Na Cova da Iria, a fonte de águas operou curas espirituais e corporais extraordinárias. Os milagres em Lourdes são principalmente físicos, mas em Fátima Nossa Senhora distribui também abundantemente graças espirituais e conversões.
A conversão dos pecadores foi pedida com veemência pela Santíssima Virgem em Fátima, em 1917. Insistiu no recurso à oração e penitência, a fim de que a humanidade se convertesse e retomasse o reto caminho do qual tinha se desviado. Se tal não acontecesse, Deus mandaria terríveis castigos para punir a humanidade. Em 13 de julho de 1917, Ela revelou aos três pastorinhos que, se os homens não se convertessem, “várias nações seriam aniquiladas”.1
Transcorreram 104 anos, e o mundo não se converteu, continua sua corrida louca de ofensas a Deus. Apenas alguns exemplos: modas e costumes imorais, drogas, aborto, eutanásia, divórcio, ideologia de gênero, ‘casamento’ homossexual. E a avassaladora crise religiosa, que levou Paulo VI a declarar que a Igreja estava sendo vítima de um misterioso “processo de autodemolição” (alocução de 7-12-68). Hoje ninguém ousaria dizer que os pedidos de Nossa Senhora foram atendidos.
Pandemia – um flagelo nas mãos de Deus?
Há mais de um ano padecemos males físicos, psicológicos e espirituais decorrentes da atual pandemia, que a partir da China vermelha assola todas as nações. Não seria essa tragédia universal um prenúncio dos passos de Deus que se aproximam? A Santíssima Virgem exortou pela conversão; como não foi atendida, poderá punir com o ‘aniquilamento das nações’. Ficaremos surdos e indiferentes a tudo isso?
Deus bem pode fazer uso de um flagelo oriundo dos próprios homens, para punir o gênero humano descristianizado, como parece ser o caso da presente pandemia. Em certo sentido, pode-se dizer que estamos dentro de uma ‘grande guerra mundial’ — não com armas de fogo, mas com armas biológicas, bacteriológicas e psicológicas. Nessa guerra, governos e tribunais despóticos decretam a seu bel-prazer o que nos proíbem ou autorizam: confinam famílias, fecham escolas e o comércio, produzem o desemprego e a fome; e num cúmulo de autoritarismo incontido, fecham igrejas e cerceiam a liberdade de praticarmos livremente a Religião.
Nesse quadro dantesco estão imersas todas as nações, confirmando a suma importância da Mensagem de Fátima — uma mensagem de tragédias e esperanças, como temos ressaltado em nossas páginas. Ver por exemplo, em nossa edição de maio de 2017, o artigo “Na Cova da Iria, a Rainha do Céu adverte a humanidade e anuncia o seu Reinado na Terra”.
Às tragédias, já nos referimos acima. Quanto às esperanças, repetimos que após os terríveis castigos anunciados em 1917 triunfará o Imaculado Coração de Maria, como Ela prometeu. Será a restauração da Civilização Cristã em seu maior esplendor.
Na ‘gripe espanhola’, aproximadamente 50 milhões de mortos
De passagem, lembremo-nos de que no ano seguinte às aparições de Nossa Senhora — no final da Primeira Guerra Mundial, cujo término Ela previra — houve uma virulenta pandemia: a ‘gripe espanhola’. Esta devastou várias nações, provocando mais mortes do que a própria guerra. Nos anos 1918 e 1919, dizimou aproximadamente 50 milhões de pessoas e infectou mais de um terço da população mundial. Incluem-se entre suas vítimas Francisco e Jacinta, dois dos videntes de Fátima, hoje canonizados, que faleceram em 4 de abril de 1919 e 20 de fevereiro de 1920, respectivamente.
Fátima, magnífica e milagrosa fonte de salvação
Este mês, em que celebramos a primeira aparição da “Senhora vestida toda de branco, mais brilhante que o sol”, ocorrida em 13 de maio de 1917, é uma ocasião especial para nos voltarmos a Ela, suplicando seu socorro em meio aos incontáveis sofrimentos dos presentes dias pandêmicos. Assim, trataremos de um aspecto de Fátima propício para o atual momento, mas pouquíssimo conhecido até mesmo por estudiosos do tema, pois tem sido muito silenciado e boicotado.
Por várias razões, pode-se afirmar que Fátima é a Lourdes de Portugal. Uma delas é que, assim como na Gruta de Massabielle surgiu milagrosamente uma fonte, na Cova da Iria o mesmo ocorreu; e as fontes foram várias. Quase não se fala delas, por isso apresentaremos a seguir um pequeno histórico.
