Meio rural e bom senso

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Antigamente, fazendeiros residiam nas sedes das fazendas, mantendo os empregados em casas periféricas simples e uma vida próspera e tranqüila. Mas quando vem a reforma agrária...

Carta do Eng. Nestor Martins Amaral Júnior publicada no jornal Estado de Minas (Belo Horizonte,14/11) descreve realidade vivida por muitos leitores. Recordemos juntos.

“Antigamente, fazendeiros residiam nas sedes das fazendas, mantendo agregados em casas periféricas simples, com quintais, hortas, galinheiro, chiqueiro etc.

Esses peões, quando bons de serviço, tinham trabalho assegurado, razoável sobrevivência familiar, bom conceito e nome honrado.

Mas vieram as leis demagógicas e deram um basta nesse bom convívio, expulsando essa massa, que acabou desaguando nas favelas das grandes cidades.

Se havia um problema, este apenas foi deslocado de um local tranqüilo para um local perverso.

Aí, surge outra medida demagógica intitulada reforma agrária, pretendendo fixar essa massa onde hoje ninguém quer mais morar.

Os tempos são outros. O mundo tornou-se globalizado, cobrando eficácia e eficiência, atingíveis pela gerência da qualidade e produtividade. Isso requer tecnologia, capital e espírito de empreendimento.

Não basta doar terras na ausência dessas premissas básicas. O assentado está para a agroindústria, assim como o garimpeiro está para a mineração industrializada.

Enquanto o primeiro é predatório e falimentar, o segundo é sustentável e ecologicamente correto.

Assim, a verdadeira reforma agrária seria aquela que possibilitasse a parceria justa entre o trabalhador rural e o empreendedor.

Fora disso é utopia, servindo apenas aos projetos pessoais e pouco confiáveis do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).”

Fonte: GPS do Agronegócio

3 COMENTÁRIOS

  1. @jardel lopes
    E por acaso o minifúndio funciona? Não.
    Agricultura familiar? Geralmente não, ao menos não por muito tempo.
    A média propriedade é muito melhor que essas realidades acima. Basta ver como foi construída a nação estadunidense.
    Não tenho um pedaço sequer de terra rural, mas não posso calar-me quanto a isso.
    O agronegócio, uma potência brasileira, não pode ser perdido.
    Que se trate de fomentar as propriedades médias, sem a praga do minifúndio, sem demagogia (assentamentos para o abandono) e muito menos ofensa ao direito constitucional.

  2. O saudosismo deste Engenheiro é algo de dar dó. Ele tá lembrando dos tempos da zenzala, onde o senhor dos engenhos mandava e os escravos obedeciam e estavam sempre prontos a atnder suas ordens. Será se este cidadão já esteve nos grandes latifúndios do norte de minas, do Vale do Jequitinhona, do Vale do Mucuri. Acredito que não. Lá o regime que ele sonha ainda prevalece. São grandes fazendeiros que garantem a moradia para os a gregados para que estes possam garantir o sustento da fazenda a custo barato. Arroz, feijão, farinha e carne quanto alguma vaca velha morre. Ah tem aquelas escolas rurais tbém sustentada pelo “dono”. Um pequeno galpão onde são colocadas todas as crianças filhas destes empregados. Variam de 07 a 15 anos. Todos no mesmo espaço e com uma professora rural com o salário de 200 reais. Realmente ele tá delirando. Estes tempos precisam ser mudados e rápido.
    Agora , quanto as favelas, perguntem a Rede Globo que ela responde.

  3. Cirurgiões não se deve meter a construir pontes, nem engenheiros fazerem cirurgias plásticas. Não preciso explicar o porquê. Não é porque um é sem terra que se deve dar terra para ele plantar. Se assim fosse ao cirurgião bastaria dar-lhe cimento, areia e cal e ao engenheiro bisturi, quem se arriscaria a contratá-los?

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