O conhecido diário madrilenho El Pais, em artigo-reportagem de Luísa Lucciola revive, com riquezas de dados e informações, a realidade do Programa Mais Médicos. Essa iniciativa do malfadado governo petista, na gestão Dilma Roussef, nada mais é do que institucionalização do trabalho escravo em nosso Pais.
Como se sabe, o Código Penal brasileiro considera trabalho análogo ao escravo aquele que submete a pessoa a atividades forçadas ou jornada exaustiva, sujeitando-a a condições degradantes, com restrição de locomoção por razões físicas ou por dívida, mantendo vigilância ostensiva no local de trabalho ou tendo documentos ou objetos pessoais apropriados pelo empregador, com o objetivo de reter a pessoa em situação de exploração.
Vamos tratar apenas do aspecto “trabalho análogo à condição de escravo” sem entrar no mérito da qualificação profissional dos médicos cubanos.
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Diz o artigo:
“A reportagem (de El Pais) teve dificuldades em entrevistar médicos cubanos – as assessorias de imprensa das secretarias municipais de Saúde dependiam de autorizações da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), que, por sua vez, atribuíam a decisão de falar ou não aos próprios médicos, segundo seu contrato com o governo cubano. Muitos médicos se recusaram a falar sem permissão expressa de seus superiores e alguns decidiram, mesmo liberados, não conceder entrevistas, porque “não temos nada a dizer, só viemos trabalhar”.
Em linguagem direta: Por que essa dificuldade em dar entrevista? Qual é o receio que eles têm?
Vejamos, (prossegue El Pais):
“Numa tarde de junho do ano passado, um representante da embaixada cubana chegou à casa de Aleyna (nome alterado a pedido da entrevistada), no interior de Minas Gerais, para comunicá-la de que ela tinha sido excluída do programa Mais Médicos e tinha 48 horas para voltar a Cuba. A médica tentava na Justiça brasileira ser contratada de forma independente e, em menos de dois dias, teve que tomar uma decisão que mudou seu destino: não viajar (para Cuba). Com isso, aos olhos do governo cubano, Aleyna tornou-se desertora e não poderá voltar ao país pelos próximos oito anos”.
Não termina aqui a arbitrariedade da ditadura cubana:
“Eu (Aleyna) já tinha trabalhado por três anos no programa. Já tinha construído minha vida aqui e não queria mais que 70% do meu salário fosse pro governo de Cuba”, explica. Ela faz parte de um grupo de cubanos que contesta o modelo de seu contrato, na expectativa de que possam receber integralmente o valor pago pelo governo brasileiro. “Antes, a gente estava praticamente cego, não tinha acesso a essas informações. (de que 70% do salário ia para a ditadura castrista) Aí a gente chegou no Brasil e começou a ler sobre isso, descobriu muita coisa. Foi o momento que muitas pessoas decidiram tomar uma atitude”, conta a médica, que prefere não se identificar por temer retaliações do governo cubano”.
Imagine, o leitor, que uma Agência de Empregos brasileira obrigasse os contratados a repassar 70% de seu salário para a Agência — e isso até o fim do contrato. Certamente, seria processada por “Trabalho Escravo”.
Na opinião do advogado André Santana — que “representa mais de 80 médicos cubanos que querem ser contratados diretamente pelo governo brasileiro” — “Isso nos parece uma fraude, um agenciamento de mão de obra, uma terceirização precária. O Estado tem toda a culpa nisso, já que ele elegeu esse tipo de contratação que, além de discriminatória, é indigna. Esta é a nossa pretensão: fazer com que o médico volte ao trabalho e receba o salário integral”. Segundo o Ministério da Saúde, há 154 processos na justiça semelhantes”.
Será que os órgãos dos chamados “Direitos Humanos”, sejam eles ligados à CNBB ou mesmo à ONU, não sabem disso?
Mas Cuba continua a ser a “menina dos olhos” da esquerda nacional e internacional. E é preciso salvar a Cuba castrista!
Cuba conta com amigos como Frei Betto e tantos outros expoentes da Teologia da Libertação.
Por essa razão os médicos cubanos são chamados de “bolsistas” e “voluntariamente” aceitam repassar 70% de seu salário ao governo comunista de Cuba.