Com a expansão da devoção a Nossa Senhora de Fátima, nos anos que se seguiram às aparições, aumentou muito o afluxo de peregrinos à Cova da Iria. Sobretudo no dia 13 dos meses de maio a outubro, romarias provinham de muito longe para suplicar graças, recordar e agradecer as aparições da Santíssima Virgem, em número até maior que o dos peregrinos de Lourdes. Temos notícia de que, num só dia de 1926, o local foi visitado por aproximadamente 400 mil fiéis, como está registrado na “Documentação crítica de Fátima – Seleção de documentos (1917-1930)”:
“As peregrinações de Fátima são mais imponentes e significativas que as de Lourdes. Em Fátima juntam-se num só dia muito mais pessoas do que habitualmente se juntam em Lourdes, apesar de todo o conforto e comodidades que a pequena cidade dos Pirineus oferece aos peregrinos. Nunca em Lourdes se viu tanta gente reunida, como se vê em Fátima, principalmente no dia 13 de maio. Dizem que no ano passado [1926] deviam estar lá cerca de 400.000 pessoas” (p. 331).2
A mesma documentação registra: “Se o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes é, por antonomásia, o santuário dos milagres físicos, das curas das doenças de toda a espécie, de que se enferma a pobre humanidade, pode dizer-se com verdade que o Santuário de Nossa Senhora de Fátima é, por excelência, o Santuário das conversões e das graças espirituais. Apesar do segredo que envolve estas ressurreições mais belas e mais admiráveis do que a de Lázaro, quando saiu do sepulcro à voz portentosa do Senhor, que o chamava de novo à vida, não há quem não conheça o movimento consolador de confissões, incessante e intenso, que se realiza em Fátima, principalmente no dia 13 de cada mês” (pp. 471 e 472).3
Brotaram águas a poucos passos da azinheira
Devido a esse exponencial afluxo de peregrinos, tornou-se urgente e absolutamente indispensável dispor de água em abundância para atender à sede de tanta gente. Mas Fátima está localizada num terreno desértico, calcário, nada propício às fontes de água, e o local era distante de residências, tornando muito difícil essa tarefa. Como dessedentar, portanto, centenas de milhares de peregrinos?
Precisava-se de água também para outras atividades correlatas: para necessidades higiênicas dos peregrinos; para construção e ampliação de hospedarias a fim de recebê-los dignamente; para construir albergues para os enfermos; para os animais que conduziam os peregrinos etc.
Os próprios habitantes daquela região agreste — Cova da Iria, Aljustrel e proximidades — se debatiam havia muito tempo com a dificuldade de obter água. Tão crônica era a carência do precioso líquido, que se viam obrigados a recolhê-lo dos telhados e guardá-lo em cisternas, quando chovia.
Mas a Virgem de Fátima já havia pensado nessa dificuldade, a julgar pelo que registra Thomas Walsh em seu extraordinário livro sobre Fátima: “Em novembro do mesmo ano [1921], mandou ele [o bispo] abrir um poço nas proximidades da Capela [das aparições] a fim de recolher as águas da chuva para o serviço dos peregrinos. Ficou profundamente impressionado quando jorrou do solo pedregoso uma água cristalina, tão abundante que chegou a encher trinta e seis barris. Continua até hoje a abastecer os camponeses das redondezas, e é fonte de saúde para inúmeros doentes”.4
Tal prodígio aconteceu no dia 9 de novembro de 1921, após uma missa celebrada na “Capelinha das Aparições” por D. José Alves Correia da Silva, Bispo de Leiria. Por uma inspiração providencial, ele mandou explorar o solo do local das aparições e abrir um poço. Os técnicos e operários eram céticos, pois conheciam bem o terreno. Mas, por obediência ao Senhor Bispo, começaram a cavar o solo. E a surpresa não demorou: as águas brotaram abundantemente a poucos passos da azinheira sobre a qual a Santíssima Virgem aparecera a Lúcia, Jacinta e Francisco.
