Todos os anos uma expectativa animava numerosas pessoas que costumavam enviar cartões de Natal ao Dr. Plinio Corrêa de Oliveira. Consistia ela em receber, algum tempo depois, outro cartão em resposta, contendo uma mensagem natalina assinada por ele, que enchia as almas de alegria e esperança.
No Natal de 1994, o último que ele comemorou nesta Terra — pois o de 1995 celebrou-o no Céu, junto a Nosso Senhor, à Sua Mãe Puríssima e aos Anjos e Santos —, ditou ele a um secretário a mensagem que ainda hoje, decorridos 19 anos, é de uma atualidade admirável.
Assim, neste Natal de 2013, oferecemos aos leitores do site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira o belo texto dessa mensagem natalina.
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Após introduzir o tema, Dr. Plinio refere-se à proximidade do Terceiro Milênio, comentando o “dia solene e augusto em que se encerrarão, ao mesmo tempo, um ano, um século, um milênio”, e acrescenta estas sublimes palavras:
Como é natural, neste momento os homens evocarão sumariamente como era o mundo mil anos atrás, compará-lo-ão com o que é hoje, e se perguntarão como ele será amanhã… no ano 2100… no ano 3000!
Impossível será abarcar ordenadamente tantos acontecimentos, tantas ascensões, tantas decadências, tantas esperanças e tantas apreensões, que uma tal visão de conjunto traz à tona.
Para o homem de fé, as linhas mestras da História são traçadas segundo critério claro e luminoso: o que foi feito da Igreja Católica e da Civilização Cristã no curso deste milênio, deste século, deste ano? O que será de uma e de outra no porvir?
E, no plano temporal, análogas interrogações se apresentam consecutivamente ao espírito: o que foi feito do Brasil, nesta metade de milênio inaugurada pela chegada à nossa terra das naus da Ordem de Cristo, comandadas por Pedro Álvares Cabral? Do nosso grande e querido Brasil, envolto hoje em nebulosa mescla de caos e de confusão, de progresso e de carência?
Quer na sublime noite de Natal, quer na noite da passagem de ano, carregada de apreensões e de esperanças, depositemos todos os nossos anseios aos pés do Menino Deus, que sorri misericordioso sob os olhares enlevados de Maria e José. E Lhes supliquemos que os dias vindouros conheçam, pela graça da Deus, regenerações transfiguradoras e, assim, a moralidade geral, hoje em catastrófica decadência, se reerga ao suave e vitorioso bafejo da fé.
Que a Santa Igreja se desvencilhe por fim da crise dramática em que vive nestes dias de confusão e de angústia, e que seja reconhecida por todos os povos como a única Igreja verdadeira do único Deus verdadeiro, como inspiradora e Mãe de todo bem espiritual e temporal. E que, abrindo cada homem a Ela seus corações, Ela ilumine com esplendor solar todos os indivíduos, as famílias, as instituições e as nações.
São esses os votos que formulo, no limiar deste ano, os quais torno cordialmente extensivos a todos os que me são caros e suas respectivas famílias.
Pela intercessão vitoriosa de Maria, nossas preces ver-se-ão atendidas.
Andei pelas ruas e lojas aqui em BH e vi algumas reportagens na TV Globo, enfocando do interior de Minas a Viena, na Áustria, com padre envolvido naquela do interior, com uma constatação: ninguém falou nem mostrou sequer um simples presépio para a festa de Natal. Jesus Cristo Menino, Maria e José desapareceram do Natal moderno. Restaram bonecos de animais, árvores mortas, vivas ou de plástico, neve de verdade ou de simulação e a esterilidade das almas. Papais Noel em todo lugar, caixas de presentes aos montes, carrosséis e trens da alegria rodando. Nem sinal do Deus Menino! A crise da Fé não dá sinais de arrefecer.
Que a Fé faça crescer nos corações bem-aventurados nesta data de recomeço de nascimento a alegria da celebração pela chegada ao mundo do Menino Jesus filho de Deus que se fez homem para nos conduzir e salvar e nos ensinar a ser humanos !! Feliz Natal !