Modelo de sacerdote e de varão plenamente católico: a benevolência aliada à autoridade, o respeito para com os outros e para com si próprio

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[Introdução feita pelo Prof. Plinio alguns dias antes:]

Esta ficha sobre Santo Odilon é magnífica!

Cada época tem os seus grandes homens característicos. Santo Odilon foi um grande homem característico da Idade Média. Um grande homem no sentido verdadeiro da palavra, no qual notamos a conjunção, de um lado, de uma santidade eminente, e de outro lado qualidades de caráter extraordinárias, qualidades pessoais extraordinárias.

Via-se que ele era um homem de grande valor pessoal, no plano humano, adornado por graças sobrenaturais incomparavelmente mais preciosas do que qualquer valor pessoal. E que isto tinha uma amplitude e uma grandeza de aspecto, uma harmonia, que os Srs. não encontram nos grandes homens do tempo da Revolução.

É interessante também acompanharmos a vida, a descrição da personalidade de Santo Odilon. É patente que se ele vivesse em nossos dias seria um contra-revolucionário  de primeiríssima força. E é patente por aí que todas as figuras verdadeiras, autênticas da Igreja Católica, Apostólica, Romana – máxime os Santos por Ela canonizados – todos eles são, de um modo ou de outro, contra-revolucionários perfeitos.

Essa tese nos fará amar cada vez mais a Igreja e compreender o nexo vital, profundo, insubstituível entre a Santa Igreja e nossa vocação. E por isso eu desejo desenvolvê-la com toda a atenção.

[Aqui se encerram as palavras, à guisa de introdução. Segue o “Santo do Dia” de 23 de setembro de 1972: ]

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Cluny_vistaparcialEsta ficha (extraída do biógrafo de Santo Odilon, Jotsald – cfr. P. Jardet, “Saint Odilon, abbé de Cluny – Sa vie, son temps, ses oeuvres”, Imprimerie Emmanuel Vite, Lyon, 1898 – ndc) nos foi organizada pelo Professor Furquim de Almeida, grande estudioso dos assuntos que dizem respeito a Cluny.

Lê-se na ficha o seguinte:

Antes de tudo, comecemos pelos seus méritos menores.

São portanto os méritos menores, são mais os sinais da virtude do que a virtude propriamente dita. E é descrito aqui o porte e o modo de ser do santo.

Esse homem tinha um andar grave, uma voz admirável, ele falava bem. Era uma alegria vê-lo. Seu rosto tinha uma fisionomia angélica, seu olhar uma serenidade extraordinária. Cada um de seus movimentos, de seus gestos, todos os atos de seu corpo, exprimiam a honestidade.”

Todo o modo de ser de Santo Odilon era cheio de compostura e de dignidade

Santo_Odilon,_priorato_de_Souvigny_smallÉ preciso dizer que a palavra “honestidade”, no francês antigo em que a ficha está escrita,  não é a virtude que hoje nós chamamos habitualmente de honestidade, que é o por onde se respeita a propriedade dos outros. A honestidade naquele tempo significava outra coisa, era compostura. “Un honnête homme” era um homem muito composto, um homem muito digno. Então todo o modo de ser dele era cheio de compostura e de dignidade.

Cada dobra de seu hábito sacerdotal tinha um ar de dignidade, e mostrava o respeito que ele tinha a si mesmo e o respeito que ele tinha aos outros.”

Nas dobras da batina dele se notava o respeito que tinha por si mesmo e pelos outros. É interessante – para os Srs. compreenderem bem isso – verem esse padre-típico da Igreja Católica, um padre que Ela canonizou por exprimir perfeitamente o seu ideal sacerdotal. Os Srs. compararem, eu não digo só com padre progressista, sem traje sacerdotal, vestido de playboy, correndo de um lado para outro…

Um pequeno tratado sobre os vários modos de andar

O que é o passo grave? É um passo firme, másculo, varonil, que indica a atitude de alma de um homem, que quando tomou uma atitude, tomou! Em cada pedaço de chão que  pisa, ele dominou. Isto é o passo grave. É de um homem que quando anda para frente,  anda vencendo, ainda que não tenha diante de si obstáculos visíveis. Ele anda como quem enfrenta qualquer coisa. O andar dele é cheio de conseqüências, é cheio de ponderação.