Alguns, chorando de alegria, exclamaram: “É um milagre! Isso não tem explicação natural!”. Os que ainda duvidavam das aparições na Cova da Iria, depois disso ficaram convencidos da sua veracidade. Acreditaram por causa da fonte de água, mas Aquela que fizera surgir essa água já havia operado um milagre ainda maior, naquele mesmo lugar, no dia 13 de outubro de 1917: “O sol ziguezagueou pelo céu”, diante de aproximadamente 60 mil fiéis. “O sol bailou em Fátima”, diziam os camponeses. E o “Milagre do Sol” foi noticiado pelo jornalista Avelino de Almeida no jornal “O Século” (15 de outubro de 1917) com o título “Coisas espantosas! Como o sol bailou ao meio dia em Fátima”.5
O ‘antídoto celestial’ do ‘cantinho do Céu’
Em 1922, com o incremento das multidões de peregrinos, D. José Alves ordenou cavar mais dois poços, um de cada lado da fonte primitiva; e, uma vez mais, a água cristalina jorrou copiosamente, enchendo rapidamente um grande reservatório construído de concreto. Alguns habitantes que assistiram ao evento atestam que aquilo não aconteceria sem uma ação sobrenatural. Com esse renovado milagre, a dificuldade hídrica estava sanada, tanto para os peregrinos quanto para as construções projetadas.
Sem nenhuma propaganda, no entanto, começou-se a perceber que aquelas águas estavam produzindo curas corporais e espirituais. Assim, os peregrinos levavam para suas casas garrafas com aquele ‘antídoto celestial’ colhido nas fontes benditas, a fim de o ministrarem aos enfermos que não tinham condições físicas ou econômicas de se deslocarem até aquele lugar sacrossanto. Garrafinhas daquela água eram expedidas por correio para outros recantos de Portugal, e até para o Brasil. Na época, pensou-se em construir tanques com aquelas abençoadas águas — como as célebres piscinas existentes em Lourdes — para os enfermos se banharem individualmente. Mas nunca isso foi concretizado… Por quê? Não se tem conhecimento de explicação para essa manifestação de evidente incredulidade, mas voltaremos ao assunto.
O que se construiu no local das fontes foi um monumento ao Sagrado Coração de Jesus, cuja coluna está no cento de um grande reservatório dotado de 15 torneiras em honra dos 15 mistérios do Santo Rosário. O precioso líquido era distribuído gratuitamente por voluntários, que não podiam receber gorjetas.
“A água da fonte miraculosa é levada pelos romeiros ou expedida pelo correio para todos os recantos do país. O concurso de peregrinos ao Santuário das aparições intensifica-se de ano para ano, e todos aqueles que vão a Fátima uma vez anseiam por lá voltar mais vezes, sendo aquela viagem a única que não cansa o espírito, e que produz sempre sensações novas e inolvidáveis. Fátima, a Lourdes portuguesa, é verdadeiramente um cantinho do Céu, que fascina todas as almas e prende e cativa todos os corações”.6
Alguns golinhos da água de Fátima
A título de exemplo, reproduzimos o relato de um dos inúmeros milagres comprovados, operados pelas águas das fontes de Fátima em pessoas que se encontravam entre a vida e a morte. O leitor encontrará outros relatos nas páginas finais desta matéria.
“Teresa de Jesus Martins, de 19 anos, casada, residente em Lisboa na Avenida das Cortes, contraíra uma tuberculose pulmonar, com fortes hemoptises, que deixaram alarmada a família. Os médicos prescreveram-lhe os tratamentos de praxe, inclusive a saída de Lisboa, e tentaram até interná-la no Sanatório de Portalegre.
“Por fim, internada no pavilhão de tuberculosos nº 5 do Hospital do Rego, no Campo Grande, impossível foi acomodar-se ali à vida de hospitalizada. Tinha chegado a um estado de extrema fraqueza e de palidez cadavérica.
“Entretanto, tendo-lhe sido dado um frasquinho com água da Fátima, ao mesmo tempo que lhe davam a conhecer as curas extraordinárias operadas por Nossa Senhora, sentiu tão grande confiança n’Ela, que, debulhada em lágrimas, se pôs a invocá-La, fazendo-Lhe várias promessas para o caso em que se curasse.
“Todos os dias, e cada vez com mais fervor, renovava as suas súplicas, recitando o terço e tomando desde o primeiro dia algumas gotas da água. À medida que bebia um golinho e fazia as costumadas orações, as pontadas desapareciam quase por encanto, sentia-se aliviada e bem disposta. Nunca deixou de rezar o terço, o que alguns dias fez duas e três vezes.
“Pouco depois haviam passado as hemoptises. Ao cabo de três semanas desapareceram as pontadas, e no fim de um mês estava completamente curada. O médico, ao vê-la pouco depois tão transformada, forte, gorda, corada e aparentando uma saúde esplêndida, não pôde dissimular sua surpresa. Observou-a com toda a atenção e declarou-lhe que, tendo-a julgado perdida, achava-a agora completamente curada. O que reputava inexplicável, quer se considerasse o estado desesperado em que a vira, quer a rapidez com que se efetuara a cura.
