O Monte Saint Michel (foto acima) impressiona antes de tudo pelo efeito natural que produz sua figura.
Mas há outro fator que não é natural e que é indizível.
Este fator se soma ao lado natural e dá o melhor do Monte de São Miguel Arcanjo. É a graça divina.
E essa graça toca o fundo das almas que se deixam influenciar por ela.
Esse fator sobrenatural está ligado aos monges que ali viveram, à intenção do fundador que construiu aquilo, enfim, a uma série de movimentos de alma muito bons que convergiram para que o Monte Saint-Michel fosse como é.
Eles ali viveram, e a gente intui como foi a vida deles.
E a gente se faz uma certa idéia ‒ intuitiva também ‒, da santidade daqueles homens.
De maneira que se nos fosse dado ver passar apenas a figura de um daqueles homens pelo claustro, a gente se ajoelharia imediatamente.
E a gente olharia de devorar, procurando nele a representação viva de uma realidade quase feérica que há naquele mosteiro e que fala para o fundo da alma.
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(*) Plinio Correa de Oliveira, 24/1/87. Sem revisão do autor.