O modo de andar das pessoas as define muito. Quase que se poderia fazer…  – os Srs. sorriem porque sabem quanto isso é verdadeiro – um tratadinho dos vários modos de andar. Porque há modos de andar de pessoas frívolas, levianas. A gente olha, elas são sem rumo, podem tomar a qualquer momento um caminho para qualquer lado da calçada, ou evitar a rua; não tem diretriz. São passos de uma mentalidade instável, frívola, que muda de rumo a qualquer momento, de uma mentalidade pouco maturada.

Há outros passos que são de gente mole. Tem-se a impressão que vê esse sujeito em vez de ser carregado pelas pernas, carrega as pernas… aquilo cai… E as pernas que pousam de um modo mole e dengoso, ou esparramadas, aquilo vai… Tem-se a impressão que as pernas são cartilaginosas e vão ficando para trás, enquanto o sujeito preguiçosamente vai avançando…

Há outros passos que são passos efeminados. Não tem solidez, não tem vigor. Falta qualquer coisa que é o passo do varão.

Há outros passos que são de gente orgulhosa que não tendo outro recurso para chamar atenção sobre si a não ser os pés, se aproveita destes… Então bate no chão e, para atenuar a nulidade do rosto, faz espalhafato com os pés. É o recurso, não é?… Os cavalos tem até duas vezes mais recursos…

Há também passos malandros: passinhos rápidos, que se esgueiram.

É muito interessante a gente prestar atenção no passo das pessoas. A titulo de curiosidade, quem já fez um exame metódico dos passos das pessoas, levante o braço. Não perderam seu tempo, ouviu? O passo da pessoa diz muito. E por causa disso, esse biógrafo, contemporâneo de Santo Odilon, que o conheceu de perto, julgou que deveria começar por descreve-lo pelo passo.

A voz, a fisionomia angélica e a elegância de Santo Odilon

Os Srs. estão vendo, de outro lado, como ele faz acompanhar o passo pela voz. Observem o que escreve sobre a voz de Santo Odilon, que coisa extraordinária! Afirma o seguinte:

Ele tinha uma voz admirável, falava bem, era uma alegria vê-lo. Por que? Porque sua fisionomia angélica espelhava serenidade.”

Também é preciso dizer o que significava “angélico” na Idade Média. Não é  esse tipo de anjinho gorduchinho, com ares de irresponsável. Não é elogio para um homem ter uma carinha assim. O “angélico” era do estilo dos anjos de Fra Angélico. Grandes heróis do Céu, príncipes na presença do altíssimo, recolhidos, contemplativos, supereminentes de inteligência e de vontade. São os anjos dos vitrais medievais. Essa era a fisionomia angélica de Santo Odilon.

Anjo_FraAngelico_Anunciacao

Este era Santo Odilon. Os Srs. estão vendo que grande figura.

Era um homem que tinha a verdadeira elegância, que não consiste em ter necessariamente uma roupa muito bem cortada, e muito menos em estar muito na moda. Mas que consistia em comunicar o esplendor do seu espírito ao seu porte e seu traje. Isto é a verdadeira noção da elegância. Tinha um esplendor de espírito, de personalidade e ele comunicava isto, sem perceber, ao seu traje.

Algumas pessoas têm esse dom. Então ele tinha uma batina composta e não havia uma prega de seu hábito que não espelhasse o respeito que tinha de si mesmo e dos outros.

O respeito de si mesmo e dos outros é a verdadeira humildade

Esse respeito de si mesmo e dos outros é a verdadeira humildade porque é respeitar a cada um como deve ser e respeitar-se a si próprio como deve ser. Ele sabia que era um santo, que ele era a alma do grande movimento de Cluny, o qual, por sua vez, era a alma da Idade Média. De maneira que ele era a alma irradiante da Idade Média. Abade, superior de uma ordem religiosa, padre, monge, ele sabia de tudo isso e se respeitava enormemente.