“Eis o atestado assinado pelo distinto clínico de Lisboa, a 15 de janeiro de 1923, e devidamente reconhecido:
‘Atesto que a Sra. Dª. Teresa de Jesus Martins, de 19 anos de idade, natural de A-dos-Cunhados, concelho de Torres Vedras, foi por mim tratada em junho e julho de 1922, de tuberculose pulmonar com hemoptises, febre vesperal, emagrecimento, suores noturnos; hoje não subsistem sinais clínicos dessa doença. E por ser verdade, passo o presente que assino e juro pela minha honra’” (Voz de Fátima, nº 8).7
Maledicências, boatos e perseguição anticatólica
Como não poderia deixar de ocorrer, os inimigos da Igreja não conseguiam presenciar tal prova do amor de Deus, de fé e devoção à sua Santa Mãe, sem se organizarem para espalhar boatos e promover perseguições aos católicos.
A título de exemplo, eis um caso: certo dia, o administrador de Vila Nova de Ourém, Antônio de Sá Pavilom, acompanhado de um subdelegado de saúde, apareceu na casa do Pe. Agostinho Marques Ferreira, Pároco de Fátima, a fim de examinarem nas fontes as “águas barrentas com pedaços de algodão ensopados em sangue, porque ali iam vários peregrinos cobertos de chagas, lavar as suas feridas”.
Após o ‘exame’, o administrador mandou fechar aquelas fontes, dizendo que “era prejudicial à saúde pública”. Ao que o Pe. Agostinho respondeu que, apesar do que diziam das águas, “não constava que ninguém tivesse morrido, nem tampouco adoecido, por a ter ingerido. Mas, ao contrário, muita gente dizia ter-se curado de várias enfermidades depois de beber tal água”.8
Mesmo com os milagres, continuava o murmúrio dos ateus
Noutra ocasião, como os fiéis continuavam a fazer uso daquelas águas milagrosas, o administrador e o médico voltaram à porta do Pároco de Fátima, alegando terem ouvido falar que “as águas do fontanário estavam envenenadas”. O Pe. Agostinho os acompanhou até lá e retirou um balde cheio daquela água. Viram que era puríssima, e o médico foi obrigado a confessar que era potável.
Com o tempo, o administrador passou de perseguidor a ajudante dos romeiros que chegavam a Fátima. Ele pôde constatar a falsidade de tudo quanto seus ‘amigos’ ateus e anticlericais espalhavam contra os prodígios operados pelas águas da Cova da Iria. “Isto já parece ser realmente um milagre, pois que hei-de dizer duma água em tal estado que não faz mal a quem a bebe, mas até cura tantas e tão grandes enfermidades?”.9
Mesmo com milagres evidentes e curas inexplicáveis para a ciência, comprovadas por diversos médicos, o complô anticlerical continuou espalhando pela imprensa liberal da época que aquelas águas estavam contaminadas de micróbios. O ódio anticatólico era tal que, no dia 6 de março de 1922, a Capelinha localizada ao lado da bendita azinheira foi destruída por quatro bombas.
Por que tanto ódio contra Nossa Senhora, se Ela só fazia o bem aos enfermos de alma e de corpo? Seus adversários a odiavam porque Ela distribuía ali abundantes graças para Portugal e o mundo, operava inúmeras curas, convertia muita gente que vivia fora da Igreja e/ou atolada na vida pecaminosa, além de reconfortar numerosos sofredores.
A água maravilhosa levada para terras distantes
Com o título “As fontes miraculosas de Fátima”, o site www.pliniocorreadeoliveira.info transcreve um precioso documento e uma bela oração, relativos às águas do abençoado fontanário da Cova da Iria:
A leitura da obra Novos esplendores de Fátima, de autoria do Padre Valentim Armas C.M.F. (Editora Ave Maria, 1944, São Paulo, págs. 209-212) foi recomendada pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em artigo de 8 de abril de 1945 no Legionário, como sendo da mais absoluta necessidade para o mundo contemporâneo:
“Nos dias de grande romaria, logo depois da primeira missa campal, uma multidão inumerável fervilha desde manhã cedo e estaciona no local da fonte miraculosa, na ansiedade irreprimível de fazer provisão da água benéfica e salutar.
“A forma circular da fonte prodigiosa facilita bastante a aquisição do precioso líquido que jorra copiosamente por 15 grandes torneiras de metal amarelo, que simbolizam pelo seu número os 15 mistérios do Santíssimo Rosário.
