidos da Rússia, mas estão se reforçando dissimulados sob vernizes enganadores.

    O ateísmo de Estado, o igualitarismo filosófico, o niilismo moral, a ditadura absoluta do relativismo são erros com que a URSS montou uma revolta suprema contra Deus, contra a verdade.

    E o comunismo bolchevique consagrou décadas para tentar instila-los nas almas dos russos com uma perversidade que supera a dos crimes de sangue massivos que também praticou.

    Esses erros produziram efeitos nefastos: por exemplo, o assassinato das crianças no ventre materno foi logo aprovado sem restrições na URSS, e a “nova-Rússia” segue praticando-o em proporções recorde.

    O aborto foi trazido aos países ocidentais e elevado à condição de “direito” pelos agentes que ciclicamente faziam romaria a Moscou para receber doutrinamento, conselho e consignas.

    Esses erros acabaram instalados em quase todos os campos da atividade da ex-Civilização Cristã ocidental em decorrência de uma avalanche de leis, portarias e costumes promovidos por esses agentes.

    Para pior penetraram na própria Igreja Católica. Essa infiltração foi tão grave que 213 padres conciliares de 54 países elevaram uma petição ao papa Paulo VI para que o Concilio Vaticano II condenasse os erros socialistas e comunistas.

    Mas, o enigmático silêncio do Concílio a esse respeito abriu as portas da Igreja para a infiltração e para a devastação. Agora a Igreja está abalada em decorrência deles.

    Número de abortos na Rússia cada 100 nascimentos em 2014, por Estado da Federação Russa

    A confusão criada pela Exortação Sinodal “Amoris laetitia” é uma recente expressão dessa infiltração dos “erros da Rússia”.

    A cultura da morte – aborto, destruição do casamento e da família, etc. – foi erigida em cultura de Estado na Rússia escravizada pela revolução bolchevista de 1917.

    No século XIX, Marx e Engels foram os teóricos alemães da utopia comunista, surgida fugazmente durante os estertores finais das Revoluções Protestante e Francesa.

    Porém quem tirou o comunismo dos livros filosóficos mais ou menos inaplicáveis e fracassados no Ocidente foi bem um russo: Vladimir Ilyich Ulyanov Lenine.

    Lenine elaborou a práxis da Revolução bolchevique, fez e comandou essa revolução, e conferiu ao comunismo um tom e um espírito incontestavelmente russo.

    Mas a expansão dos erros do comunismo russo não correu tão fácil. Ela até pareceu ameaçada e os partidos comunistas foram perdendo a capacidade de atear o ódio de classe e seduzir com sua agenda igualitária emanada de Moscou.

    Foi então a hora do pensador Antônio Gramsci. Ele formulou a via da Revolução Cultural hoje preferida pelo marxismo e seus seguidores no Ocidente, muitas vezes comodamente instalados e gordamente pagos na direção de organismos como a ONU ou a União Europeia.

    A Revolução Cultural de inspiração marxista gramsciana poderá nos levar mais longe na linha do sonho tóxico de Lenine

    Mas, o objetivo de Gramsci era um só: conseguir o que a Revolução russa fundada por Lenine tentava obter mas não estava conseguindo. E provavelmente mais longe do que o líder comunista russo sequer imaginou.

    Gramsci foi o grande pregador ocidental do método para difundir os “erros da Rússia”.

    Se a estratégia por ele concebida der certo nos conduzirá a uma situação análoga à que Lenine e os seus sonharam aplicar no ex-império dos tzares.

    Esses erros atacam as nações católicas ou apenas cristãs, e até ex-cristãs, com mais eficácia que as fórmulas escancaradamente leninistas. Mas estão encontrando crescentes recusas que comprometem a vitória comunista final.

    Um pouco por toda parte manifestam-se grandes, e até imensas correntes na opinião pública, que não querem saber dessa Revolução Cultural e suas propostas anti-vida, anti-família, anti-religiosas e destruidoras das nações e das culturas tradicionais.

    Tentando explorar essas crescentes reações boas, a propaganda do Kremlin passou a apresentar cinicamente a Rússia de Putin como um sedutor porto da salvação de onde pode vir o reerguimento moral e intelectual dos cristãos perseguidos.

    E há quem acredita nisso, adverte Jeanne Smits.

    Continua no próximo artigo “Paroxismo da desinformação russa: a mensagem de Fátima e a ‘missão providencial’ de Putin”