Isso não é ser orgulhoso. Respeitar-se não é ser orgulhoso. Ser orgulhoso é utilizar-se de si próprio para aparecer diante dos outros. É não se respeitar. Ele se respeitava enormemente. Mas ao mesmo tempo, respeitava muito os outros, que é o contrário do orgulhoso.

A Igreja diz que “a humildade é a verdade”. Isto sendo assim, aquele que se trata a si próprio e trata a cada um dos outros como deve tratar, com o respeito que toda criatura humana merece, esse é humilde. Então nós vemos o porte ao mesmo tempo principescamente angélico e cheio de humildade desse varão de Deus, que se espalha por toda a sua personalidade.

A túnica de Nosso Senhor – está escrito no Evangelho – estava impregnada de uma virtude, de uma força que curava todo mundo que a tocava, de tal maneira o homem se comunica através de seu traje. Santo Odilon evidentemente não podia ter comparação com Nosso Senhor, mas o seu hábito tinha um qualquer esplendor que era a comunicação de sua personalidade. Daí a dignidade de cada dobra de seu traje.

Os Srs. podem imaginar, então, um claustro medieval todo em ogivas, e Santo Odilon andando sozinho pelo meio e ao longe um noviço que o vê. O noviço se ajoelha, Santo Odilon passa e abençoa. O noviço fica olhando assim maravilhado… e depois vai e escreve este fato que lhe sucedeu… é claro! E daí ficam então essas impressões sobre a extraordinária personalidade de Santo Odilon, o Padre-tipo.

“A Igreja Católica, com a graça de Nossa Senhora, eu não A cessarei de elogiar até o fim dos meus dias”

Os Srs. procurem ver se isto é a idéia que têm do padre-tipo, e os Srs. acham que têm uma idéia bem diferente, não é? E eu quero retificar esta idéia, para os Srs. entenderem bem o que é um padre segundo o espírito da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana. É um elogio do sacerdócio mais do que um elogio de Santo Odilon. E é mais do que um elogio do sacerdócio, é o elogio da Igreja Católica que eu estou empreendendo e que, com a graça de Nossa Senhora, eu não A cessarei de elogiar até o fim dos meus dias. Porque é a única coisa elogiável que eu encontrei em minha vida é a Igreja Católica! Todas as outras coisas só são elogiáveis em função da Igreja, e na medida em que participam dEla. De maneira que o que estou fazendo é o elogio da Igreja. Assim é um padre, assim é a Igreja que acalenta esse ideal sacerdotal. Assim, e super-assim, deverão ser os Padres no Reino de Maria.

Bem, nós continuamos com a leitura da ficha:

Ele trazia consigo qualquer coisa de luminoso que convidava imitá-lo e venerá-lo. A luz da graça que estava nele brilhava, por assim dizer, no exterior e manifestava a qualidade de sua alma, pois o comportamento de uma alma, como já foi dito, transparece na atitude do corpo. Falemos brevemente de sua aparência exterior.”

A indescritível luminosidade própria aos santos

Esse biógrafo era muito dado a análises na linha dos “Ambientes e Costumes”. Ele soube fixar essa luminosidade que havia em Santo Odilon e que é bem difícil de descrever, porque é uma luminosidade do olhar, mas é mais do que uma luminosidade do olhar, é qualquer coisa que fica em torno do santo, e que os Srs. sentem muito no quadro de São Pio X que está na minha sala na Sede do Reino de Maria, e em suas fotos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Sala do Prof. Plinio na “Sede do Reino de Maria” – em destaque foto do quadro de São Pio X)

Sao_Pio_X_2_240Vale a pena, quando os Srs. forem lá, entrar na minha sala e procurar ver aquele quadro, que é bonito, mas não é decorativo naquele lugar. Entretanto eu quis ficar com ele ali, porque exatamente me alenta e me entusiasma ver a luminosidade daquela pessoa. É qualquer coisa que não é só posta pelo pintor.

