Cada vez se torna mais difícil a realização de marchas pela vida na Alemanha. Tradicionalmente em março de cada ano se realiza uma marcha pelo direito à vida dos não nascidos na cidade de Münster, na Westfália. Os participantes carregam cruzes brancas, que, cada uma, simboliza uma criança abortada, já que para essas vítimas não existe sepultura e o marco da redenção.
No dia 12 de março passado participaram entre 150 e 200 pessoas. O início estava marcado para as 14.30 hs. Os participantes se reuniram em frente à igreja de Santo Egídio, onde deveria começar a manifestação. No entanto esta não teve meios de se iniciar, pois, por volta de 100 manifestantes jovens anarquistas (que se autodenominam “Antifa” – antifachistas) circundaram os antiabortistas e bloquearam o início da marcha durante duas horas. Durante todo esse tempo lançavam aos berros e, em coro, as mais abomináveis blasfêmias contra Nossa Senhora e a Santa Igreja e injúrias contra os participantes da marcha, enquanto estes rezavam o terço e cantavam cânticos religiosos.
Depois de duas hora a polícia resolveu intervir e abrir o caminho para a marcha à força. Escoltado por um grande número de policias, a marcha pode percorrer o caminho programado, sempre, no entanto, acompanhada pelos anarquistas nas calçadas, que continuavam a vociferar em seu coro infernal, sem mesmo respeitar os transeuntes e o público que presenciava a marcha de protesto contra o aborto.
Sob essas condições, atravéz de um verdadeiro assim chamdo “corredor polones”, os manifestantes antiabortistas chegaram ao destino marcado, o monumento em homenagem ao Cardeal von Galen, numa praça atras da catedral de Münster, tendo sido obrigados, no entanto, a encurtar o percurso da marcha, devido ao grande atraso provocado pelos anarquistas.
Os católicos na Alemanha, e de um modo geral todos os cristãos, se veêm expostos a viver num clima de crescente decadência cultural e política. O debate público, no qual as respectivas posições políticas são defendidas com argumentos convincentes, está cada mais derivando para a intimidação por parte daqueles que gritam mais alto. A defesa do direito à vida das crianças não nascidas está sendo cada vez mais combatida com uma agressividade ingente e um ódio cego e rancoroso. O que se externa em atitudes de perturbação da ordem pública, como em Münster no dia 12 de março, ou através de difamações e calúnias contra o adversário ideológico.
Sempre quando a midia apresenta alguém ou um grupo como fascista ou nazista como prova citam não sua doutrina mas seus atos. Eis que aqui os manifestantes opositores da marcha contra o aborto usam de métodos sempre classificados de fascistas ou nazistas e espantosamente a midia admite que eles são um grupo anti-fascista.