O Jubileu da Misericórdia está sendo vivido de um modo muito diverso na China comunista, não obstante os sinais recíprocos de amizade trocados pela diplomacia vaticana e o governo maoísta de Pequim, depreende-se das informações de AsiaNews.
No amanhecer do dia 25 de fevereiro (2016), uma equipe de demolição derrubou uma Cruz que estava no alto do teto da igreja de Zhuangyuan, da paróquia católica de Yongqiang, província de Wenzhou.
A comunidade dos fiéis não foi informada da despótica decisão e não conseguiu se organizar a tempo para impedir a remoção do símbolo sacro.
A polícia bem sabe que os fiéis se organizam e resistem, e por isso age de modo traiçoeiro, violando metodicamente as próprias leis escritas.
Desde o fim de 2013, quando foi lançada a campanha governamental “Três advertências e uma demolição”, só na província meridional de Zhejiang foram destruídas pelo menos 1.700 cruzes.
A última demolição (pelo menos até a data do despacho da AsiaNews) também foi confirmada pela bem informada agência UCAN (União das Agencias de Noticias Católicas da Ásia).
Atualmente estaria na mira da campanha anticristã mais uma outra igreja católica da mesma paróquia – a de Bajia –, da qual as autoridades socialistas cortaram o fornecimento de água e energia.
A comunidade católica de Zhejiang conta com cerca de 210.000 fiéis em ostensivo crescimento.
Muito lamentável, mas não novidade. Nós sabemos que os regimes comunistas e os socialistas, embora em menor grau, não descansam enquanto não destroem a Igreja católica, por essência o seu maior adversário.
Mas no caso da China, ao lado da atitude do governo que é a esperada, temos a atitude do Vaticano que é surpreendente, embora nos tempos que correm não seja totalmente inesperada.
Interessa muito mais ao Vaticano manter boas relações como governo comunista da China do que lutar para manter viva a verdadeira Igreja católica.
E é a tal ponto lastimável esta atitude que ela confunde e pune as nossas consciências em grau muito maior do que a ação do governo