Duas noticias da Folha de S. Paulo, ambas do dia 7 de abril de 2011, mostram como a decadência da sociedade é manipulada metodicamente pela moda.
A primeira notícia trata sobre a recente polêmica das roupas infantis que imitam a forma do corpo adulto. Essa maléfica moda lançada na França e já em livre circulação pelo Brasil vem recebendo cada vez mais adeptos que a vêem com naturalidade.
Muitas crianças, até mesmo com 6 anos de idade, já tem usado esses tipos de roupas, sempre, é claro, com a cumplicidade de seus pais. Uma loja de São Paulo diz vender até 30 peças por dia, o que consideram um bom número para essa linha.
A segunda notícia, que mentalidades medíocres pensam nada ter de ligação com a primeira, é sobre o aumento das vendas nacionais de produtos eróticos. O que vale a pena saber de momento é o modo como as próprias indústrias desses produtos encontraram para conseguir esse trágico aumento de vendas.
De acordo com a notícia, segundo os interessados nas vendas, a grande dificuldade que tinham para a comercialização de seus produtos era a acentuada carga de sexualidade. A estratégia utilizada foi então produzir também peças com uma carga um pouco menor, isto é, meramente sensuais. O termo “light” vem sendo aplicado para definir essa tática. Mas o que poderia parecer aqui como uma reação conservadora, isto é, o de não aceitar as coisas piores, não é mais do que a própria manobra para torná-las aceitáveis. Segundo Pedro Cezar, da fabricante Chillies Pink “O produto sensual chega aonde o erótico não chegaria”, e acrescenta que eles são o ingresso para as linhas mais eróticas.
Relembro que a matéria do jornal é justamente sobre o sucesso que essa estratégia tem obtido. As técnicas de Cezar são nada mais do que a prova de que uma decadência leva a outra.
Para encerrar, voltemos à primeira noticia, e nos perguntemos onde vão parar essas crianças que desde tão cedo já estão seguindo as modas que surgem? E que modas!
Quem ler Apocalipse 12 , na integra, poderá entender um pouco do que se passa com o modismo. Na Biblia Ave Maria, depois de toda a narrativa que João faz, ele finaliza dizendo que o diabo se instalou e permaneceu na praia. É uma alegoria interessante, pois a praia lembra onda. E tem muitas gente indo na onda, no vai-e-vem do modismo. Isto é, para o diabo que está na praia, que quer entrar na onda vai que ele deixa, mas para sair dela, do mar das aberrações e da intranquilidade é que são elas. Havia um caso de uma adolescente em que a diretora da escola não deixou a menina entrar em aula porque entendeu que a bermuda que usava não era descente. Houve aquela polemica. os Pais indignados processaram a diretora. A midia exploru o assunto e exibiua menina com aquela roupa. Um horror. Aparentemente simples, conforme foi exibido pela TV. Mas não exibiram a cinturinha rabaixada da roupa. E também houve aquele caso da loira que se apresentou escandalosamente vestida na faculdade, coisa que repercutiu e ela ganhou convite para posar para uma revista. Vale dizer que além de tudo isso ainda há a valorização pela midia, e oferta de sucesso a quem antes era ignorado (a) pela sociedade. Então nada mais provoca mais escandalo e ficamos nós indignados com tais acontecimentos tendo o diabo tirando proveito de tudo isso.
Por isso mesmo, a cada nova moda que surge, cumpre analisá-la cuidadosamente. Sob pena de aderirmos ingenuamente a ela, tomando-a como uma novidade interessante, e não como algo manipulado com fins escusos, atestado pelas palavras de Pedro Cezar.