    7 COMENTÁRIOS

    1. PUTIN É O STÁLIN-LÊNIN ADAPTADO ÀS CONVENIENCIAS DE MOMENTO!
      A Russia atual é a mesma dos tempos do Vaticano II adaptada às conveniencias de momento, comunistona, hipócrita, farisaica, quer passar uma falsa imagem do que não é, e tem conseguido, a verdadeira MELANCIA, quer se aparentar verde por fora, no entanto, garantidamente é VERMELHA por dentro!
      Barrou por 100 anos os movimentos gays, por ex., mas os instiga fora do país e via ONU-NOM-maçonaria promove sutilmente tudo quanto são mazelas na humanidade no Ocidente, acima citados, como pela destruição da familia e dura perseguição à Igreja, sofrendo na pele o cerco que o diabo lhe faz por esses seus capachos, e mesmo dentro da Russia é uma zorra pois o comunismo anterior deteriorou as mente desse povo!
      Acresça-se a isso dentro dela sucedendo em meio do relativismo do cisma “ortodoxo” da Igreja Ortodoxa Russa-IOR – ela nem tão doxa como aparentaria – perverteu em mais as mentes e por cima governado por uma patriarca “unum inter pares”, ex agente da KGB Cirilo I, colega de função do mesmo Vladimir Putin, sob dioceses independentes e a IOR associada ao governo, muitas seitas do cisma, pouco ou nada se diferindo do relativismo das milhares de seitas protestantes.
      Um dos problemas do Vaticano II – não ele em si mesmo – foi ter deixado de lado a condenação formal ao comunismo material-ateísta pelo pacto de Metz – o que mais os comunistas precisavam à ocasião para se imporem – e desde então lançarem as sementes da futura esquerdista Teologia da Libertação pela infiltração na Igreja de agentes comunistas disfarçados de prelados ortodoxos – farsa muito bem montada!
      Aliás, em meio a tanta “ortodoxia” foi que o bestial e pestífero comunismo achou terreno propicio para vicejar, dando ainda mais suspeição de que frutos podem produzir ramos que se desliguem do tronco da árvore, Roma.
      A Russia de Putin é o focinho do diabo aparecendo em forma de anjo de luz de fala S Paulo, nada mais!
      “não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz” 2Cor 11.14.

    2. EN CIANTO NO SE MENCIONO O SE ATENUO LO REFERENTE A LA VIGENCIA DE LOS ERRORES DE RUSIA (SUS FUENTES Y CONSECUENCIAS) SE ATENUO LA INTEGRIDAD DEL MENSAJE DE NS DE FATIMA EN SU CENTEARIO.

    3. Asistire a la Santa Misa en honor a Nuestra Señora de Fatima,a celebrar en la Catedral de San Jose de Costa Rica, organizada por los Heraldos o Arautos del (do)Evangelio…..REZANDO para que en ella se proclame en su integridad el MENSAJE DE FATIMA.
      Proclamar un mensaje a mesdias, sea por parte del clero o de los seglares es proclamar en menor o mayor medida un mensaje falso.
      El mensaje sobre sobre el III secreto expuesto por el Vaticano es falso si no se recalca que es el envoltorio del mensaje del Cielo; La Revolucion sigue desvastando pero el Corazon Inmaculado Triunfara animando la Contrarevolucion-

    4. O grande erro da Rússia é a aspiração a império, que foi perdido por Pedro o Grande. É essa aspiração que comanda todos os outros erros da Rússia. Querem conquistar a Europa e para isso tentarão qualquer coisa.

      É incrível como as pessoas se perderam com essa história do Gramsci. A ideia de destruição cultural já era uma bandeira da franco maçonaria rousseauniana em torno de 1820, na época da restauração francesa, após a revolução francesa. Eles perceberam que deveriam quebrar a cultura do povo, principalmente da igreja católica para poderem implantar sua revolução. Essa revolução cultural maçônica se espalhou para Alemanha e para Portugal. Marx só faz sentido se entendermos que ele era maçom iluminatti , e queria a destruição completa da sociedade. A história maçônica foi varrida para debaixo do tapete, e tem-se dificuldade de se ligar as pessoas aos movimentos políticos por cauda disso.

    5. Artigo tendencioso. É lamentável como tentam atribuir a Rússia atual seus erros do passado. É óbvio que a Rússia traz uma certa carga do passado, como herança. Igualmente óbvio que a Rússia atual não é mais a União Soviética. Também é óbvio que países poderosos tentam manter sua hegemonia, Rússia inclusa. Não, não é a Rússia que está vendendo uma falsa imagem. Somos nós que estamos observando como de fato os países agem naquelas coisas que nos interessam mais de perto, como no caso a proteção aos cristãos. A Rússia não é Católica mas Ortodoxa. Melhor que ser muçulmana ou ateia. Ao contrário do Brasil, um Estado Laico, a Rússia é oficialmente Ortodoxa, ou seja, cristã. Essas ‘coisinhas’ vão somando e, no final, nos dizem quem é o quê, quem faz o quê. Abortos em massa não surgiram na Rússia mas nos Estados Unidos que os espalharam pelo mundo todo! A este respeito vejam o trabalho de Reimert Thorolf Ravenholt à frente da USAID. Este link já é um começo: http://www.ravenholt.com/.

      • Os cristãos ortodoxos têm o mesmo sentido e convicção da Páscoa, embora com calendários diferentes! Putin dizer que é “cristão ortodoxo” é uma coisa; Putin “parecer ser” “cristão ordoxo” é outra (esta imagem ele explora com “raposice” / “hienice” / sutilmente / e se quiser, “nos mesmos moldes do Temer). Putin “ser cristão ortodoxo”…… cometo o mesmo erro de S. Tomé.

    6. Excelente e esclarecedor comentario de Luis Dufaur sobre Fatima e essa tentativa de Putin e seus aliados de colocarem o Ocidente como causa do comunismo. Causa e continuador. A verdade e’ que Putin e’ comunista e quer vestir a pele de ovelha para enganar a direita catolica da Europa em especial. CostaMarques

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