Como se distingue um morto de um homem que dorme? Não se sabe no que é. Assim também a luz de um santo, se distingue de qualquer irradiação natural do talento de quem não é santo. Ali São Pio X, por exemplo, há qualquer coisa que não é descritível, mas que enche a gente de ânimo, de satisfação, de alegria. A gente compreende a indestrutibilidade da Igreja Católica olhando para São Pio X.

Os contrários harmônicos na alma de Santo Odilon

Ele era de estatura média. Seu rosto exprimia a uma vez a autoridade e a benevolência.”

Esse autor acentua muito bem os contrastes. Pouco antes ele disse que Santo Odilon tinha qualquer coisa que inspirava o desejo da veneração, mas ao mesmo tempo o desejo da imitação. Quer dizer, era uma dessas venerações que não excluía, que não barrava, que não empurrava o sujeito para longe, mas que atraía.

Uma veneração que não se impunha aos outros, dizendo o seguinte: “Fique sabendo que eu sou assim e você não é!” – que é do orgulhoso –, mas é uma veneração que dizia o contrário: “Eu sou assim. Muito mais, infinitamente mais do que eu é Nosso Senhor Jesus Cristo. Se eu devo ser perfeito como Ele, por que você não procura ser perfeito como eu?” É um convite para aproximar-se, para unir-se, para subir. Assim era Santo Odilon.

Aqui vem outro contraste muito bonito: ele era cheio de autoridade e de benevolência. A Revolução procura nos fazer acreditar que o homem que tem autoridade é malévolo. É uma espécie de fera que subiu, e que fica contentíssima porque encontra oportunidade de passar o porrete nos outros, como quem diz: “Eu apanhei até subir, agora que eu estou em cima, desconto dando nos outros…!”

Isso é “de lo último” do ponto de vista católico, mas é “de lo último”! Não pode ser mais ordinária uma concepção da autoridade do que essa. Pelo contrário, a autoridade é feita para fazer o bem. A missão dela é de cumprir a benevolência. Bene-volência quer dizer querer o bem dos outros, querer antes de tudo o bem da Igreja, o bem da Civilização Cristã, que se faça por toda parte a vontade de Deus, que Nossa Senhora seja Rainha. Ou desejo de que os outros se associem a este bem, pertençam a esse bem, trazer a todos para o bem. De preferência, com indulgência, com bondade, com misericórdia.

Então, ele exprimia em alto grau ao mesmo tempo a benevolência e a autoridade.

O olhar dos olhares: o do Santo Sudário de Turim

SantoSudarioCom os doces, quer dizer, com os homens amenos ele se mostrava risonho e acolhedor, mas para os orgulhosos e os rebeldes, ele se tornava tão terrível que era difícil para os rebeldes sustentarem o olhar dele.

Os Srs. estão vendo que santo perfeito e acabado? Que verdadeira maravilha?! Aliás, todo santo é perfeito e acabado, mas eu tenho entusiasmo por essa arma do homem que é o olhar. Quão poucos homens possuem essa arma!…

O olhar dos olhares, o olhar mais perfeito que os Srs. conheceram em sua vida e como mais perfeito os Srs. nunca conhecerão, é um olhar de pálpebras fechadas. É um olhar sem vida, é um olhar morto, é o olhar do Santo Sudário de Turim. Não há mais vida naquele semblante e as pálpebras estão fechadas.

Examinem o olhar. É uma coisa… Nunca ninguém olhou daquele jeito. Aquelas pálpebras fechadas olham mais do que qualquer olhar. Os Srs. podem imaginar o que é que seria o olhar com que Nosso Senhor olhou a São Pedro? De tal maneira que São Pedro chorou durante a vida inteira e até morrer, o ele ter renegado a Nosso Senhor…

