Fonte: Editorial da Revista Catolicismo, Nº 886, outubro/2024
Para matéria de capa da edição de outubro de Catolicismo — no mês em que a revista costuma recordar de modo especial o falecimento de seu principal colaborador e inspirador, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, fundador da TFP brasileira, ocorrido em 3 de outubro de 1995 —, se escolheu reproduzir o texto de uma brilhante conferência de Juan Miguel Montes, colaborador de Catolicismo em Roma, onde reside desde 1981.
Em sua palestra proferida durante um congresso em 2021, ele apontou muito bem como o pensamento pliniano continua presente em nosso século, irradiando e inspirando grupos contra-revolucionários no Brasil e em quase todos os países dos cinco continentes. E comprovou a atualidade e penetração desse pensamento contra-revolucionário na opinião pública, como explicitado em Revolução e Contra-Revolução, obra magna do Prof. Plinio e livro de cabeceira dos membros das TFPs e do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, bem como de diversos movimentos conservadores contemporâneos.
Nesse livro, publicado em primeira mão por Catolicismo em 1959, o autor analisa em profundidade todo o processo revolucionário — iniciado com o Protestantismo, passando pelas revoluções Francesa, Comunista e da Sorbonne, até os danos causados pela Revolução Cultural, atualmente em curso com laivos de satanismo —, e denuncia esse processo e seu objetivo: a completa descristianização da humanidade e a implantação de uma sociedade primitiva e tribalista.
Para alcançar tal objetivo, os mentores destas revoluções contaram com a crise na Igreja Católica, instituição sem a qual não conseguiriam avançar na meta de destruição da Cristandade. Donde o processo de “autodemolição” da Igreja ao qual se referiu Paulo VI.
Juan Miguel cita, por exemplo, as palavras do antigo Arcebispo de Guayaquil (Equador), Cardeal Bernardino Echeverría, por ocasião da morte do fundador da TFP: “Plinio Corrêa de Oliveira dedicou todas as suas energias, durante sua longa e fecunda vida, à luta intrépida contra o processo de secularização revolucionária, no sentido de recristianizar a ordem temporal na perspectiva do Reino de Cristo, do Reino de Maria.”
Como fica então essa recristianização do mundo, o grande ideal de Plinio Corrêa de Oliveira, tendo ele passado seus últimos dias nesta Terra em outubro de 1995? — Os princípios defendidos por ele continuam vivos em seus discípulos e admiradores que perseveram no bom combate da ação contra-revolucionária nos quatro cantos do mundo; naqueles que mantêm fidelidade à sua escola de pensamento, como os leitores da revista compreenderão melhor com a leitura da referida matéria que se inicia à pág. 26.