Mistérios da Encarnação do Verbo de Deus

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Celebramos neste dia 25 de março uma festa magna da História da Humanidade: 2021 anos atrás se operou, após a Anunciação do Anjo São Gabriel, a Encarnação do Verbo de Deus no seio puríssimo da Santíssima Virgem Maria. Em memória desta magnífica data, a seguir transcrevemos excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 24 de março de 1984.

Na Encarnação do Verbo de Deus no seio puríssimo de Maria paira um mistério divino do qual não temos noção. Mistério sublime, e eu gostaria de estudar profundamente o que escreveu sobre ele Cornélio a Lápide (o grande exegeta jesuíta). Seria um modo de eu me preparar para chegar ao Céu, se até lá me levar Nossa Senhora.

Desejaria saber tudo a respeito da Encarnação e dos desponsórios do Espírito Santo com Maria Santíssima; gostaria de estudar tudo o que nos diz a doutrina da Igreja a respeito da Encarnação; e como foram, desde aquele momento sublime, as relações d’Ela com o Divino Espírito Santo. Isso é algo admirável, que eu gostaria enormemente de conhecer.

O Divino Espírito Santo engendrou Nosso Senhor, e desde o primeiro instante Ele começou a existir no claustro de Maria, de modo perfeitíssimo. [Anunciação – Século XV, autor desconhecido. Museu Nacional d’Art de Catalunya, Barcelona].

O Espírito Santo gerou Nosso Senhor Jesus Cristo no claustro de Maria, e a partir da carne e do sangue d’Ela começou a gerar a carne e o sangue de Cristo. Santo Agostinho escreveu “Caro Christi, caro Mariæ” (que a carne de Cristo, de algum modo, é a própria carne de Maria).

Todos os homens são formados da carne de seu pai e de sua mãe, mas Jesus Cristo foi formado da carne exclusivamente de Maria, sem participação do esposo, o castíssimo São José, que foi apenas o pai legal, o pai adotivo de Jesus.

O Divino Espírito Santo engendrou Nosso Senhor, e desde o primeiro instante Ele começou a existir no claustro de Maria, de modo perfeitíssimo.

Pode-se imaginar qual foi a primeira palavra de amor d’Ele para sua Santa Mãe, e qual foi a resposta d’Ela, sentindo o carinho do Filho de Deus. Teria Ela dito ‘Meu Deus e meu Filho?’ Ou teria dito ‘Filhinho?’. Que riqueza de alma era preciso ter, para responder adequadamente a esse primeiro carinho! Que noção dos matizes e das situações Ela tinha! Que perfeita disponibilidade de alma para corresponder a tudo perfeitamente, e oferecer ao Divino Filho primícias incomparáveis: o primeiro ato de amor que o gênero humano oferecia a Deus feito homem!

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