O último olhar – eu me comprazo em pensar nisto –, o último olhar que Nosso Senhor deu na terra não foi para os monstros que o assediavam. Nem foi para as santas mulheres,  para São João que estava ao pé da Cruz. Eu tenho como certo que o último olhar dEle foi para Nossa Senhora. Se alguém pudesse medir o olhar de afeto dEle para Nossa Senhora, o mundo de amor, de respeito… dEle Deus, hein?! Um mundo de respeito que Ele deitou nesse olhar, um mundo de veneração, o entendimento de almas recíproco, e como Nossa Senhora retribuiu esse olhar? O que foi essa troca de olhares? Foi o momento culminante da história dos olhares em toda a história da Humanidade. Alguém que tivesse conseguido olhar para esses dois olhares… seria o céu! E poderia ficar cego depois…  Até talvez fosse vantagem, porque ver o que depois?… O que nós vemos? Quem viu esses olhares já está tudo visto! Não precisa ver mais nada. É até melhor não ver mais nada. Cancela. Cessa. Está acabado. Não vê mais nada, não é verdade?

Este é o valor de um olhar. Esse autor que escreveu isto soube ver o olhar terrível de Santo Odilon. Isso é admirável! Terrível como um exército em ordem de batalha, como foi Nossa Senhora.

Ter uma forma de magreza que é flexível, toda cheia de força, uma perfeição de antítese, uma maravilha!

Ele tinha uma forma de magreza que lhe acentuava a força.”

Isto é uma beleza!… É mais uma vez uma contradição, não é? Porque numa concepção taurina das coisas, o homem quanto mais encorpado, mais forte. Mas ter uma forma de magreza que é flexível e que é toda cheia de força, é uma perfeição de antítese, uma maravilha!

Ele tinha uma palidez cheia de elegância, e os cabelos brancos eram para ele uma forma de distinção.”

Os Srs. vejam que coisa linda…

Algo que o mundo moderno não compreende: olhares de olhos acostumados às lágrimas

Seus olhos brilhavam com brilho singular, que inspiravam ao mesmo tempo surpresa e espanto. Eram olhos…

Vejam que magnífica definição desses olhos:

…eram olhares de olhos acostumados às lágrimas.

Como o mundo moderno não compreende mais isso! O mundo moderno só gosta dos olhos habituados a rir. Olhos estultos e néscios, que só dizem o que sente o egoísmo. O mundo antigo compreendia qual era o valor do olhar, dos olhos habituados a chorar pelas coisas santas. Chorar pela Paixão de Nosso Senhor, chorar pelos pecados que há no mundo, chorar pelos seus próprios pecados. Como isso ilumina os olhos! O pranto sagrado, pelos grandes espíritos, transforma o interior do olhar numa coisa luminosa, como uma rosácea de catedral num grande dia de sol.

Porque ele tinha recebido a graça da compunção. De seus movimentos, de seus gestos, de seu olhar, emanava uma espécie de autoridade, de gravidade e de paz. Ele abordar alguém era como um raio de alegria e de graça. Era uma surpresa deliciosa ser abordado por ele.”

Imaginem que coisa maravilhosa: numa sala ou numa capela, alguém estava rezando e Santo Odilon se aproxima. A pessoa não esperava nisso. Santo Odilon se inclina e diz: “Meu filho, reze por tal intenção ou faça tal coisa”. A pessoa inundada por uma graça, tinha tido uma surpresa deliciosa. Os Srs. vêem o que é um sacerdote segundo o ideal verdadeiro da Igreja? E como nós devemos venerar o estado sacerdotal e o verdadeiro ideal sacerdotal?

Ele era perfeitamente senhor de si, sem nenhuma forma de enfeite, sem nenhuma forma de truque. A natureza tinha feito dele qualquer coisa de admiravelmente harmônico e ordenado. Santo Ambrósio tinha razão de dizer que a beleza do corpo não é virtude, mas por causa disto deveremos desprezar esse dom de Deus?

É um modo de dizer que ele era um homem formoso, e que a beleza do corpo dele vestia adequadamente a beleza da virtude. Era o símbolo da beleza de sua virtude. Aí os Srs. têm uma parte dessa enorme ficha sobre Santo Odilon. Se Nossa Senhora permitir, haveremos de ir estudando ponto por ponto Santo Odilon.


A D V E R T Ê N C I A

O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.

Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de“Catolicismo”, em abril de 1959.

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