“Algumas torneiras, porém, só podiam ser utilizadas por aqueles fiéis que se limitam a beber água no próprio local onde ela é fornecida. A ligeira impaciência dos mais apressados é facilmente contida pelos servitas, que regulam, ao mesmo tempo com prudência e firmeza, o difícil acesso às torneiras.
“O aprovisionamento da linfa maravilhosa dura horas compridas, intermináveis, desde as primeiras da manhã até as últimas da tarde. Os peregrinos enchem recipientes de todos os tamanhos e de todos os feitios, que levam consigo para as suas terras distantes, com a fagueira esperança de provocar, mediante a aplicação da água, a cura de alguma pessoa da família ou de amizade, ou ao menos proporcionar um pouco de lenitivo aos seus sofrimentos.
“Não têm conta os casos de curas maravilhosas atribuídas à água da fonte miraculosa de Fátima. Correndo os olhos pela seção de graças, registradas no último número da ‘Voz de Fátima’ que temos em mão, é fácil constatar que, em quase todas elas, a intervenção sobrenatural opera-se, as mais das vezes, mediante a aplicação ou uso da água miraculosa”.10
Em continuação da matéria acima, o leitor poderá ler no referido site alguns outros exemplos comprovados de milagres operados em Fátima. Transcrevemos desse mesmo excelente site a oração reproduzida no quadro da p. XX.
Prosseguem as graças abundantes da ‘Lourdes portuguesa’
Apesar de todas essas maravilhas operadas pelas águas brotadas nas fontes milagrosas, e sob o pretexto de uma terraplanagem e outras construções na Cova da Iria, por algum mistério inexplicável o manancial com as 15 torneiras ficou soterrado. Restam hoje apenas vestígios, e nem isso se divulga. O peregrino que ali chega não o percebe, apesar de o manancial não ter secado nem mesmo em tempos de severa estiagem na região.
Por que essa sabotagem? Fato incompreensível, pois os milagres ocorreram como nas milagrosas águas de Lourdes. Deveriam ser divulgados ao máximo, no entanto são sabotados. Procura-se assim ‘sepultar’ uma imensa graça concedida pela Senhora de Fátima a Portugal e a todas as nações. Estes e muitos outros ‘boicotes’ inexplicáveis parecem fazer parte do processo de autodemolição da Santa Igreja, cujo início é simultâneo com o Concílio Vaticano II. Estes e muitos outros ‘boicotes’ inexplicáveis parecem fazer parte do processo de autodemolição da Santa Igreja, que se intensificou muito a partir do Concílio Vaticano II.
Por mais empedernidos e radicais que sejam os sabotadores, e por mais trágica e grave que seja a crise na Igreja, Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe Santíssima estão infinitamente acima de todos esses desmandos. Aconteça o que acontecer, continuará a ‘Lourdes portuguesa’ a derramar abundantemente suas graças; a nos incentivar à fidelidade e à conversão; a operar curas espirituais e corporais; a confortar aqueles que sofrem perseguição dos inimigos velados ou declarados d’Aquela que a Tradição católica venera como corredentora do gênero humano, e que instaurará seu Reinado sobre toda a face da Terra.
OBS.: Amanhã, 13 de maio, publicaremos a segunda parte desta matéria com relatos de curas comprovadas e reconhecidas como inexplicáveis pela medicina.
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Notas:
1. Um caminho sob o olhar de Maria – Biografia da Irmã Lúcia Maria de Jesus e do Coração Imaculado, Carmelo de Coimbra, Edições Carmelo, Coimbra, 2013, p. 64.
2. https://www.fatima.pt/files/upload/fontes/F001_DCF_selecao.pdf
3. Id. Ib.
4. William Thomas Walsh, Nossa Senhora de Fátima, Edições Melhoramentos, 1947, São Paulo, SP, 1949, p. 182.
5. Catolicismo, Nº 802, outubro/2017.
6. Documentação crítica de Fátima – Seleção de documentos (1917-1930), p. 470.
7. Pe. José de Oliveira Dias, S.J., Florilégio Ilustrado da Fátima, Oficinas Gráficas PAX, Braga, Portugal, Edição da Sociedade Brasileira de Educação, 3ª. edição, 1952, p. 12-13.
8. Pe. António Maria Martins, S.J., Novos Documentos de Fátima, Edições Loyola, São Paulo (SP), 1984, pp. 134-135.
9. Id. Ib. p. 138.
10. https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Fatima_fontes_milagrosas.htm#.YG4_1ehKiUk
ORAÇÃO
Ó amada Rainha e excelsa Senhora do Rosário de Fátima!
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